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A House Ray 1 de Delugan Meissl ocupa o terraço plano de um edifício de escritórios de Viena. Trata-se de uma expansão de cobertura, uma peça arquitectónica que constitui um piso autónomo e reconfigura a silhueta dos telhados daquele quarteirão.
O desenho é provocador e recusa, nos seus próprios termos, a submissão aos regulamentos para construção deste tipo de ampliação. Re-interpretando essas regras, o novo elemento conforma uma estrutura destacada que se repercute na sua volumetrização exterior. O resultado é um contraste vincado entre a massa estática do bloco existente e a forma dinâmica da nova ocupação.
O piso adicional reforça a continuidade entre a linha de cume dos edifícios contíguos. O objecto parece um agregado de membros metálicos em Alucobond, numa ondulação que faz rasgar zonas transparentes e terraços protegidos. O deck principal suspende-se sobre o horizonte, terminando num espelho de água que define o limite da plataforma, sem guarda, abeirando-se do abismo. Imagem de uma arquitectura no limite, integrando as tensões estruturais como motor da concepção, dos desníveis internos e externos. O cuidado pelo pormenor revela-se em todos os aspectos do desenho, nos elementos interiores e mobiliário fixo, como parte integrante da experiência arquitectónica. A vivência sobressai fluída e tranquila, pela horizontalidade e permeabilidade na relação entre interior e exterior.
Arquitectura: Delugan Meissl.
Fotografia: Hertha Hurnaus; Delugan Meissl.
É a velha história das condições de trabalho... o intelecto sentir-se-á mais estimulado ao trabalhar num espaço com esta riqueza?
ResponderEliminareu, definitivamente, acredito que sim, que desta forma nos prestamos a uma postura diferente, mais vocacionada, mais ambientada, mais natural e plena.
numa palavra: óptimo.
ResponderEliminarha bastante tempo que andava à procura disto. thanks.
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