Um mundo sem pessoas
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É uma fantasia própria da Quinta Dimensão: acordar num mundo sem pessoas. A velha ideia da ficção científica vai voltar à ribalta agora que Will Smith se vai descobrir como sendo o último homem vivo de Nova Iorque e – segurem-se bem – possivelmente do mundo, no filme I Am Legend.
É uma ideia genial. Mas o que aconteceria realmente se as pessoas simplesmente desaparecessem da face do planeta. No seu recente livro O Mundo Sem Nós Alan Weisman vai mais longe para construir uma visão prospectiva da Terra num cenário pós-humano. Retrata o lento declínio do nosso ambiente construído e o processo de inexorável colapso que arruinaria a sua imensa infra-estrutura.
Kenn Brown, artista gráfico da Mondolithic Studios, desenvolveu um trabalho impressionante inspirado no livro de Weisman, ilustrando este terrível e fascinante mundo pós-apocaliptico. Mais recentemente o semanário Expresso contactou a firma americana para conceber uma visão de Lisboa, como esta seria ao fim de 300 anos de abandono. E ainda que a música do Blade Runner possa parecer um pouco fora de tom, a imagem não é menos que espectacular.
A world without people
It’s a twilight zone attraction: you wake up all alone in the world. The classic sci-fi gimmick will soon be making a rerun as Will Smith finds himself as being the last man alive in New York City and – hold on to your hats – possibly the world, in the forthcoming blockbuster I Am Legend.
It’s a great idea. But what would really happen if people simply vanished from the face of the planet. In his recent book The World Without Us, Alan Weisman takes it one step further to construct a prospective vision of Earth in a post-human scenario. He depicts the decline of our immense infrastructure and the process of inexorable collapse that would ruin our built environment.
Mondolithic Studios did some impressive artwork inspired by Weismans book, illustrating this daunting and yet fascinating post-apocalyptic world. It turns out that they were recently commissioned by Portuguese newspaper Expresso to conceive a view of Lisbon as it would be after 300 years of abandonment. And although the Blade Runner soundtrack might feel a bit out of place, the picture, credited by Kenn Brown, is nothing short of outstanding.
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Um mundo sem nós é um tema muito interessante e relativamente pouco explorado mas que deu origem a duas das minhas histórias de FS preferidas: uma é o episódio piloto para a Quinta Dimensão chamado "Where is Everybody?" que é genial e o outro é clássico do Fantasporto "The Quiet Earth" que entra de modo verosímil nas limitações e dimensão assustadora dos espaços que são normalmente familiares quando abandonados e sem qualquer pessoa.
ResponderEliminarFica a sugestão.
Recordo-me vagamente de ver esse episódio da Twilight Zone há alguns anos na RTP2. Quanto ao The Quiet Earth, nunca tinha ouvido falar do filme mas os comentários no IMDB deixam-me bastante curioso.
ResponderEliminarEm relação ao tema principal talvez valha a pena fazer referência à situação de abandono de Pripyat, a cidade de trabalhadores próxima de Chernobyl. A região foi evacuada há vinte anos e encontra-se, desde então, entregue a uma lenta degradação natural. Há cerca de dois anos surgiram vários artigos sobre reportagens fotográficas feitas no local, entre as quais um que me recordo no BLDGBLOG:
http://bldgblog.blogspot.com/2005/10/chernobyl-purgatorio.html
Também vale a pena ver as imagens de uma viagem feita na zona proibida, em
http://www.radiationcentral.com/kiddofspeed/
O local da central atómica ainda se encontra com níveis elevados de radiação, mas a cidade vai sendo devorada lentamente pela natureza, começando a ser habitada por animais selvagens. De certo modo, é um pequeno laboratório para os processos de que Weisman especula no seu livro.