tag:blogger.com,1999:blog-6222542.post7491649686647743059..comments2023-11-29T17:12:51.782+00:00Comments on [a barriga de um arquitecto]: Architecture is deaddanielhttp://www.blogger.com/profile/14373609707598039992noreply@blogger.comBlogger7125tag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-90987182809798307972007-08-09T14:16:00.000+01:002007-08-09T14:16:00.000+01:00Li os textos do vosso diálogo.Não tenho a vossa el...Li os textos do vosso diálogo.<BR/>Não tenho a vossa eloquência na escrita. Vou ser breve.<BR/>Quando “a arquitectura se está a tornar na suprema forma de engenharia” ela não está a morrer, antes pelo contrário, está a renascer. Nota-se que esta conciliação de engenharia com a arquitectura está a criar um novo processo de resolver problemas.<BR/>Podemos afirmar então que tanta a arquitectura como a engenharia e restantes especialidades estão a convergir numa nova arquitectura.<BR/>Logo discordo que a Arquitectura esteja a morrer.JVShttps://www.blogger.com/profile/01785870778297031577noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-46816699804645416342007-07-31T00:43:00.000+01:002007-07-31T00:43:00.000+01:00Percebo o sentido da provocação e não fiz uma ress...Percebo o sentido da provocação e não fiz uma ressalva no meu comentário que acrescento agora: a provocação, no tempo e no espaço em que se localiza é importante e as bases que a mesma assume serão eventualmente aquelas que no futuro se irão fazer dissertar sobre o tema em questão, acredito que seja inevitável.<BR/>Ainda hoje com uma colega de atelier comentava isso mesmo e ela defendia o texto e o fundamento enquanto que eu procurava argumentar noutro sentido. Ás tantas percebemos que a conversa de que estávamos a dissertar veio deste recanto da internet, por isso venham então mais manifestos apoiados neste tema, acredito que todos lhe acabaremos por agradecer um dia por ter de uma forma muito franca (e acrescento, generosa) ter dado o mote.<BR/>Muito obrigado :)Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-48031290235996323182007-07-30T21:44:00.000+01:002007-07-30T21:44:00.000+01:00Ivo,agradeço-te a atenção que disponibilizaste par...Ivo,<BR/>agradeço-te a atenção que disponibilizaste para contra-argumentar. Como dizes, dependemos da interpretação do passado. A arquitectura tem fundações tão antigas que dizer que a arquitectura morreu é uma arrogante provocação. Estamos sempre a reinventá-la, ainda recentemente dizia o Paulo Mendes da Rocha que estamos sempre a fazer as mesmas coisas, a reinventar soluções sobre os mesmos problemas. A arquitectura faz-se muito assim, de ver como outros resolveram situações semelhantes, e por isso gosto da definição que citei do Frank Lloyd Wright que não diz que a arquitectura é isto ou aquilo, mas uma ideia em constante (r)evolução criativa de acordo com a nossa natureza e as nossas circunstâncias no tempo.<BR/>A ideia que aqui desabafei carrego-a desde aqueles três dias de conferência – algo que seria muito difícil transportar para o blogue da trienal mas que inevitavelmente teria de escrever: que existem de facto hoje duas arquitecturas – aceito a simplificação – sendo que uma delas começa a definir a nossa profissão como uma forma de processamento complexo, uma coisa que leva a arquitectura de substantivo a verbo. Lembro-me – desculpa outra citação – o que disse também Mendes da Rocha: que se lhe dissessem para fazer um projecto onde quisesse como quisesse, sem território e contingências, não conseguiria desenhar uma linha. E cada vez mais me convenço que a arquitectura é isso mesmo – uma ferramenta para resolver problemas e não para fantasiar formas.<BR/>A questão não é meramente formal, aí discordo de ti. E acho que temos uma visão muito superficial sobre o que vários arquitectos produzem, misturando Mayne com Zaha no saco dos starchitects como se fosse tudo igual. Para mim não podiam estar mais longe um do outro.<BR/>Não sei se viste a apresentação do Bjarke Ingels na conferência da trienal. Foi daqueles momentos de abrir a cabeça, arrasador. Ele mostrou bem que o que está em causa, na origem dos problemas de projecto, é o modo como se pensam os dados em presença em cada território e situação. Claro que nada disso se transforma em arquitectura se não conduzir a uma excelente solução de forma, mas a forma não é o ponto de partida. E assim quando ele falava das varandas da VM House não exprimiu devaneios de querer fazer uma fachada com varandas em bico. Falou de criar uma noção de espaço comunitário, uma grande assinatura espacial convidativa a ver e conviver, o que é de facto pensar sobre arquitectura. Sobre isso convido apenas a ver os muitos projectos expostos no site da BIG, exemplares de como se constrói forma a partir de ideias sobre problemas. O mesmo podem ver no site da REX.ny. Ou dos AllesWirdGutt Este tipo de abordagem interessa-me cada vez mais, e acho que é por aqui que se vai descobrir a próxima geração de arquitectos portugueses; deixo o exemplo das investigações gráficas de base de projecto que o Carlos Sant’ana da S’A tem vindo a desenvolver.<BR/>Quando avanço a provocação máxima de dizer que a arquitectura se está a tornar na suprema forma de engenharia, não estou a falar da perfeita execução da engenharia – ou das engenharias. Mais uma vez não me refiro ao substantivo mas ao verbo – qualquer coisa como o verdadeiro sentido de engineering, de processamento de complexidade com vista à elaboração de forma. Uso a expressão porque é a melhor colisão que consigo avançar contra essa visão passadista de arquitectura como algo que se processa no aquário mental de um mestre qualquer, a arquitectura é cada vez menos assim, e cada vez mais colaborativa – a Casa da Música não seria a mesma sem o Fernando Romero e a multidão de colaboradores excelentes por detrás da OMA, cujo nome não chega às revistas.<BR/>Fico por aqui. Um abraço e felicidades para o teu blog.danielhttps://www.blogger.com/profile/14373609707598039992noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-42240883681108953762007-07-28T21:57:00.000+01:002007-07-28T21:57:00.000+01:00Deixe-me dizer-lhe Daniel que nos oferece mais um ...Deixe-me dizer-lhe Daniel que nos oferece mais um artigo muito bem escrito e com um grau de pertinência que só encontramos provavelmente numa pesquisa áquilo que foram os primórdios do Barriga (eu ainda sou do tempo em que os títulos apareciam |separados|deste|género|).<BR/>Dito isto digo-lhe que discordo totalmente do que escreve.<BR/>Discordo por várias razões mas vou cingir a minha posição a uma passagem do artigo, quando refere Exupéry no Terre des Hommes, e cito duplamente: “Muito embora as palavras continuem a ser as mesmas, as noções de separação, de ausência, de distância, de retorno, já não contêm as mesmas realidades. Para a compreensão do mundo de hoje, usamos uma linguagem criada para o mundo de ontem. E afigura-se-nos que a vida do passado parece corresponder melhor à nossa natureza pela única razão de corresponder melhor à nossa linguagem”. E aqui entra-se numa contradição insólita. <BR/>Não tenho grande paciência (e cada vez o digo mais) para conversas onde nos sentamos e tentamos ser todos muito interessantes e atiramos temas fantásticos que procurem ao máximo atestar a nossa intelectualidade em conversas apimentadas pelo protagonismo verbal de quem nelas participem e por isso vou procurar ser o mais curto possível.<BR/>É precisamente por dependermos tanto da interpretação do passado que a própria linguagem se traduz em reminiscências infinitas a estilos gastos e cuja validade, por se encontrar categorizada nos manuais da prática, não questionamos. É uma arquitectura banal e tão redutora que como diz se pode tratar como “o paralelepípedo de pé e o paralelepípedo deitado”, mas a questão é falsa e mentirosa porque em toda a largura de banda da prática da arquitectura mais contemporânea (chamem-lhe high-tech ou orgânica, ou simplesmente funcionalista) a expressão formal do objecto depende também desse raciocínio, e no caso é mais grave ainda. Mayne pode dizer que aborda o problema a partir de uma consciência critica que lhe cria a assumpção de variáveis à partida que acabam por condicionar imediatamente o resultado final. Não o fazem Souto Moura e Carrilho da Graça também?<BR/>A diferença aqui faz-se pela manha americanizada de produzir um discurso facilmente categorizável, e aí eles fazem-no melhor que ninguém. Da genialidade de Kubrick ao provicianismo de Moore ou à falta de tacto de Tarantino, a história tem comprovado que é na forma como a coisa se publicita que atinge a sua dimensão perante as massas onde Koolhas é rei, e aí permita-me dizê-lo Daniel, você parece-me ser um consumidor fácil. <BR/>Mayne produz objectos exactamente do mesmo ponto de vista de qualquer outro arquitecto contemporâneo. Fá-lo a partir de uma linguagem que lhe é próxima e que resulta enquanto máscara do seu nome e isso a mim parece-me muito desinteressante. Vejo os processos de abordagem ao projecto de Patxi Mangado e fico siderado com a variedade formal que o homem alcança. Não são raciocínios assinados, talvez sejam discursos mais voltados para dentro, para os seguidores da aresta rígida do cubo que parece fazer-nos hoje tantas cócegas ao orgulho ferido do arquitecto que se sente frustrado por se não conseguir reinventar a si mesmo, mas na base do pensamento também ali se desenha arquitectura, também ela sustentável, e melhor que tudo isso, toda ela incatalogável. Ás tantas muito parola na sua existência redutora. De um formalismo muito subestimável, mas onde as variáveis das pessoas, da escala e do uso, do produto e da utilização, do desenho e da resposta, conseguem ser suficientemente generosas para ali se entender que o arquitecto está a responder a um problema, e isso é muito diferente do que se fazer de interessante perante o problema que tem de resolver.<BR/><BR/>A arquitectura está a mudar. Os processos e os fundamentos devem mudar sob pena de a coisa se perder na sua insuficiência tecnológica, e eu considero que a arquitectura (a boa arquitectura) será sem duvida o resultado da mais perfeita execução de engenharia, mas de repente começar-se a subverter aquilo que é uma forma de abordagem ao problema em função de outra que é pura e simplesmente mais condimentada e por isso mesmo muito mais fácil de convencer enquanto demonstração de um processo de projecto.<BR/>No final a diferença é apenas e só Formal, apesar de se dizer que há muito mais do que isso na génese da coisa. Eles bem gostavam que houvesse. Não há.<BR/>A coisa não morre assim tão facilmente.Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-46615973519524530092007-07-27T11:57:00.000+01:002007-07-27T11:57:00.000+01:00Aproveito para agradecer os comentários e avançar ...Aproveito para agradecer os comentários e avançar com um pequeno esclarecimento. Não escrevo uma argumentação deste tipo – e com este título – sem esperar a possibilidade de crítica. Não faço manifestos todos os dias e o que aqui escrevi é um pequeno manifesto. O que não deixa de ser um exercício de arrogância. Seja como for, não se chama à arquitectura de suprema forma de engenharia sem estar à espera de despertar anti-corpos.<BR/>Ainda assim, dirigindo-me ao João Caria Lopes, confesso que não esperava esse tipo de reacção. Não pretendo catalogar a Ana Vaz Milheiro de estúpida – e várias vezes pensei o quanto gostaria de escrever sobre arquitectura como ela o faz. O que escrevi foi considerar condescendente – no sentido de uma excessiva cautela que está tantas vezes presente no exercício da crítica – a análise que fez da fricção entre Mayne e Carrilho,que me pareceu bem mais significativa do que isso. E também não estou a dizer que a arquitectura de Carrilho da Graça está morta. O mesmo seria fazer a interpretação literal deste manifesto e pensar que gostaria de ver a Torre do Burgo de Souto Moura arrasada. Acho que estou a falar de coisas sérias mas uma provocação é uma provocação – ou não começaria isto com um cartaz saído do “Invasion of the Body Snatchers”.<BR/>Sem tempo para continuar, espero poder adiantar mais alguns argumentos brevemente. Entretanto, a caixa de comentários fica aberta às vossas críticas.danielhttps://www.blogger.com/profile/14373609707598039992noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-87231722840221481452007-07-27T10:07:00.000+01:002007-07-27T10:07:00.000+01:00olá daniel, sou o joao caria lopes atento leitor d...olá daniel, sou o joao caria lopes atento leitor do teu blog, que acho muito fixe e importante para o panorama actual dos arquitectos portugueses.<BR/>bem sei que controlas estes comentários, e compreendo que nao os queiras postar quando sao negativos ou perjurativos, se assim for fica a mensagem apenas para ti.<BR/><BR/>Tb concordo que a arquitectura internacional sofre, há já algum tempo, de falta de essencia para cair apenas no seu lado mais formal. Tb concordo que a maneira de pensar dos nossos grandes arquitectos portugueses, ainda se exprime na linguagem "antiga". Mas queria te alertar para a tua falta de abertura, nestas questões.<BR/>Não é a chamar estupida à opinião da ana vaz milheiro, ou morta à arquitectura do Carrilho da Graça, que conseguirás atingir o nivel seguinte, estou certo disso. Nesse ponto nivelas-te com todos os outros que recusam ver o que está para além da primeira vista e que acha que o que está lá fora (da vista) é que é muita bom. O Tom Mayne diria o mesmo, não te preocupes! Para chegar a raciocinios mais complexos e arquitecturas condensadoras, é necessária a critica (é claro) mas também a compreensão do real, e não das aparências. E o real não se deixa ler tão levianamente.<BR/><BR/>com a máxima consideração pelo que tens feito ao longo destes anos,<BR/><BR/>joao caria lopesAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-77385042785072090872007-07-27T01:36:00.000+01:002007-07-27T01:36:00.000+01:00Prezado Daniel,gostei muito da sua resenha da Trie...Prezado Daniel,<BR/>gostei muito da sua resenha da Trienal de Lisboa. Voltarei com certeza ao seu blog.<BR/>abracos,<BR/>FernandoFernando L Larahttps://www.blogger.com/profile/15134375126173977859noreply@blogger.com