Uma viagem que fiz com o José Mateus durante um fim-de-semana a algumas obras emblemáticas da arquitectura portuguesa serviu para confirmar que muitos dos termos utilizados no universo da arquitectura são comuns aos utilizados no universo musical. Achei que isso seria um bom ponto de partida na concepção desta música. Espaço, ou a ausência dele, estruturas regulares e irregulares, linhas contínuas e descontínuas, superfícies planas ou distorcidas são alguns dos conceitos que serviram como motivo para a composição dos temas deste trabalho. Poderão dizer que a música deste álbum não é tão diferente assim daquela que eu tenho feito até aqui. Espero bem que não. Mas posso garantir que sem o estímulo da arquitectura não seria a mesma.”
Mário Laginha, Maio 2007.
Mário Laginha é um pianista excepcional e um talentoso compositor de jazz. O seu último trabalho, “Espaço”, resultou de um desafio lançado pela Trienal de Arquitectura de Lisboa. Referências de linguagem comuns entre a arquitectura e a música serviram de motivo à construção de distintas paisagens melódicas.
Tive a felicidade de estar presente no seu concerto durante a trienal e é um grande prazer anunciar que ele vai agora dar mais duas exibições. A primeira tem lugar a 30 de Novembro em Sintra, no Centro Cultural Olga Cadaval. O segundo será na Casa da Música, a sala de concertos da autoria de Rem Koolhaas no Porto, a 8 de Dezembro.
”Space”, live
A journey I did with José Mateus over the weekend to some of the most referential works of portuguese architecture made me realize that many of the terms used in the field of architecture are common with those used in the universe of music. I found that to be a good starting point in the conception of this piece. Space, or its absence, regular and irregular structures, continuous and discontinuous lines, flat and twisted surfaces are some of the notions that served as motive for the composition of these themes. You may say that the music on this album is not so different from the one that I’ve made until now. I certainly hope not. But I can assure that without the motivation of architecture, it would not have been the same.”
Mario Laginha, May 2007.
Mário Laginha is an exceptional pianist and a talented jazz composer. His latest work, “Space”, resulted from a challenge by the Lisbon Architecture Triennale. Common references of language between architecture and music served as a motive to construct distinctive melodic landscapes.
I was fortunate to attend his concert during the triennale and it’s a great pleasure to announce that he will now give two new performances. The first will take place on November 30th in the town of Sintra, in the Olga Cadaval Cultural Centre. The second takes place in Rem Koolhaas’s Casa da Música, the famous concert hall in Oporto, on December 8th.
Espero lá estar dia 30 no CCOC...
ResponderEliminarUm concerto a não perder!
Abraços
Ao falar de inter-relações entre arquitetura e música eu devo lembrar de um nome: Vítor Ramil. Imagino que o povo europeu não tenha ouvido esse nome ainda, porém, acho interessante que busquem. Este músico é um brasileiro, cá do Sul, como eu. Ele usa de relações espaciais bem pertinentes em sua música. O espaço é premissa para sua composição tanto musical quanto literária.
ResponderEliminarPara situar melhor a narrativa, esse indivíduo do qual falo escreveu junto com Jorge Drexler a música que dá título ao seu último álbum, o 12 Segundos de Oscuridad
Fica o palpite. Recomendo.
E, sendo que é a primeira vez que deixo um post em dois anos que acompanho o blog, ficam minhas parabenizações pelo ótimo trabalho.
Hasta!
eu vi na acert em tondela e recomendo mesmo ...
ResponderEliminar