tag:blogger.com,1999:blog-6222542.post5126402361094909536..comments2023-11-29T17:12:51.782+00:00Comments on [a barriga de um arquitecto]: Arquitectura do défice (3) – O problema Parque Escolardanielhttp://www.blogger.com/profile/14373609707598039992noreply@blogger.comBlogger4125tag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-88026261750589963612012-03-07T15:23:43.426+00:002012-03-07T15:23:43.426+00:00O Diário Económico de hoje, dia 7, traz dois artig...O Diário Económico de hoje, dia 7, traz dois artigos sobre o Parque Escolar. Assim é surpreendente vermos apoiar a maneira irresponsável como foi gerida a empresa PARQUE ESCOLAR,porque conseguiu obter financiamento a 2% de juro, esquecendo-se dos mil e quinhentos milhões de euros de derrapagem orçamental na gestão da coisa pública.Mais uma vez se percebe que a criação desta empresa, PARQUE ESCOLAR não teve como objectivo o benefício das escolas para melhorarem as condições do ensino, mas para justificarem os desvarios de alguns gestores incompetentes e talvez pouco escrupulosos na movimentação dos dinheiros públicos.Esperemos que a TROICA e o TRIBUNAL DE CONTAS actuem em conformidade e revertam para o erário público o dinheiro que é de todos nós.<br />Armando DiasAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-13658270083017177782012-03-02T10:09:44.392+00:002012-03-02T10:09:44.392+00:00Como disse, a opção por contratação direta de gabi...Como disse, a opção por contratação direta de gabinetes de projeto é a grande falha que vejo no programa. Mas não é um exclusivo da empresa, sendo que a grande maioria das entidades do estado recorre a esse sistema, sendo os concursos uma opção residual - não que isto desculpe alguma coisa, simplesmente é uma política corrente, e deveria ser a Ordem dos Arquitetos a fazer disto uma batalha fortíssima.<br /><br />Em relação ao número de escolas, estava programada a intervenção em 332 escolas secundárias, sendo que entre as fases 0 e 3 foram incluídas 205 escolas. Como 34 não chegaram a avançar, estamos a falar de um conjunto de mais de 150 escolas com intervenção prevista. Quanto à necessidade de intervenção, posso sugerir, por exemplo, visitas às escolas históricas Infante D. Henrique e Alexandre Herculano no Porto, para se perceber as condições em que as escolas trabalham. E essas são escolas de construção de qualidade, nem sequer são as construções de baixo custo a que se recorreu nos anos 70 e 80.sergiodiassilvahttps://www.blogger.com/profile/13521409102715530219noreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-29442998700661378122012-03-01T22:13:39.301+00:002012-03-01T22:13:39.301+00:00Pegando neste último parágrafo do comentário anter...Pegando neste último parágrafo do comentário anterior aproveito para notar que não houve nenhum impedimento real para a realização de concursos nas 3 fases anteriores. Simplesmente o timing político falou mais alto. E quais seriam as escolas objecto dessa fase 4? Ainda sobraram tantas escolas assim com necessidades de remodelação?<br />A propósito de responsabilidades dos arquitectos nos défices, porque é que não houve um maior auto-controlo nos custos de (alguns) projectos? Nas figuras de estilo ou nos acessórios deluxe importados tão benéficos para a economia nacional. <br />Por fim, porque é que foram “atribuídos” nalguns casos para cima de uma dezena de projectos de escolas a um mesmo gabinete de Arquitectura (e posteriormente redistribuídos por outros gab.s)? É este um modelo de negócio profissional e saudável? É assim na Parque Escolar Inglesa, por exemplo?Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-64040471581562150092012-03-01T11:33:04.608+00:002012-03-01T11:33:04.608+00:00Caro Daniel,
Como acumulo funções de arquiteto le...Caro Daniel,<br /><br />Como acumulo funções de arquiteto leitor assíduo do blog e colaborador da PE, e embora concordando com diversos pontos, sinto-me na obrigação de deixar aqui uma resposta, puramente pessoal. <br /><br />É verdade que a Parque Escolar é, também, um instrumento financeiro. É verdade que que a renda paga pelas escolas serve para pagar a dívida da empresa, mas não só. O objectivo seria que as despesas de manutenção de cada escola fossem reduzidas, ficando a empresa responsável por garantir essa manutenção. Talvez não fosse preciso uma empresa para isto, mas, pergunto eu, será que um departamento de um Ministério conseguiria financiamento junto do Banco Europeu de Investimento com taxas abaixo dos 2%? Não sei, sinceramente, a resposta, mas tenho dúvidas de que fosse possível.<br /><br />Em relação às más práticas de gestão, tem sido política da empresa não reagir aos constantes comentários mal informados quer da comunicação social, quer de certos blogs (não me refiro a este), quer do próprio governo. Não sei se bem se mal, mas isso tem perpetuado certos preconceitos.<br /><br />Em relação à sustentabilidade, a política da empresa foi a de respeitar uma legislação que é, na minha opinião, disparatada, o que levou a custos com equipamentos de ventilação que não se justificam. No entanto, tem sido uma obsessão interna garantir que as escolas possam funcionar recorrendo o mínimo possível a essa ventilação, procurando soluções de ventilação natural sempre que possível. Um dos objetivos da empresa era o de garantir uma área considerável de painéis fotovoltaicos em todas as escolas, de forma a reduzir os custos com a energia. Há em algumas das escolas projetos piloto dessa área que têm avançado com bons resultados.<br /><br />Recomendo um passeio pelo novo portal da PE, onde poderá encontrar resultados de diversas avaliações, quer financeiras, quer das condições físicas das escolas, elaboradas por diversas entidades, incluindo a OCDE. Os custos das escolas e o número de alunos estão também publicados, assim como todos os projetos.<br /><br />Não tenho dúvidas de que houve, em vários casos, certas opções questionáveis em que os custos poderiam ter sido reduzidos. Custa-me imenso, enquanto profissional, que se tenha perdido a oportunidade de realizar um conjunto de concursos de ideias de arquitetura que poderia ter transformado o programa numa referência muito maior no desenvolvimento de espaços para a educação - a Fase 4, se tivesse avançado, seria feita com concursos internacionais de arquitetura. Mas também não duvido que o programa, atendendo às condições da grande maioria das escolas, era, e é, necessário e deixará um património de grande valor. E quando voltar a haver apenas um departamento de um ministério responsável por obras nas escolas, voltaremos à situação antiga. Basta ver as condições em que as escolas estavam para saber como isso corria bem.sergiodiassilvahttps://www.blogger.com/profile/13521409102715530219noreply@blogger.com