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A imagem acima é uma página manuscrita de Os Contos De Cantuária de Chaucer. A segunda imagem é a reprodução de uma página do primeiro livro impresso, a Bíblia de Gutenberg. O que ressalta das duas imagens é a sua proximidade estética. Após a impressão, a Bíblia foi ilustrada de modo a assemelhar-se ao tipo manuscrito – resultando o mesmo tipo de letra, de estrutura de caixa de texto, de decoração envolvente. Sobressai assim o poder da continuidade.
Existem vários exemplos interessantes deste tipo de estética de transição. O desenho dos primeiros automóveis é outro exemplo curioso, esteticamente semelhante aos carros movidos a cavalo da época. Mais interessante, muitos automóveis preservaram, durante mais de 20 anos, um apoio acessório para suporte de chicote.
Nada na tecnologia automóvel requeria esta obediência a modelos antigos de transporte. Mas a inovação parece ser conformada e constrangida pela história, por formas herdadas de pensamento e experiência. De certo modo, a própria estética estabelece a ponte com o passado.
Para a compreensão do mundo de hoje usamos uma linguagem criada para o mundo de ontem. E afigura-se-nos que a vida do passado parece corresponder melhor à nossa natureza, pela única razão de corresponder melhor à nossa linguagem. (Exupéry)
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