First we kill the architects


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First We Kill the Architects: o fotógrafo Danny Lyon diz o que é preciso para fazer uma cidade melhor.

First We Kill the Architects: photographer Danny Lyon tells you what it takes to make a better city.

Ring Dome





Imagens do Ring Dome de Minsuk Cho, pavilhão temporário construído para o ciclo Performance Z-A organizado pela Storefront for Art and Architecture. Quem está em Nova Iorque não deve perder o intenso programa de actividades que decorre até 16 de Outubro. Performances de rua, apresentações e debates com arquitectos, artistas, escritores, investigadores e muitos outros - todos os dias a partir das 7 da tarde, hora local.
Visitem o sítio web da Storefront para mais informações e não percam o vídeo da montagem do Ring Dome (em exposição até 5 de Novembro).

Ring Dome
Images from the Ring Dome by Minsuk Cho, the temporary pavilion built for the Performance Z-A cycle, organized by the Storefront for Art and Architecture. New York residents shouldn’t miss the intense program scheduled until October 16th. Street performances, presentations and debates with architects, artists, writers, investigators and more – every day at 7pm.
Visit the Storefront’s website for more information and don’t miss the video of the construction of the Ring Dome (on display until November 5th).

Arquitectura degenerada


”On the Starchitect” via Intern Architects In Hell.

Há sempre alguém a tentar vender o fim do mundo. Aí têm. Ao que parece, nos dias que correm, o digital está a matar a cultura enquanto progredimos para a alienação total. É o fim do mundo tal como o conhecemos. Outra vez.
Não se riam. A arquitectura não está a salvo. Fredy Massad expõe o seu caso contra a admiração colectiva aos falsos gurus do nosso tempo. Define esse processo como (De)generación digital. Degeneração – ora aí está uma má escolha de palavras. Como todos sabemos, esse foi o termo usado pelos Nazis em referência a qualquer tipo de expressão moderna nas artes. Isso, é certo, não demove Fredy dos seus esforços em fazer-nos desprezar os cínicos, super-poderosos “starchitects”, dominadores do enganador mercado da moda arquitectónica.

É o grito de ajuda habitual vindo dos pedestais do discurso académico. Como sempre, a coisa vem acompanhada da sentença suprema na arte do insulto escolástico: “eles não têm cultura arquitectónica”. Ui!
Esta variante da crítica de arquitectura para a crítica dos arquitectos não é novidade. É até recorrente com cada nova geração. Mas o debate tem um novo campo de batalha: a “starchitecture”. Arquitectura como trampolim para a notoriedade e a fama. A autoria como uma marca. Não importa onde se posicionem ideologicamente. Na economia globalizada a arte do edifício já não é o centro do ofício. A notoriedade de autor representa "valor", não apenas para os arquitectos mas também para os clientes.
Assim os “starchitects” tornaram-se senhores da economia global. O que isto significa é que a arquitectura se está a adaptar ao novo paradigma e a tornar-se mais dependente da máquina dos “media”. Um passo mais próximo da coluna social. Isso pode não ser uma coisa boa. Mas a arquitectura corporativa de orientação mediática não é difícil de discernir.

Vivemos num momento de transição tecnológica e incerteza conceptual. Por esta mesma razão seria aconselhável reforçar alguma dose de pragmatismo, ao tentar estabelecer uma perspectiva historicamente informada que mapeie o meio-termo entre a euforia e a inquietação geradas pelas manifestações arquitectónicas do nosso tempo. A China e o Dubai não nos ensinarão nada. Mas está aí um grupo de práticas experimentais emergentes que revelam substância programática. Nem tudo é doce para a vista. Alguns destes arquitectos de nova geração estão a mergulhar na arte da complexidade através de processos de interação e manipulação de informação. Não uma ferramenta conceptual em si mesma, mas um processo para conceber soluções complexas, inovadoras, praticáveis, em realidade – que são por vezes não tão apelativas a gostos estéticos estabelecidos. Fredy define-o como uma tendência para o “feísmo”, o que não deixa de ser revelador da sua análise conceptual estrita a processos bem mais orgânicos de fazer arquitectura.
Pode adjectivar-se o que se quiser – o Fredy sai-se bastante bem. Mas a verdade é que estes novos actores do jogo estão a ameaçar o lugar dos antigos pontificadores na hegemonia cultural. Eu, reconheço, sinto alguma esperança por uma arquitectura que desafia a indulgência auto-repetitiva de códigos e tipologias estabelecidas que podem levar a melhor em algumas academias.
Pensando bem, talvez afinal o Fredy tenha razão para ter medo.

Digital degeneration
There’s always someone trying to sell the end of the world. And there you have it. Now, it seems, the digital is killing culture as we slowly progress into madness. It’s the end of the world as we know it. Again.
Don’t laugh, architecture isn’t safe either. Fredy Massad makes a case on the collective admiration of the false gurus of our times. He strongly labels the process as the (De)generación digital. Degeneration – there’s a bad choice of words for you. As we all know the term was once used by the Nazis to address any kind of modern expression in arts. That, of course, won’t stop Fredy as he puts together a strong effort to make us despise the cynical super-powered starchitects that dominate the deceiving market of architectural fashion.

It’s your usual cry for help coming straight from the pedestals of scholastic discourse. It usually comes with the ultimate punch-line in the art of academic insulting: “they have no architectural culture”. Ouch!
This kind of shift from architecture critique to the critique of architects isn’t exactly new. In fact, some variation of it comes along with each new generation. But the debate has a new battlefield: starchitecture. Architecture as a trampoline for fame and notoriety. Authorship as a brand. It doesn’t matter where you stand ideologically. In the globalized economy, the art of building is no longer what it’s all about. Author notoriety represents symbolic “value”, not only for architects, but for clients as well.
So starchitects become the rulers of the global economy. What it really means is that architecture is adapting to the new paradigm, and is becoming more dependent of the media-machine. One step further into the gossip column. That may not be a good thing. But media-oriented corporate architecture is still discernible for what it is.

We live in a moment of technological transition and conceptual uncertainty. For that reason exactly, it would be wise to reinforce a certain degree of pragmatism as you try to establish an historically informed perspective to map the middle-ground between euphoria and restlessness caused by the architectural manifestations of our times. China and Dubai will teach us nothing. But there’s a fair amount of emergent experimental practices out there revealing programmatic substance. It’s not all glam. Some of these young generation architects are delving into complexity through interactive processes of digital data manipulation. Not a conceptual tool in itself, but a process to engineer complex, workable solutions, into reality - that are sometimes not so catchy to the aesthetic pleasantries of dominant taste. Fredy defines that as a tendency to “feísmo” (ugliness), which is nothing but revealing of his tight conceptual insight into much more organic processes of making architecture.
You can try to “adjectivate” all you want – Fredy’s actually good at it. But the bottom line is that these new players of the game are threatening the spot of these pontificators in the cultural hegemony. I for one feel hopeful about an architecture that challenges the repetitive self-indulgence and pre-established codes and typologies that will make you hit big in some academies.
But, then again, maybe Fredy’s right to be afraid after all.

The Belly of an Architect

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O The Observer tem um artigo sobre Daniel Libeskind, com o nome sugestivo de A Barriga de um Arquitecto. Alimento para o espírito, poderia dizer-se, uma vez que o texto se encontra na secção de gastronomia. Aí têm. Libeskind fala da sua infância em Nova Iorque e a forte influência que a sua mãe teve sobre ele enquanto crescia para se tornar arquitecto.
“Queres ser um artista?" – perguntou enquanto via o seu filho desenhar sentado à mesa da cozinha. “Para acabar esfomeado num sótão qualquer? É essa a vida que queres para ti? (…) Sê um arquitecto. Podes sempre fazer arte em arquitectura, mas não podes fazer arquitectura nas artes.”
Assim foi que o rapaz cresceu para se tornar num dos mais bem sucedidos arquitectos do seu tempo. E, confessa Libeskind, que algumas das suas melhores ideias foram desenhadas em guardanapos de papel à mesa de jantar. Prossegue para falar da sua vida familiar e as suas origens de uma forma pouco vulgar em arquitectos que se tornaram tão grandes nomes empresariais. “A arquitectura, como a comida, é sobre os seres humanos que nela participam”. Seguem-se analogias interessantes, ainda que a sua leitura não seja recomendada de estômago vazio.

The Belly of an Architect
The Observer has an article on Daniel Libeskind, conspicuously titled The Belly of an Architect. Food for thought, one might say, as it’s filed under the food section. So there you have it. Libeskind goes on talking about his infancy in New York and the strong influence his mother had on him as he grew up to become an architect.
“You want to be an artist?” – she asked as she looked at her son drawing at the kitchen table. “To end up hungry in a garret somewhere? This is the life you want for yourself? (…) Be an architect. You can always do art in architecture, but you can't do architecture in art.”
So it was that the boy would grow to become one of the most successful architects of his time. And so says Libeskind, that some of his best ideas were drawn on napkins at the dinner table. He goes on talking about his family life and origins in a way we don’t often see of architects who became such big corporate names. “Architecture, like food, is about the human beings involved“. Interesting analogies follow, although it should not be read on an empty stomach.

A Casa Da Vizinha Não É Tão Verde Quanto A Minha

Emissão Zero é uma iniciativa da Secção Regional Sul da Ordem dos Arquitectos realizada no âmbito das comemorações do Dia Mundial da Arquitectura.


EMISSÃO ZERO
1 de Outubro: Dia Mundial da Arquitectura 2007
Uma Proposta de Nadir Bonaccorso, João Manuel Santa Rita e Carlos Sant’Ana


We drive into the future using only our rearview mirror. 1

Com o lançamento do tema CO2 Free pela UIA - Union International d’Architectes para a celebração do Dia Mundial da Arquitectura 2007, deparamo-nos com um problema demasiado amplo para se enquadrar numa tradicional postura estéril de discurso fechado para a classe. Pensar cidade e fazer cidade é um acto de cidadania, e como tal deve ser aberta uma reflexão pública por parte dos vários agentes que a desenham.

The city is not the problem. The city is the solution. 2

Como dizia o arquitecto Pedro Campos Costa numa recente entrevista, “a sustentabilidade não é uma solução técnica, é uma solução política”, e como tal deve ser abordada a partir dessa perspectiva. Enquanto arquitectos não podemos estar preocupados apenas resolução tecnológica do problema -isso é seguramente feito de modo mais eficaz por outros especialistas - mas sim na coordenação de diferentes atitudes e pontos de vista, dando assim o nosso contributo na procura de soluções out of the box para uma ideia de cidade que,mais que sustentável, consiga ser mais eficaz em aspectos físicos e sociais.

Perhaps the architect has an obligation to have an utopian vision and at the same time an equal obligation to be realistic about the futility of these utopian ambitions. 3

Pensar, projectar e construir sustentavelmente tornou-se assim uma opção do arquitecto contemporâneo, possível e desejável num mundo cada vez menos saudável. Pensar com sentido comum é uma das melhores ferramentas para isso, e um instrumento de trabalho de qualquer profissional de arquitectura. Qualquer que seja o nosso papel na produção arquitectónica, um pensamento de Redução, Reutilização, Renovação e Reciclagem são importantes.

Propomos uma recolha de material variado sobre projectos e obras de carácter sustentável. Desenhos, Diagramas, Imagens de Referência, Fotos, etc. serão apresentados em formato digital -Powerpoint ou vídeo na Ordem dos Arquitectos no dia 1 de Outubro - Dia Mundial da Arquitectura.

A Casa Da Vizinha Não É Tão Verde Quanto A Minha é um processo aberto de candidaturas e contribuições que podem ser enviadas até 30 de Outubro e que estará em permanente actualização no Site e na exposição patente na Ordem dos Arquitectos.


1 Marshall McLuhan. Filósofo Canadiano, Futurista e Fundador dos Media Studies.
2 Jaime Lerner. Arquitecto e Urbanista Brasileiro.
3 Rem Koolhaas. Arquitecto. OMA.

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David Byrne meets Philip Johnson

When the idea of modernism was brought to NY from Europe, much of its idealist utopian socialist baggage was left behind; it became, in America, mainly through the efforts of Johnson and his circle, a style rather than the structural and architectural equivalent of a political movement.

People in Glass Houses: David Byrne descobre os segredos da Glass House de Philip Johnson. Pelo meio, compara-a com as casas dos Trópicos e as cabanas de África. Algo assim. Mas faz um interessante retrato do homem por detrás da arquitectura. Byrne define a casa como um “cocktail lounge” modernista e conjectura sobre a natureza complexa de Johnson - um apologista imediato do modernismo como força poderosa que mudaria o mundo, para depois seguir o seu caminho pelos sabores do tempo em diferentes estilos. Com panache e um enorme ego. Como deve ser.

David Byrne meets Philip Johnson
People in Glass Houses: David Byrne uncovers the secrets of The Glass House by Philip Johnson. Along the way he compares it to the houses in the Tropics and the huts in Africa. Well, sort of. But he makes an interesting portrait of the man behind the architecture. He curiously defines the house as a modernist cocktail lounge, and wonders about Johnson’s complex nature – “a proselytizer and an advocate of styles”, an early believer of modernism as a powerful force that would change the world, who then followed his own path through the flavors of time into different styles. With panache and a huge ego. As it should be.

Portugal Air Show

O circo da aviação desceu à cidade com o Portugal Air Show 2007, que decorreu este fim-de-semana no Aeródromo Municipal de Évora. Deixo-vos algumas imagens. The flying circus came to town with the Portugal Air Show, that took place this weekend here in Évora. Here’s a few pictures.



O belo Boeing Stearman, um avião de treino militar construído durante a década de 30 e 40. A beautiful black Boeing Stearman, an american military trainer aircraft built during the 1930’s and 40’s.



O DHC-1 Chipmunk T Mk20, um avião de treino militar de construção portuguesa, utilizado pela Royal Air Force e a Força Aérea Portuguesa. The DHC-1 Chipmunk T Mk20 was a Portuguese-built military trainer aircraft used by the Royal Air Force and the Portuguese Air Force.



Um verdadeiro “barnstormer”, o carismático avião de uso agrícola CSS GRUMMAN G164B AG CAT. A real barnstormer, the charismatic CSS GRUMMAN G164B AG CAT Piston Agricultural Aircraft.


Outro Chipmunk. Another Chipmunk.







Algumas actividades na pista e uma exibição de acrobacias impressionante. Some activities on the runway and a few impressive aerobatics.



A estrela da companhia, o mítico bombardeiro da Segunda Guerra Mundial B-25. The star of the company, the mythical B-25 WWII Bombardier.


O atraente avião de acrobacias Sukhoi 31 da Adventia, um potente mono-lugar. Adventia's sexy-looking Sukhoi 31 aerobatic aircraft, a high performance single seater.



O elegante Piper L-4J Grasshopper em direcção à pista. The elegant Piper L-4J Grasshopper heading for the runway.

Para mais imagens, visitem o meu Set do Portugal Air Show 2007 no Flickr (também disponível em slideshow). For more images, please visit my Portugal Air Show 2007 Flickr Set (also available as a slideshow).

BIG in New York

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A Storefront for Art and Architecture vai inaugurar no próximo dia 2 de Outubro a exposição The Copenhagen Experiments. O evento centra-se na apresentação de cinco projectos da firma BIG (Bjarke Ingels Group). São cinco visões contemporâneas sobre uma nova espécie de arquitectura urbana que explora diferentes tipologias de habitar.
O trabalho de Bjarke Ingels é uma das mais refrescantes lufadas de ar fresco a varrer a prática da arquitectura nesta década. Os projectos que tem desenvolvido manifestam particularidades simultaneamente locais – específicas do enquadramento regional, das realidades de mercado, da expectativa urbana e imobiliária – e de interesse global, pela abrangência dos seus métodos de projecto, as suas elaborações complexas e universais.
Os projectos em destaque: as muito publicadas VM Houses; o bloco habitacional MTN – Mountain Dwellings; o SCALA, biblioteca, centro de conferências e hotel; as LEGO Towers e o KLM – The Clover Block, apresentado recentemente aqui no blog.
A exposição estará aberta até ao dia 24 de Novembro. Os felizardos que estiverem em Nova Iorque não devem perder a oportunidade de visitar a Storefront – fica o repto para que a comunidade blogger portuguesa em Nova Iorque envie algumas fotografias, se for possível! Os restantes podem antes deliciar-se com o vídeo da montagem da maquete das torres LEGO; foi construída com 250.000 peças de Lego verdadeiras, está “habitada” por 1.000 figurinhas Lego, demorou cinco semanas a construir e vai fazer parte da exposição.



BIG in New York
The Storefront for Art and Architecture will be opening an exhibition titled The Copenhagen Experiments, on October 2nd. This presentation will be centered on five main projects by architectural studio BIG (Bjarke Ingels Group). Five contemporary visions that portray a new breed of urban architecture, exploring innovative housing typologies.
The work of Bjarke Ingels is one of the most refreshing architectural practices of the current decade. His projects are interesting for their particularities that are both local – specific of regional background, market realities, urban expectations and so on – and global in consequence, as its open project methodologies are infused of complex and universal elaboration.
The Copenhagen Experiments will feature: the extensively published VM Houses; the MTN – Mountain Dwellings housing block; the SCALA; the LEGO Towers and the KLM – The Clover Block, which I’ve presented on the blog recently.
The exhibition will be open until November 24th. The lucky ones staying in New York during that period shouldn’t miss this opportunity to visit the Storefront. As for the rest of us, we’ll have to find some compensation by watching the video of the making of the LEGO Towers model; it was built with 250.000 pieces of Lego, it’s “inhabited” by 1.000 Lego people, took over five weeks to build and will be present at the exhibition.



MIMOA

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MIMOA é um guia on-line de arquitectura contemporânea. Trata-se de uma base de dados geo-referenciada com um inventário de obras notáveis de arquitectura, espalhadas pela Europa. Com a colaboração da revista A10 e financiamento do governo holandês, o MIMOA tem particularidades que tornam previsível um grande sucesso. A base de dados é aberta e participativa. Qualquer um pode colaborar adicionando projectos (com descrição e imagens) e inscrevendo-os no mapa interactivo – uma equipa de edição confirma apenas o rigor da informação introduzida. Para além disso, todos os utilizadores podem consultar, comentar e até pontuar as obras listadas de acordo com as suas preferências. Outras funcionalidades permitem construir uma listagem pessoal das obras visitadas ou escolher as suas favoritas.
O aspecto mais útil do MIMOA é preencher uma lacuna informativa. Os arquitectos holandeses Mieke Vullings e Naomi Schiphorst, autores do sistema, explicam que a ideia nasceu de frustração pessoal – porque é tão difícil encontrar a localização de edifícios de arquitectura importantes quando se prepara uma viagem a uma qualquer cidade. Com o MIMOA torna-se fácil reunir esses dados; os detalhes de projecto incluem sempre o endereço exacto, horas de visita e até uma explicação sobre o melhor acesso por transporte público.
Uma página web a registar entre os favoritos. Para mais informações podem ainda visitar o blog oficial.



MIMOA
MIMOA is an on-line contemporary architecture guide. It’s a geo-referenced database with an inventory of relevant architecture objects across Europe. Done in collaboration with A10 magazine and supported by the Dutch government, MIMOA has several particularities that make success highly expectable. The database is open and collaborative. Everyone can participate adding projects (with description and images), and inscribing them on the interactive map – an editing team confirms the validity of the added information. Also, users are free to visualize, comment and even rate projects in accordance to personal taste. Additional functionalities include the making of visited and favorite buildings lists.
The most useful aspect of MIMOA is that it fills an information gap. Dutch architects Mieke Vullings and Naomi Schiphorst, creators of the system, explain how the idea was born from personal frustration – because it is so difficult to find the location of important architectural objects when preparing a city-trip. With MIMOA it’s easy to gather that data; project details always include exact address, visiting hours and info on the best public transport access.
Looking for more information? Visit MIMOA’s blog.

Meet the bloggers



Meet The Bloggers. Como os blogues de arquitectura estão a mudar o mundo tal como o conhecemos. Ou talvez não. Vocês decidam, na Architect Magazine.

Meet The Bloggers. How architectural blogs are changing the world as we know it. Or not. You decide, in Architect Magazine.

O Universo de Jonathan Harris

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Talvez ainda não tenham ouvido falar de Jonathan Harris mas se circulam na web há já algum tempo é provável que tenham visto algum do seu trabalho. 10x10 (ou ‘ten by ten’) foi provavelmente o seu primeiro grande sucesso, tendo sido referenciado em grande número de blogs. A beleza de 10x10 está na sua simplicidade: gera automaticamente um mosaico de palavras e imagens, 100 ‘frames’ que capturam as palavras mais repetidas num grande número de servidores noticiosos mundiais como a BBC e o New York Times. O resultado é um retrato informativo definindo um momento particular no tempo.
Quando se olha para o trabalho que Jonathan Harris tem vindo a desenvolver nos últimos anos observa-se que muitos dos seus projectos são uma exploração sobre informação interactiva e inteligência artificial. 10x10 é um bom exemplo; um sistema que funciona sem intervenção humana, espécie de autómato recolectando informação sem critério ou agenda, facultando depois as suas descobertas numa tabela visual interactiva.

Harris esteve presente no TED onde fez uma exposição intitulada As histórias secretas da rede (‘The Web’s secret stories’). Apresentou o seu projecto We Feel Fine, lançado em 2006, que analisa automaticamente um grande número de blogs para registar os sentimentos expressos pelos seus autores. Sempre que alguém escreve frases como “Eu sinto” ou “Estou a sentir”, o sistema grava essa frase e processa o sentimento que foi expresso (triste, feliz, deprimido) numa variedade de factores estatísticos. O seu interface gráfico permite ver o modo como o mundo se está a sentir num determinado momento, processando a sua informação num conjunto incrível de correlações complexas envolvendo localização geográfica, sexo, idade, clima e muito mais.
We Feel Fine tem mesmo de ser visto para ser compreendido em toda a extensão. É uma construção antropológica sobre a diversidade humana e oferece um retrato visionário da rede. A sua modelação fluída é um trabalho de poesia visual, quase transcendente. Revela as pegadas emocionais humanas de quem percorre a web a cada momento.

O seu projecto mais recente, ambiciosamente intitulado de Universe, é uma evolução de todos estes conceitos e temas. Universo funciona como uma grande construção dos eventos da actualidade, transformando-os em constelações de palavras. Permite pesquisar um evento particular (uma pessoa, um conceito, qualquer coisa) e penetrar nas profundezas das suas ligações infinitas. A sua grandeza está não apenas no que permite encontrar mas no modo como revela as suas descobertas. Constelações de conhecimento expandem e interligam-se com outras constelações, numa viagem infinita pelo universo da expressão humana. Poesia no mundo digital, estas são as novas paisagens do nosso tempo.

Descubram outros projectos de Jonathan Harris no sítio web Number 27.



Images from ‘We Feel Fine’



Images from ‘Universe’

The Universe of Jonathan Harris
You may not know who Jonathan Harris is but if you’ve been cruising the web for a while, chances are you’ve seen some of his work. 10x10 (or ‘ten by ten’) was probably his first full blown success. It got blog-linked everywhere and everyone seemed to talk about it for a while. The beauty of 10x10 lies in its simplicity: it automaticly generates a mosaic of words and images, 100 frames that capture the most common words from major news providers like BBC, the New York Times and so on. The result is an information snapshot defining a particular moment in time
When looking at the work Jonathan Harris has been developing in the last few years, you can see that many of his projects are an exploration on interactive information and artificial intelligence. As an example, 10x10 runs with no human intervention; it’s an automaton collecting information with no criteria or agenda, and then portraying its findings on a visual, interactive grid.

Harris was on TED where he made a presentation titled The Web's secret stories. He showcased We Feel Fine, a 2006 project that automatically scans a large universe of blogs to register its author’s feelings. Whenever someone posts an entry with phrases like “I feel” or “I am feeling”, the system records that particular sentence and processes the feeling that is being expressed (sad, happy, depressed) in a variety of statistical factors. Its amazing graphic interface allows you to see the way the world is feeling in that specific moment, and process an incredible amount of complex correlations involving geographic location, sex, age, weather and many others.
We Feel Fine really has to be seen to be perceived in its full scope. Its an anthropological construction on human diversity and offers a visionary portrait of the net. It’s fluid modelling is a work of visual poetry, almost transcendent. It shows the human emotional footprints that wonder the web at this very moment in time.

His latest project, ambitiously titled Universe, is an evolution on all these concepts and themes. Universe works as a global construction of current events, transforming them into constellations of words. It allows you to search for a particular event (a person, a concept, anything) and to penetrate the depths of its infinite connections. The greatness of it is not only what you can find but the way it reveals its findings. Constellations of knowledge expand and link into other constellations, in an infinite journey through human expression. Poetry in the digital world, these are the new landscapes to understand our own place and time.

Check other projects by Jonathan Harris at Number 27.


Novos arquitectos portugueses

O portal interactivo de arquitectura e design New Italian Blood está a publicar um conjunto de listas com os melhores arquitectos emergentes em vários países do mundo. Depois da Espanha e da França, chegou a vez de conhecermos as escolhas do site italiano para o nosso país. A ver: TOP10 Architects under 40 / New Portuguese Blood.

1. Nuno Brandão Costa
2. a.s* - Atelier de Santos
3. nbAA – Nadir Bonaccorso
4. E-studio: Extrastudio
5. Ateliermob
6. S’A arquitectos
7. Cláudio Vilarinho
8. Ezzo
9. PM-ARQ
10. MOOV

New portuguese architects
The interactive architecture and design network New Italian Blood is publishing a set of lists with the best emerging architects from several countries in the world. After the examples of Spain and France, the italian website has just presented its choices regarding to Portugal. Here’s the link: TOP10 Architects under 40 / New Portuguese Blood.

Últimasmag01 disponível para download



Últimasmag01 é o primeiro número da publicação digital sobre arquitectura com produção e fotografia de Fernando Guerra (FG+SG). Esta primeira edição dá a conhecer o projecto da Adega Mayor, obra de Álvaro Siza, estando agora disponível para download na versão PC e brevemente em MAC.

Últimasmag01 available for download
Últimasmag01 is the first edition of the online publication produced and designed by Fernando Guerra (FG+SG). This first edition presents the Adega Mayor (Mayor Winery) authored by architect Álvaro Siza and is now available for download.