[concurso de ministros]

Terça-feira

Tem sido difícil regressar à blogosfera. Não é falta de assunto, antes pelo contrário. O último mês foi surpreendentemente rico em factos notáveis. Da odisseia naval do “Borndiep” ao agora malfadado concurso de colocação de professores, vão-se somando exemplos da confrangedora degradação da realidade nacional.
Na verdade, o que me arrasta neste regresso à disciplina da escrita é a sensação de voltar a ser sugado para o panorama das misérias politico-mediáticas, das quais estive abrigado durante algumas semanas. Existe algo de errado com este estado de coisas e o país está cada vez mais propício à crónica. Não me conformo com esta sensação de fatalidade, como se tudo tivesse de ser mesmo assim, como se o país tivesse atravessado um qualquer ponto de não retorno em direcção à mediocridade total.
Quem me conhece sabe que eu não sou extremista, mas neste momento sinto-me à espera de uma qualquer sublevação nacional. Depois de ouvir o primeiro ministro mais chique de Portugal a gritar na Assembleia que não existe alternativa ao seu governo resta-me partir por aí à procura de alguma revolução onde eu me possa inscrever.
No estado em que as coisas estão, talvez o ideal fosse mesmo fazer um concurso de colocação de ministros.

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