Terramoto no Haiti – Carta da Assistência Médica Internacional


Imagem via Boston.com: The Big Picture.

Segue-se a transcrição de uma carta do presidente da Fundação AMI – Assistência Médica Internacional, apelando ao apoio de todos para a sua acção de auxílio no Haiti.

Lisboa, 14 de Janeiro de 2010
Caros Amigos,
Na sequência do terramoto que devastou o Haiti, partiu esta manhã uma primeira equipa de dois elementos da AMI, com destino à capital do país – Port-au-Prince, tendo-se disponibilizado uma verba de 20 mil dólares a utilizar na aquisição de água, medicamentos, desinfectantes e outro material de primeira necessidade.
Esta equipa tem como missão efectuar o levantamento de necessidades, coordenar acções de emergência com os parceiros locais e outros actores internacionais para desenvolver uma ajuda humanitária concertada e mais eficaz e preparar a chegada de uma equipa médica voluntária da AMI.
Entretanto, está já pronta a partir, de Lisboa, a equipa médica de 3 a 5 elementos, assim que estiverem reunidas condições para chegar rapidamente ao terreno e começar de imediato a trabalhar.
Num país onde 53,9% da população já vivia em situação de pobreza extrema, dispondo de 1 dólar por dia, e 46% dos seus 8 milhões de habitantes não tinham acesso a água potável, actualmente toda a ajuda eficaz é pouca, não podendo a AMI, de forma alguma, ficar indiferente.
A população do Haiti precisa urgentemente de todo o nosso empenho e para isso precisamos do seu contributo para a aquisição de mais medicamentos, material de penso e sutura, e todos os meios que vierem a ser necessários para prestar ajuda directa e sem demora às vítimas que sobreviveram a esta catástrofe de dimensões dantescas.

Pode efectuar o seu donativo para a AMI para:
Conta Emergência BES - NIB: 0007 001 500 400 000 00672
Multibanco: Entidade 20 909 Refª 909 909 909 em Pagamento de Serviços.

Pode ainda colaborar, reencaminhando este apelo a todos os seus contactos.

Contamos com a sua participação para que a população martirizada do Haiti retome alguma esperança num futuro possível. Obrigado.

FUNDAÇÃO AMI
Fernando Nobre
Presidente

2 comentários:

  1. Esta foi de facto uma tragédia como poucas. Espanta-me, no entanto, que muito pouco se fale sobre os edifícios. Já não sei onde li, ou se ouvi por aqui nos noticiários incessantes, que o que mata as pessoas não são os terremotos mas sim os edifícios.
    É sabido que a população local não vivia propriamente bem no período pré-catástrofe, e claramente nunca se antecipou nada desta magnitude (a julgar pelas toneladas de betão e aço agora desfeitos pelas ruas), mas não sei até que ponto isso atenua a responsabilidade de quem ergue paredes indiscriminadamente. Esperemos que de futuro se possam evitar tamanhos danos, construindo de forma mais responsável, e devo acrescentar que para tal não são sequer necessários grandes investimentos.

    Quando imagino o que poderia acontecer noutros locais mais densos e urbanizados... Estaremos nós a contribuir para o nosso próprio desastre?

    Enfim, perdoa-me o comentário um tanto ou quanto negativo. Isto é revoltante.

    CM

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  2. Isso é muito certo e nem precisamos de apontar um país "em desenvolvimento" (este belo eufemismo).

    Imagine-se um abalo de grau 7 com epicentro a 15 km de Lisboa.

    Temo que a incompetência e o desleixo não estejam a fazer coisa boa no que toca a segurança dos edifícios.

    Enfim; tipicamente, esperamos sempre o melhor.

    Abraço
    David

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