Simetria
Filmado inteiramente com um telemóvel, Splitscreen: A Love Story é um pequeno vídeo premiado na competição Nokia Shorts 2011.
Winner of the Nokia Shorts 2011 competition, Splitscreen: A Love Story was entirely shot on a mobile phone.
Lunch atop a Skyscraper
Image credits: Mike Stimpson.
Recriação em Lego da famosa fotografia Lunch atop a Skyscraper por Charles Ebbets. Também disponível em formato panorâmico. Via Live and Let Live.
Lego version of the famous photograph Lunch atop a Skyscraper taken by Charles Ebbets. Also available in widescreen format. Via Live and Let Live.
Simbólico
Uma bandeira Portuguesa, velha e desfiada, exibida num edifício do Estado ou num posto de fronteira, era uma imagem frequente durante a década de oitenta. O desapreço pelo símbolo da nação teria correspondência na visão complexada com que a nova República foi estabelecendo a sua relação com o passado histórico.
Podemos encontrar consequências diversas deste fenómeno, na pobreza das manifestações de arte pública, na fraca capacidade de celebração, de imaginação, de transcendência perante um desígnio de comunidade e identidade nacional. A história de quase quatro décadas de democracia em Portugal é marcada por essa desvalorização do simbólico, tanto no que respeita ao exercício de gestos rituais, institucionais ou éticos, como no campo da cultura e da arte.
É um processo que se terá procurado legitimar enquanto distanciamento da afirmação nacionalista deliberada do antigo regime, em tudo o que aí se inscrevia de visão provinciana de sociedade e de mundo. Mas tal não deixou de significar o abandono de uma revisitação crítica mas descomplexada com a nossa herança histórica – na arte, na cultura, na produção audiovisual – algo sobre o qual a classe política e o próprio Estado prescindiram de pensar.
Se a democracia não deixou também ela de construir os seus próprios rituais, assentes na repetição eloquente de gestos e palavras que parecem querer inscrever a verdade do regime e as suas próprias narrativas, tal não impediu que se fosse perdendo a dimensão ritual e, mais grave ainda, a ética do exemplo, na política e na sociedade no seu todo.
Podemos encontrar consequências diversas deste fenómeno, na pobreza das manifestações de arte pública, na fraca capacidade de celebração, de imaginação, de transcendência perante um desígnio de comunidade e identidade nacional. A história de quase quatro décadas de democracia em Portugal é marcada por essa desvalorização do simbólico, tanto no que respeita ao exercício de gestos rituais, institucionais ou éticos, como no campo da cultura e da arte.
É um processo que se terá procurado legitimar enquanto distanciamento da afirmação nacionalista deliberada do antigo regime, em tudo o que aí se inscrevia de visão provinciana de sociedade e de mundo. Mas tal não deixou de significar o abandono de uma revisitação crítica mas descomplexada com a nossa herança histórica – na arte, na cultura, na produção audiovisual – algo sobre o qual a classe política e o próprio Estado prescindiram de pensar.
Se a democracia não deixou também ela de construir os seus próprios rituais, assentes na repetição eloquente de gestos e palavras que parecem querer inscrever a verdade do regime e as suas próprias narrativas, tal não impediu que se fosse perdendo a dimensão ritual e, mais grave ainda, a ética do exemplo, na política e na sociedade no seu todo.
Loucos e Fãs
Há uma cena muito boa no filme Fanboys. Não, não era desta que eu queria falar…
Há uma sequência genial no filme Fanboys. Queria dizer: vocês sabem qual é! Mas depois ocorre-me que os leitores eventuais deste blogue não são geeks como eu, facto que devo confessar me entristece bastante mais do que imaginam. Viver num país com poucos cromos, gente apaixonada por coisas genialmente improváveis que nos rodeiam a todo o momento e por toda a parte. Mas voltemos ao filme, quando Linus diz, a propósito da saga Star Wars, que é necessário manter as falhas, os efeitos foleiros, as marionetas. Que é isso que torna os filmes tão especiais. Questiono-me se será um pouco de saudosismo da minha parte. Mas ocorre-me pensar que havia qualquer coisa naquele tempo, mais pura e inocente, que entretanto se perdeu. Na forma como nos relacionávamos com os filmes, com a televisão. Como parávamos para ver o concurso de melhor bronzeado no programa da tarde de sábado com o Júlio Isidro. E não se trata apenas do cerco de consumo tornado cultura com que os media barricaram as novas gerações. Falo antes do cinismo com que encaramos tudo o que nos rodeia. Afinal, no mundo dos Big Brothers e da Casa-que-não-lembra-o-diabo já ninguém pode acreditar num programa de televisão.
Estórias da Carochinha
Estórias da Carochinha é um tumblelog principalmente dedicado à descoberta de ilustrações de livros infantis antigos.
Estórias da Carochinha is a Portuguese tumblelog mostly dedicated to vintage children’s books illustrations.
Pascal Campion
Strasbourg, 1996.
As belas ilustrações de Pascal Campion. Mais aqui. (Nota: nesta gosto dos degraus irregulares, do interruptor com o fio à vista e da maçaneta da porta.)
The wonderful art of Pascal Campion. More here.
ARX.pt
Image credits: Fernando Guerra (FG+SG), House in Possanco (Comporta), Alcácer do Sal, Portugal, 2011.
A ARX está a celebrar 20 anos de actividade. O atelier de Nuno Mateus e José Mateus resolveu assinalar a ocasião com o relançamento da sua página web (www.arx.pt), agora com novo design e muitos conteúdos dedicados os seus trabalhos mais recentes.
ARX Portugal is an architecture firm based in Lisbon directed by Nuno Mateus and José Mateus. Originally founded in Berlin in 1991, it is celebrating 20 years of architectural activity with a relaunch of its website (www.arx.pt), now featuring a brand new design and extensive information about their most recent works.
Mil e duzentos milhões de quilómetros
Cassini Mission é um pequeno filme composto por Chris Abbas a partir de imagens transmitidas pela sonda Cassini, em órbita no planeta Saturno desde 2004.
Um entre milhares de vídeos que aparecem na Internet todos os dias, passará porventura pelos olhos do mundo como uma pequena curiosidade de infoentretenimento. Aos que aqui passam fica o comentário de um não-cientista. Que em toda a história da Humanidade, a nossa é a primeira geração de humanos a vislumbrar tais paisagens. E que por detrás da experiência Kubrickiana de dois minutos está uma longa viagem da Ciência, só equiparável aos mais de mil e duzentos milhões de quilómetros que nos separam de Saturno. O mais extraordinário é que, mais difícil do que construir a tecnologia das máquinas, tenha sido desbravar os mistérios da física e da astronomia que tornaram tudo isto possível.
Chris Abbas é designer e cineasta e trabalha na firma Digital Kitchen em Seattle. Via Capítulo 0, um excelente blogue do jornalista galego Manuel Gago.
A morte de um filho da floresta
Por vezes ao percorrer o meu leitor de feeds, hábito quase diário, transitando rapidamente uma notícia atrás de outra, um título sobressai sobre todos os outros. E poucos terão sido tão chocantes como este. O TEDBlog dá conta da morte de Zé Cláudio e da sua mulher Maria, assassinados em sua casa de Nova Ipixuna, Pará, Brasil, no passado dia 24 de Maio.
José Cláudio Ribeiro da Silva vivia da floresta Amazónica como “extractivista”, recolhendo os seus frutos e fabricando produtos naturais a partir de sementes e óleos. Tornou-se líder comunitário e activista contra o abate ilegal de árvores e a ameaça de desflorestação da Amazónia. A sua determinação tornou-o num símbolo de defesa da floresta e um alvo para os madeireiros ilegais de quem recebeu diversas ameaças de morte.
Em Novembro do ano passado, Zé Cláudio participou na conferência TEDxAmazônia onde deixou o testemunho tocante do seu amor pela natureza, dando conta do seu medo pelo futuro mas também da sua enorme coragem. O mundo não pode esquecer este homem.
Árvore
Museu Paula Rego, por Eduardo Souto de Moura, em Cascais. Vista parcial com o detalhe da escorrência de água da chuva na fachada. A textura diagonal da cofragem do betão dá origem a um desenho que parece evocar a forma das árvores próximas. A observação é do tumblelog Subtilitas, a partir de uma imagem de Pedro Kok, fotógrafo e autor de um pequeno filme publicado no blogue anteriormente. Via People and Place.
Adaptação
O grande Dan Ariely fala sobre a nossa capacidade para nos adaptarmos às circunstâncias, seja por alterações do mundo exterior ou devido a processos de transformação pessoal. Partindo de dois exemplos distintos – a dor e as relações sociais – este professor de economia comportamental do MIT explora os meandros da psicologia humana: a capacidade de resistência, a definição de expectativas, o ajustamento do sentido de felicidade. Por vezes divertido, outras brutalmente pessoal, é uma exposição estimulante para reflectir sobre o modo como podemos encarar o que nos rodeia e a possibilidade de estabelecermos um sentido de perspectiva e o desejo de uma mais promissora normalidade. Mais para ver no PopTech.
Noite absoluta
O fotógrafo Nick Risinger embarcou numa viagem de um ano por toda a extensão do globo terrestre com o objectivo de capturar o céu nocturno sem qualquer traço de poluição lumínica. O resultado é o Photopic Sky Survey, uma imagem interactiva do universo de dimensões colossais para navegar até aos confins da galáxia. Via TreeHugger.
Google Street View chega a Liberty City
Agora já é possível percorrer as ruas de Liberty City, a cidade virtual do polémico Grand Theft Auto IV, fazendo uso do sistema Street View da Google. A comunidade de fãs do site GTA4.net decidiu reproduzir integralmente aquela metrópole ficcional através de uma recolha minuciosa de 80.000 imagens panorâmicas. Informações não oficiais dão conta que nenhum carro da Google terá sido roubado no decurso desta iniciativa.
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