tag:blogger.com,1999:blog-6222542.post5938892903377548424..comments2023-11-29T17:12:51.782+00:00Comments on [a barriga de um arquitecto]: Franjinhas culturaisdanielhttp://www.blogger.com/profile/14373609707598039992noreply@blogger.comBlogger3125tag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-2029049815045087712008-07-30T11:16:00.000+01:002008-07-30T11:16:00.000+01:00Eu assinei a petição, contrariando uma tendência d...Eu assinei a petição, contrariando uma tendência de me manter alheada dessas constantes solicitações para contestarmos tudo e todos. <BR/><BR/>Desde logo, assinei porque o prédio (que nem bem posso gostar ou não, já que a imagem é pouco clara e o texto não elucida) é desnecessário e tapa o pouco verde que ainda se vê no Largo do Rato; porque mais do que construir blocos de apartamentos é urgente recuperar os que existem ao abandono (e eu moro no bairro dos prédios devolutos!); é preciso criar jardins e espaços para as pessoas, em vez de se atulharem os cantos e as esquinas com mais projectos assinados. <BR/><BR/>Eu interesso-me por arquitectura e penso que as cidades só têm a ganhar com bons projectos, mas Lisboa precisa mais de recuperar os prédios que tem do que de fazer novos. Precisa de lavar a cara, arrancar os ares condicionados das paredes exteriores (e que pingam todo o Verão na cabeça de quem passa!), acabar de vez com as instalações eléctricas e das televisões a subir como trepadeiras pelos prédios, a entrar nas casas por buracos mal acabados. Lisboa precisa de árvores, porque no Verão há zonas onde se apanha uma insolação só de as atravessar; precisa de reduzir o número de faixas de rodagem nas principais avenidas e alargar os passeios para que as pessoas possam circular, andar a pé, respirar! Lisboa precisa de atenção e não de blocos de apartamentos, e menos ainda numa altura em que se lê "Vendo" em quase todas as janelas da cidade! <BR/><BR/>Eu assinei esta petição e vou assinar todas as que contrariarem aquilo que é preciso fazer pela cidade: torná-la um lugar onde as pessoas possam viver fora das suas casas.<BR/><BR/>Maria SAnonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-50982232912064352262008-07-28T16:17:00.000+01:002008-07-28T16:17:00.000+01:00Em primeiro lugar duas questões básicas:1ª - A Arq...Em primeiro lugar duas questões básicas:<BR/><BR/>1ª - A Arquitectura, sobretudo quando em espaços públicos, é demasiado importante para ser deixada exclusivamente aos Arquitectos (aos quais, muitas vezes, falta mesmo quase tudo do resto desse tal "mundo" que alguém quer ensinar nas escolas...);<BR/><BR/>2ª - A construção de um novo edifício no centro histórico de uma Cidade NÃO representa apenas uma questão de "arquitectura", tratando-se eminentemente de uma questão CULTURAL.<BR/><BR/><BR/>Dito isto, porque me recuso a ter de ouvir um escritor para ter opinião sobre um livro, ou um realizador para formular a minha opinião sobre um filme (embora possa dar atenção aos críticos que pessoalmente admire), também não careço de opiniões "iluminadas" para poder "achar" o que entender sobre o assunto, pese embora às alexandras baptistas ou cecílias conceições, que manifestamente pretendem "doutrinar" as massas ignaras antes de lhes permitirem o dom da palavra livre (e sem apresentarem a anteriori as respectivas "declarações de interesses" neste assunto, claro...).<BR/><BR/><BR/>Isto sem prejuízo, obviamente, de concordar plenamente com a maioria das opiniões aqui já manifestadas por alguns Arquitectos, que aliás pessoalmente desconheço.<BR/><BR/><BR/>A Arquitectura é uma Arte, ou uma Técnica (como quiserem), mas nunca será necessário ser Arquitecto para a discutir. Era só o que nos faltava...<BR/><BR/><BR/>Quanto à segunda questão, a minha opinião de simples Engenheiro Civil (de Urbanismo e Transportes) com vinte anos de PRÁTICA é de que, independente da apreciação do novo edifício previsto enquanto objecto arquitectónico em si (discussão quanto a mim algo estéril, ou de interesse meramente académico), ou mesmo enquanto objecto arquitectónico NAQUELE LUGAR, em que todas as opiniões serão à partida admissíveis ("gostos não se discutem", não é?), a questão magna que se deve colocar às autoridades que decidem o seu licenciamento, e que devem acima de tudo prosseguir uma política de DEFESA DO INTERESSE PÚBLICO, é a do IMPACTE URBANÍSTICO que aquele bloco de apartamentos vai provocar no Largo do Rato.<BR/><BR/><BR/>Ao contrário dos que só usam os olhos para "ver" o fenómeno do Urbanismo, o referido impacte não se mede apenas em termos de visualização, ou seja, não constitui uma mera "questão decorativa".<BR/><BR/><BR/>O impacte urbanístico GLOBAL está para o impacte visual (apenas um aspecto parcial, se bem que com a sua importância), como uma "maquete animada" (isto é, com um botãozinho que a "liga e desliga"!) está para uma "maquete" clássica, que apenas representaria fielmente a realidade, ainda que "à escala", se não existisse a dimensão temporal (são "maquetes" estáticas, quando a realidade é dinâmica, excepto porventura às 04:00 da madrugada na Noite de Natal...).<BR/><BR/><BR/>Explicando melhor: o verdadeiro impacte urbanístico do previsto novo bloco de apartamentos naquele local da Cidade irá medir-se, muito mais do que pela compressão visual do Largo do Rato e sua envolvente, pelo aumento dos níveis de tráfego e de estacionamento que a sua ocupação e utilização irá gerar.<BR/><BR/><BR/>Quer pelo volume da sua geração própria, que não deverá propriamente ser muito reduzido, quer sobretudo por estarmos perante uma zona já sobre-saturada no tocante a esses sistemas urbanos, pelo que a injecção de mais tráfego e estacionamento (sobretudo ILEGAL, em segunda fila, por exemplo) terá o efeito semelhante a deitar mais vinho tinto num copo já cheio sobre uma toalha branca!<BR/><BR/><BR/>Numa intersecção viária fulcral da Cidade, onde se pede urgentemente menos pressão de tráfego e de estacionamento (e de ruído e de poluição atmosférica, etc. ...), injectar mais carga só pode ter como efeito a "toalha", que de "branco" já tem tão pouco, ficar cada vez mais e mais "ensopada"...<BR/><BR/><BR/>LISBOA, CIDADE BRANCA, não era?<BR/><BR/><BR/>Claro que vou assinar a petição.<BR/><BR/><BR/>Ant.º das Neves Castanho.<BR/><BR/>22 de Julho de 2008 16:39<BR/><BR/>como resposta e retirado do blog "lesma morta"Anonymousnoreply@blogger.comtag:blogger.com,1999:blog-6222542.post-49593865430954915852008-07-28T11:51:00.001+01:002008-07-28T11:51:00.001+01:00Olá. Eu também li o referido artigo, mas não estou...Olá. Eu também li o referido artigo, mas não estou nada de acordo com a redução das possibilidades de apreciação da arquitectura (por parte dos "leigos") ao GOSTO ou NÃO GOSTO.<BR/><BR/>Desde logo porque o gosto é uma sintese de análises variadas, que as pessoas fazem relativamente ao objecto dessa mesma análise. Niguém diz GOSTO ou NÃO GOSTO porque sim ou porque não.<BR/><BR/>Depois o GOSTO deve ser completamente secundarizado nestas coisas. Eu pessoalmente <I>gosto</I>muitíssimo do Convento de Cristo, de Tomar. Mas não o colocaria no meio do Largo do Rato. Isto, porque, bem ou mal, com ou sem conhecimentos técnicos de arquitectura, tenho o bom senso e o mínimo de sensibilidade para perceber que o lugar também conta.<BR/><BR/>Atenção: nem sequer tenho opinião formada sobre o problema do Largo do Rato. É apenas um exemplo.<BR/><BR/>Pessoalmente, penso que o artigo do Público é bem a demonstração de uma certa cegueira por parte de alguns arquitectos face à comunidade e sobretudo aos lugares onde querem encaixar as suas obras, o seu legado.<BR/><BR/>A arquitectura, como outras ARTES, não e um domínio exclusivo dos arquitectos. Penso que a arquitectura é um tema demasiado sério para ser deixado apenas aos arquitectos, e que são as pessoas que não os arquitectos que os fazem evoluir.<BR/><BR/>Rui Silva<BR/>AlmadaAnonymousnoreply@blogger.com