A Barriga De Um Arquitecto segue dentro de momentos
Como muitos terão reparado, este blogue atravessou uma fase um pouco diferente do habitual. Até já me acusaram de estar a fazer dele o meu Há Vida Em Markl privado. E eu reconheço que, olhando para este percurso recente, parece até que este não é um espaço onde se fala de arquitectura e dos habituais temas que costumo abordar.
Esta também é, para o bem e para o mal, uma página pessoal. Inevitavelmente, ela segue comigo para os lugares por onde passa o meu estado de alma. Faço assim o toque a reunir, com a promessa de que a partir da próxima semana recomeço a pôr em dia a agenda mais temática que tem andado em atraso, com alguns merecidos destaques e a divulgação de coisas que gostava de dar a conhecer. Espero continuar a partilhar as coisas boas que me vão chegando, ficando esta nota como agradecimento a todos os que palmilharam comigo estes dias de deriva mais pessoal. Obrigado a todos. A Barriga De Um Arquitecto segue dentro de momentos.
Esta também é, para o bem e para o mal, uma página pessoal. Inevitavelmente, ela segue comigo para os lugares por onde passa o meu estado de alma. Faço assim o toque a reunir, com a promessa de que a partir da próxima semana recomeço a pôr em dia a agenda mais temática que tem andado em atraso, com alguns merecidos destaques e a divulgação de coisas que gostava de dar a conhecer. Espero continuar a partilhar as coisas boas que me vão chegando, ficando esta nota como agradecimento a todos os que palmilharam comigo estes dias de deriva mais pessoal. Obrigado a todos. A Barriga De Um Arquitecto segue dentro de momentos.
The 2006 Bloggies
Em directo do Fairvue Central, acabam de ser colocados online os candidatos aos mais reputados prémios da blogosfera, os Sixth Annual Weblog Awards: The 2006 Bloggies.
Todos já a correr até lá para ver le creme de la creme, os melhores dos melhores, os ricos e famosos do mundo-blogue. E vejam só quem lá está, a Vitriolica em grande posição para o prémio de melhor blogue europeu.
Destaques e novidades em breve.
O cão com três patas - actualizado
Actualização: Afinal o pequeno Calimero já foi adoptado há mais de duas semanas. Para os novos donos, um grande abraço e bem vindos ao clube. :))
Como alguns sabem, tenho um cão com três patas chamado Moby. Já uma vez contei aqui a história de como fiquei com ele.
Agora, deram-me a conhecer a notícia publicada no blogue P´los Animais sobre o pequeno Calimero (sem permalink), um cachorrinho que não só tem três patas como lhe falta exactamente a mesma pata traseira do meu focinhudo castanho.
Saudades de James Cameron
Às vezes é difícil recordar que a saga Alien já foi assim...
Vi este fim de semana, pela primeira e última vez, o filme Alien – A Ressureição, ou Alien 4 para os entendidos.
Já me custa ver filmes nos canais generalistas de televisão. A publicidade ainda se aguenta. O que incomoda mesmo é o pan-e-scan enchouriçado ao quatro por três. No entanto, porque sempre fui aficionado em sci-fi e na saga espacial de Ellen Ripley, lá me encaixei desta vez no sofá para descobrir o capítulo final da quadrilogia. O Alien Vs Predator, obviamente, não conta para este campeonato nem como desculpa para comer pipocas.
Indo directo ao assunto, Alien 4 é um nojo de filme. E eu até sou muito tolerante com filmes parvos. Se estiver em casa num domingo à tarde a ver uma estupidez como o Transporter (Correio de Risco) enquanto estou a enfardar uma montanha de crepes com Nutela, não faço grandes juízos críticos ao ver o cabeça de pedra Jason Statham a borrar-se em óleo para dar nos fagotes a cinquenta tipos maus vindos sabe-se lá de onde para lhe ortogonalizar o traseiro. Mas a série Alien não é uma treta qualquer. Com os créditos passados de Scott, Cameron e Fincher, o mínimo que se exigiria era um título que se levasse a sério.
Primeiro, é aquela premissa da Ripley clonada. Eu não sei se os argumentistas de Hollywood já perceberam que a clonagem é uma solução narrativa que cheira a mofo como a ovelha Dolly. Mas enfim, vamos então fazer de conta que num futuro bio-tecnologicamente super desenvolvido, Ripley foi recriada e, com ela, a rainha-alien que lhe crescia na barriga. E vamos fazer esse esforço alienesco para acreditar que por graças da fusão de ADN alien-humano que a contaminou, ela tem acesso à sua memória genética, ou seja, às recordações da antiga Ellen Ripley. E, de seguida, vamos fazer de conta que não nos estamos completamente nas tintas para aqueles contrabandistas espaciais que se percebe desde o início que estão ali para servir de carne picada para o que se vai seguir.
Sim, depois de todos estes descontos, vamos então às verdadeiras palhaçadas do filme.
Primeiro, porque é que uma estação espacial militar onde se desenvolvem espécies extraterrestres brutalmente agressivas com ácido em vez de sangue e vontade de comer a cabeça a tudo o que mexe, está programada para rumar à Terra caso algo corra mal? Sou só eu, ou... Bem, de seguida, o que é que se passa com o Brad Dourif, também conhecido como o Grima Wormtongue do Senhor dos Anéis para os amigos? Será que os militares do futuro são tão estúpidos que escolhem para seus cientistas os psicopatas mais suicidas que conseguem encontrar?
Mas o filme lá vai entretendo com uns visuais de encher o olho, muito tiro e gritaria. Até que chega o verdadeiro "escambal". Em fuga com a maralha de sobreviventes, e após muitas cenas de exposição - tipos a falar uns para os outros para explicar as partes da história que não conseguiram meter no filme como saber que a Winona é uma andróide de uma raça de robots que se revoltaram e foram eliminados e ela é das poucas sobreviventes e onde é que eu já vi isto sim foi no Blade Runner e em mais trinta filmes - como ia dizendo, Ripley vai ter sabe-se lá porquê à sala onde a raínha-alien está a dar à luz. Só que, desta vez, em vez de por ovos, esta alien desenvolveu um sistema uterino e está a parir literalmente um monstro híbrido alien-humano. E a cena cómica é que a raínha-alien está de barriga para o ar com umas pernitas a dar-a-dar que é das coisas mais idiotas que já se fez em cinema. E claro que, depois de umas quantas reviravoltas grotescas, o monstro-alien-humano acaba destruído sendo sugado para o espaço por uma escotilha. E onde é que já vimos isto? Ah, sim, foi no Alien (1), e no Aliens (2). Será que não há outras maneiras de matar estes bichos no futuro longínquo.
Para acabar em beleza, o filme acaba com Sigourney e Winona dentro de uma nave espacial acabada de entrar na atmosfera terrestre, a sabe-se lá quantos mil pés de altitude por cima das nuvens e numa sala com uma escotilha rebentada, e no entanto não mexe um cabelo que seja das duas meninas. Estão ali a olhar para as nuvens enquanto contabilizam o cachet pela prestação nesta anedota de proporções galácticas.
Tudo isto deixou-me com enormes saudades do James Cameron. Por isso, e para impedir o desânimo, nada como saber que o realizador implacável pode estar a preparar o seu antigo projecto Avatar, considerado como um dos melhores filmes nunca feitos.
A notícia, como sempre, descoberta nessa enciclopédia de coisas boas do mundo geek que dá pelo nome de Binary Bonsai.
Vi este fim de semana, pela primeira e última vez, o filme Alien – A Ressureição, ou Alien 4 para os entendidos.
Já me custa ver filmes nos canais generalistas de televisão. A publicidade ainda se aguenta. O que incomoda mesmo é o pan-e-scan enchouriçado ao quatro por três. No entanto, porque sempre fui aficionado em sci-fi e na saga espacial de Ellen Ripley, lá me encaixei desta vez no sofá para descobrir o capítulo final da quadrilogia. O Alien Vs Predator, obviamente, não conta para este campeonato nem como desculpa para comer pipocas.
Indo directo ao assunto, Alien 4 é um nojo de filme. E eu até sou muito tolerante com filmes parvos. Se estiver em casa num domingo à tarde a ver uma estupidez como o Transporter (Correio de Risco) enquanto estou a enfardar uma montanha de crepes com Nutela, não faço grandes juízos críticos ao ver o cabeça de pedra Jason Statham a borrar-se em óleo para dar nos fagotes a cinquenta tipos maus vindos sabe-se lá de onde para lhe ortogonalizar o traseiro. Mas a série Alien não é uma treta qualquer. Com os créditos passados de Scott, Cameron e Fincher, o mínimo que se exigiria era um título que se levasse a sério.
Primeiro, é aquela premissa da Ripley clonada. Eu não sei se os argumentistas de Hollywood já perceberam que a clonagem é uma solução narrativa que cheira a mofo como a ovelha Dolly. Mas enfim, vamos então fazer de conta que num futuro bio-tecnologicamente super desenvolvido, Ripley foi recriada e, com ela, a rainha-alien que lhe crescia na barriga. E vamos fazer esse esforço alienesco para acreditar que por graças da fusão de ADN alien-humano que a contaminou, ela tem acesso à sua memória genética, ou seja, às recordações da antiga Ellen Ripley. E, de seguida, vamos fazer de conta que não nos estamos completamente nas tintas para aqueles contrabandistas espaciais que se percebe desde o início que estão ali para servir de carne picada para o que se vai seguir.
Sim, depois de todos estes descontos, vamos então às verdadeiras palhaçadas do filme.
Primeiro, porque é que uma estação espacial militar onde se desenvolvem espécies extraterrestres brutalmente agressivas com ácido em vez de sangue e vontade de comer a cabeça a tudo o que mexe, está programada para rumar à Terra caso algo corra mal? Sou só eu, ou... Bem, de seguida, o que é que se passa com o Brad Dourif, também conhecido como o Grima Wormtongue do Senhor dos Anéis para os amigos? Será que os militares do futuro são tão estúpidos que escolhem para seus cientistas os psicopatas mais suicidas que conseguem encontrar?
Mas o filme lá vai entretendo com uns visuais de encher o olho, muito tiro e gritaria. Até que chega o verdadeiro "escambal". Em fuga com a maralha de sobreviventes, e após muitas cenas de exposição - tipos a falar uns para os outros para explicar as partes da história que não conseguiram meter no filme como saber que a Winona é uma andróide de uma raça de robots que se revoltaram e foram eliminados e ela é das poucas sobreviventes e onde é que eu já vi isto sim foi no Blade Runner e em mais trinta filmes - como ia dizendo, Ripley vai ter sabe-se lá porquê à sala onde a raínha-alien está a dar à luz. Só que, desta vez, em vez de por ovos, esta alien desenvolveu um sistema uterino e está a parir literalmente um monstro híbrido alien-humano. E a cena cómica é que a raínha-alien está de barriga para o ar com umas pernitas a dar-a-dar que é das coisas mais idiotas que já se fez em cinema. E claro que, depois de umas quantas reviravoltas grotescas, o monstro-alien-humano acaba destruído sendo sugado para o espaço por uma escotilha. E onde é que já vimos isto? Ah, sim, foi no Alien (1), e no Aliens (2). Será que não há outras maneiras de matar estes bichos no futuro longínquo.
Para acabar em beleza, o filme acaba com Sigourney e Winona dentro de uma nave espacial acabada de entrar na atmosfera terrestre, a sabe-se lá quantos mil pés de altitude por cima das nuvens e numa sala com uma escotilha rebentada, e no entanto não mexe um cabelo que seja das duas meninas. Estão ali a olhar para as nuvens enquanto contabilizam o cachet pela prestação nesta anedota de proporções galácticas.
Tudo isto deixou-me com enormes saudades do James Cameron. Por isso, e para impedir o desânimo, nada como saber que o realizador implacável pode estar a preparar o seu antigo projecto Avatar, considerado como um dos melhores filmes nunca feitos.
A notícia, como sempre, descoberta nessa enciclopédia de coisas boas do mundo geek que dá pelo nome de Binary Bonsai.
Joana Garrido
Joana Garrido é designer "3D", apresentando um corpo de trabalho notável no seu sítio web. Muito trabalhos de modelação tridimensional com uma colecção expressiva de imagens de arquitectura. Uma obra em evolução para acompanhar, pela diversidade, olhar artístico e eloquência na construção de vistas que supreendem e seduzem. Ainda por cima tem freebies: wallpapers, bons links e muita fotografia para ver no seu álbum pessoal Flickr, de fazer inveja.
Entretanto...
Uma nota rápida para dizer que continuam a acontecer coisas interessantes na web. O postHABITAT segue em alta, com destaque para estes dois textos: Culturas De Planeamento e O Fim Do Espaço Público Tradicional?. Há também novidades no Archworks, com o projecto de Ricardo Stubner Lucas: Cafetaria para Jardim Sá da Bandeira, Santarém, Concurso (1º lugar).
Coisas espectaculares passam no BLDGBLOG, o blogue que todos gostávamos de ter – e que eu, não sei porquê, ainda não coloquei no blogroll.
Ainda... passei recentemente por estes sítios:
La Double Vie de Veronique, um blogue muito belo feito com aquele cuidado de quem constrói um diário e compõe colagens bonitas;
Flipbook, faça o seu próprio desenho animado, really (clicar no gato para ver uma coisa maluca);
Architecture2030.org, sustentabilidade e arquitectura, uma carta aberta e espaço de divulgação de boas práticas, com uma boa selecção de links para investigar;
David Byrne Journal, blogues de celebridades, já se sabe, mas este é prometedor. Inclui rádio online, muito country, que também estou a ouvir.
Ali ao lado, no espaço de últimos links, há mais novidades quentinhas...
Super gorila
King Kong: um filme excepcional ou uma grande pastilha? Descubra já a seguir...
Quando eu era miúdo via musicais. No tempo em que só existiam dois canais de televisão, a antiga RTP passava constantemente os velhos clássicos de Hollywood. As matinés e os serões eram preenchidos pelos grandes musicais de Gene Kelly, Fred Astaire e as suas sensuais parceiras de dança, mil aventuras de capa e espada, filmes de guerra com William Holden, tiroteios de John Wayne e Dean Martin e ainda, num fim de semana de sorte, um duelo desesperado sob o sol implacável com Gary Cooper.
Cresci a acreditar que certos filmes são talhados de uma fonte especial, dos lugares onde mora a imaginação mais profunda. Mais do que histórias, são ícones da própria vida e da experiência de se ser humano neste mundo. É o King Kong agarrado ao topo do Empire State Building, é o Errol Flynn a descer de uma árvore nas Aventuras de Robin Hood, é o Marshal Will Kane numa cidade abandonada do velho oeste em High Noon. Não sabemos explicá-lo, mas reconhecemo-lo em Gene Kelly a dançar à chuva, nos pássaros de Hitchcock ou nas bicicletas voadoras de Spielberg. E reconhecemo-lo porque são a expressão daquilo que há de mais íntimo nos sentimentos humanos, da alegria ao temor, do arrependimento à redenção.
Numa época em que os gostos estão tão compartimentados, padronizados em grupos-alvo, tomados como definidores de carácter mais do que ferramentas de aprendizagem, é difícil defender a importância plástica e temática que se encerra em certas obras daquilo a que chamamos o domínio da cultura popular. Claro que não consideraria Os Salteadores Da Arca Perdida como um dos filmes da minha vida. Mas, invariavelmente, imagens como a do mítico herói em fuga de uma bola gigante de pedra fazem parte da minha infância como fragmentos de uma paisagem maior. Uma paisagem que compõe a iconografia do nosso imaginário.
Ora eu sou suspeito para escrever estas linhas sobre a nova versão de King Kong de Peter Jackson. Possuidor da colecção completa de versões longas do Senhor dos Anéis e fã da desmesurada Terra Média criada pelos anciãos da Weta sob a batuta do realizador neo-zelandês, parti de malas e bagagens para Skull Island com predisposição para me encantar. Tão certo como estar aqui, muitos não se deixarão comover por este filme-monumento nem pelo entusiasmo que me deu a sentir. Cada um vê aquilo que sabe, e o que eu sei diz-me que em Jackson tudo é rédea-solta, exagerado e a transbordar, maior que a vida. Assim é King Kong desde o início, numa viagem à Nova Iorque dos anos 30 que percorre um curioso mosaico de contrastes sociais, o esplendor vivendo a par com a pobreza destroçada da depressão. A história que se segue é bem conhecida: uma grande tragédia com contornos de filme de aventuras. No meio está Skull Island, a viagem fantástica ao mundo dos medos e do desconhecido onde residem, lado a lado, todas as virtudes e defeitos desta obra agora revisitada.
Uma das coisas que mais me entusiasma num filme é a construção do espaço através de referências de montagem; a compreensão do território da acção com que o realizador monta uma sequência. Não é novidade; a capacidade de definir personagens no espaço e estabelecer relações entre si é um dos traços mais marcantes dos grandes mestres. Os exemplos são mais que muitos: o rigor cénico de Hitchcock (Janela Indiscreta ou o muito arquitectónico North By Norhwest); os espaços psicológicos de Kubrick (2001, The Shining, Eyes Wide Shut); o território absoluto de David Lean (Lawrence Of Arabia); ou, ainda, Spielberg e o lugar como tecido da história (a Normandia de Saving Private Ryan, ou o diferente mas muito menosprezado The Terminal). E por aí fora...
King Kong contém algumas sequências espacialmente fenomenais: veja-se a chegada tumultuosa à ilha, a fuga dos brontossauros, a queda de Kong e dos V-Rex no desfiladeiro ou todo o desenlace final em Nova Iorque. São momentos visualmente esmagadores e maravilhosas peças de concepção artística. É certo que por vezes nos deparamos com as costuras do digital, levado aos limites daquilo que é tecnicamente possível, mas mesmo esses pequenos defeitos dificilmente farão menosprezar esta capacidade de criar paisagens de fantasia pura e todas as belas telas que este filme vai compondo ao longo das três horas de duração.
A desmesura é o ponto forte e fraco do filme. Certas sequências da ilha são levadas ao extremo exagero e, numa cena particular, a um nível de grotesco que nada fica atrás dos filmes mais gore do início de carreira de Jackson. Talvez alguns desses momentos fossem desnecessários ao conjunto da história, mas é fácil imaginar o sorriso insano do realizador ao lançar mais e mais coisas para cima do espectador. No fim dessa verdadeira montanha russa, os apaixonados pela fantasia e aventura encontrarão em King Kong um filme à altura dos grandes clássicos, por vezes empolgante, outras mergulhado em tremenda emoção, mas sempre uma deliciosa viagem a um mundo que muitas vezes julgamos perdido no tempo em que tinhamos o olhar mágico da infância.
Quando eu era miúdo via musicais. No tempo em que só existiam dois canais de televisão, a antiga RTP passava constantemente os velhos clássicos de Hollywood. As matinés e os serões eram preenchidos pelos grandes musicais de Gene Kelly, Fred Astaire e as suas sensuais parceiras de dança, mil aventuras de capa e espada, filmes de guerra com William Holden, tiroteios de John Wayne e Dean Martin e ainda, num fim de semana de sorte, um duelo desesperado sob o sol implacável com Gary Cooper.
Cresci a acreditar que certos filmes são talhados de uma fonte especial, dos lugares onde mora a imaginação mais profunda. Mais do que histórias, são ícones da própria vida e da experiência de se ser humano neste mundo. É o King Kong agarrado ao topo do Empire State Building, é o Errol Flynn a descer de uma árvore nas Aventuras de Robin Hood, é o Marshal Will Kane numa cidade abandonada do velho oeste em High Noon. Não sabemos explicá-lo, mas reconhecemo-lo em Gene Kelly a dançar à chuva, nos pássaros de Hitchcock ou nas bicicletas voadoras de Spielberg. E reconhecemo-lo porque são a expressão daquilo que há de mais íntimo nos sentimentos humanos, da alegria ao temor, do arrependimento à redenção.
Numa época em que os gostos estão tão compartimentados, padronizados em grupos-alvo, tomados como definidores de carácter mais do que ferramentas de aprendizagem, é difícil defender a importância plástica e temática que se encerra em certas obras daquilo a que chamamos o domínio da cultura popular. Claro que não consideraria Os Salteadores Da Arca Perdida como um dos filmes da minha vida. Mas, invariavelmente, imagens como a do mítico herói em fuga de uma bola gigante de pedra fazem parte da minha infância como fragmentos de uma paisagem maior. Uma paisagem que compõe a iconografia do nosso imaginário.
Ora eu sou suspeito para escrever estas linhas sobre a nova versão de King Kong de Peter Jackson. Possuidor da colecção completa de versões longas do Senhor dos Anéis e fã da desmesurada Terra Média criada pelos anciãos da Weta sob a batuta do realizador neo-zelandês, parti de malas e bagagens para Skull Island com predisposição para me encantar. Tão certo como estar aqui, muitos não se deixarão comover por este filme-monumento nem pelo entusiasmo que me deu a sentir. Cada um vê aquilo que sabe, e o que eu sei diz-me que em Jackson tudo é rédea-solta, exagerado e a transbordar, maior que a vida. Assim é King Kong desde o início, numa viagem à Nova Iorque dos anos 30 que percorre um curioso mosaico de contrastes sociais, o esplendor vivendo a par com a pobreza destroçada da depressão. A história que se segue é bem conhecida: uma grande tragédia com contornos de filme de aventuras. No meio está Skull Island, a viagem fantástica ao mundo dos medos e do desconhecido onde residem, lado a lado, todas as virtudes e defeitos desta obra agora revisitada.
Uma das coisas que mais me entusiasma num filme é a construção do espaço através de referências de montagem; a compreensão do território da acção com que o realizador monta uma sequência. Não é novidade; a capacidade de definir personagens no espaço e estabelecer relações entre si é um dos traços mais marcantes dos grandes mestres. Os exemplos são mais que muitos: o rigor cénico de Hitchcock (Janela Indiscreta ou o muito arquitectónico North By Norhwest); os espaços psicológicos de Kubrick (2001, The Shining, Eyes Wide Shut); o território absoluto de David Lean (Lawrence Of Arabia); ou, ainda, Spielberg e o lugar como tecido da história (a Normandia de Saving Private Ryan, ou o diferente mas muito menosprezado The Terminal). E por aí fora...
King Kong contém algumas sequências espacialmente fenomenais: veja-se a chegada tumultuosa à ilha, a fuga dos brontossauros, a queda de Kong e dos V-Rex no desfiladeiro ou todo o desenlace final em Nova Iorque. São momentos visualmente esmagadores e maravilhosas peças de concepção artística. É certo que por vezes nos deparamos com as costuras do digital, levado aos limites daquilo que é tecnicamente possível, mas mesmo esses pequenos defeitos dificilmente farão menosprezar esta capacidade de criar paisagens de fantasia pura e todas as belas telas que este filme vai compondo ao longo das três horas de duração.
A desmesura é o ponto forte e fraco do filme. Certas sequências da ilha são levadas ao extremo exagero e, numa cena particular, a um nível de grotesco que nada fica atrás dos filmes mais gore do início de carreira de Jackson. Talvez alguns desses momentos fossem desnecessários ao conjunto da história, mas é fácil imaginar o sorriso insano do realizador ao lançar mais e mais coisas para cima do espectador. No fim dessa verdadeira montanha russa, os apaixonados pela fantasia e aventura encontrarão em King Kong um filme à altura dos grandes clássicos, por vezes empolgante, outras mergulhado em tremenda emoção, mas sempre uma deliciosa viagem a um mundo que muitas vezes julgamos perdido no tempo em que tinhamos o olhar mágico da infância.
Le Corbusier, Villa Savoye
Um grupo de estudantes de arquitectura endereçou-me este pedido de ajuda: (...) Recentemente, na disciplina de arquitectura teórica, foi-nos proposto um trabalho relacionado com Le Corbusier. O objectivo de cada grupo de trabalho é construir a maquete de cada um dos quatro projectos referentes à Villa Savoye, de 1928. No final podemos perceber as transformações que foram ocorrendo ao longo dos meses, até ao produto final. A versão que me coube a mim e ao meu grupo foi a primeira, e data de 6 de Novembro de 1928.
Estou a ver que vem aí noitada. Não é pesquisa fácil, ao mesmo tempo aliciante e assustadora. O mergulho pelas bibliotecas é inevitável, mas investigar toda a bibliografia disponível sobre o mestre em busca de alguns desenhos é uma tarefa nada ligeira.
Existem muitos recursos disponíveis na internet mas não encontrei elementos precisos sobre estas diversas fases de concepção da Villa Savoye. Recomendo que pesquisem igualmente o motor de busca do Google Scholar, apesar dos conteúdos inacessíveis. Ficam aqui alguns links que consegui encontrar em pouco tempo:
Vers une architecture and Villa Savoye, A comparison of treatise and building (PDF) - Estudo de análise de projecto e base teórica; parece bastante interessante;
Savoye Space (PDF) - Estudo teórico da Harvard Design Magazine, sem imagens;
Dynamics of Meaning within an Architectural Form: Le Corbusier's Villa Savoye - uma análise da forma e estrutura do edifício, acompanhada de vários desenhos esquemáticos;
Villa Savoye - Imagens; inclui desenhos não datados;
Le Corbusier - colecção de referências. Ver página Wohnhäuser: 1 com ligação a artigos sobre a Villa Savoye.
Sem tempo para muito mais, deixo o vosso apelo aberto à participação de todos os que quiserem colocar as suas próprias descobertas na caixa de comentários.
Estou a ver que vem aí noitada. Não é pesquisa fácil, ao mesmo tempo aliciante e assustadora. O mergulho pelas bibliotecas é inevitável, mas investigar toda a bibliografia disponível sobre o mestre em busca de alguns desenhos é uma tarefa nada ligeira.
Existem muitos recursos disponíveis na internet mas não encontrei elementos precisos sobre estas diversas fases de concepção da Villa Savoye. Recomendo que pesquisem igualmente o motor de busca do Google Scholar, apesar dos conteúdos inacessíveis. Ficam aqui alguns links que consegui encontrar em pouco tempo:
Vers une architecture and Villa Savoye, A comparison of treatise and building (PDF) - Estudo de análise de projecto e base teórica; parece bastante interessante;
Savoye Space (PDF) - Estudo teórico da Harvard Design Magazine, sem imagens;
Dynamics of Meaning within an Architectural Form: Le Corbusier's Villa Savoye - uma análise da forma e estrutura do edifício, acompanhada de vários desenhos esquemáticos;
Villa Savoye - Imagens; inclui desenhos não datados;
Le Corbusier - colecção de referências. Ver página Wohnhäuser: 1 com ligação a artigos sobre a Villa Savoye.
Sem tempo para muito mais, deixo o vosso apelo aberto à participação de todos os que quiserem colocar as suas próprias descobertas na caixa de comentários.
King Kong
Esta noite. Finalmente!
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A crítica, em breve, aqui no blogue. Eu sei que há por aí uns geeks a quem isto interessa!
Novidades
A partir de hoje a barra lateral passa a exibir um álbum de fotografias Flickr. Ainda está no princípio, por isso não liguem muito ao que lá se passa. A pouco e pouco espero construir uma colecção fotográfica respeitável e à altura dos meus exigentes leitores. Como o painel animado do Flickr utiliza o formato Flash, aproveito para perguntar se tudo está a correr bem aí do vosso lado? A página está mais lenta, faltam plug-ins? Queixem-se à vontade nos comentários...
De resto, uma pequena nota para dizer que tenho recebido vários emails com pedidos diversos. Tentarei responder a todos o mais brevemente possível, e assim vos peço alguma compreensão enquanto A Barriga De Um Arquitecto regressa à sua actividade normal.
Como sempre, obrigado a todos pela simpatia e, já agora, também pela paciência.
De resto, uma pequena nota para dizer que tenho recebido vários emails com pedidos diversos. Tentarei responder a todos o mais brevemente possível, e assim vos peço alguma compreensão enquanto A Barriga De Um Arquitecto regressa à sua actividade normal.
Como sempre, obrigado a todos pela simpatia e, já agora, também pela paciência.
Café com música
Músicas para ouvir no Motel de Moka. Descida obrigatória para encontrar vários temas dos filmes Before Sunrise/Sunset. Ah, Kathy Bloom... Como é bom quando as coisas são tão simples.
Lírio-de-água
E há uma canção
Que um dia aprendi
Eu hei-de cantá-la
A pensar em ti...
(Mafalda Veiga, Em Toda A Parte; imagem via)
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Um agradecimento especial à Alexandra e ao Zé Maria pelos emails, aproveitando para saudar o primeiro e feliz aniversário d'O Arrumário, um blogue que também sobe montanhas.
Cada lugar teu
Ninguém sabe o que isso é sem o ter vivido. A caminho do terceiro mês o destino traçou que não tinha de ser; e assim se perdeu a nossa pequena promessa no lugar das coisas de que ninguém gosta de falar. Acontece com frequência nestas alturas, é uma coisa normal – disseram-me. Uma coisa normal, que a areia do tempo cobrirá, como algo que não deveria ter sido.
Puro e absoluto, esse mistério. Que se essa vida tivesse sido talvez tudo fosse hoje diferente. Que por mais que mergulhemos nas profundezas deste mundo apenas tocaremos a sua fina superfície. Não, nada é normal na magia de uma vida que começa. Nada é normal no que nos une e desune, no bater do nosso coração, no simples facto de estarmos aqui.
É incómodo escrevê-lo? Não será este o lugar? Talvez. Mas sei que por demasiado tempo silenciei esta perda. Sólido, como carvalho, o ombro firme onde te quis proteger. Apaguei as lágrimas, como quem quebra o mecanismo da dor, que é o mesmo do sentir. Fiz da minha cara uma barragem das tormentas que lá dentro revolveram. E por um instante apenas chorei, quando pensei que por momentos tive um filho, que o destino traçou nunca iria conhecer; a sua face, o seu sorriso, tudo o que poderia ter sido.
Já percorremos um bom caminho juntos, entrelaçámos estas nossas histórias. E algures nesse trilho, no desejo de pintar o quadro perfeito onde tudo pudesse recomeçar, esquecemo-nos de nós. Que o amor é o caminho fino e frágil, como o berço ventre de uma nova vida. Que preciosos são estes momentos, finos dedos que se espraiam ao som de um pequeno coração. E é por isso que hoje não estou mais triste, porque hoje tudo começa e posso escrevê-lo, como o amor por estas coisas que nunca foram, mas serão sempre dentro de nós e estarão connosco, em toda a parte. Amanhã, sentados no topo do mundo soltaremos gargalhadas perguntando porque esperámos tanto. E voltaremos a descer desses lugares distantes para mergulhar nestes mistérios, e hoje apenas isso me faz acreditar, que eu vou chegar contigo, onde só chega quem não tem medo de naufragar.
Eu amo-te.
Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar
Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar
Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei
Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só
Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar
Puro e absoluto, esse mistério. Que se essa vida tivesse sido talvez tudo fosse hoje diferente. Que por mais que mergulhemos nas profundezas deste mundo apenas tocaremos a sua fina superfície. Não, nada é normal na magia de uma vida que começa. Nada é normal no que nos une e desune, no bater do nosso coração, no simples facto de estarmos aqui.
É incómodo escrevê-lo? Não será este o lugar? Talvez. Mas sei que por demasiado tempo silenciei esta perda. Sólido, como carvalho, o ombro firme onde te quis proteger. Apaguei as lágrimas, como quem quebra o mecanismo da dor, que é o mesmo do sentir. Fiz da minha cara uma barragem das tormentas que lá dentro revolveram. E por um instante apenas chorei, quando pensei que por momentos tive um filho, que o destino traçou nunca iria conhecer; a sua face, o seu sorriso, tudo o que poderia ter sido.
Já percorremos um bom caminho juntos, entrelaçámos estas nossas histórias. E algures nesse trilho, no desejo de pintar o quadro perfeito onde tudo pudesse recomeçar, esquecemo-nos de nós. Que o amor é o caminho fino e frágil, como o berço ventre de uma nova vida. Que preciosos são estes momentos, finos dedos que se espraiam ao som de um pequeno coração. E é por isso que hoje não estou mais triste, porque hoje tudo começa e posso escrevê-lo, como o amor por estas coisas que nunca foram, mas serão sempre dentro de nós e estarão connosco, em toda a parte. Amanhã, sentados no topo do mundo soltaremos gargalhadas perguntando porque esperámos tanto. E voltaremos a descer desses lugares distantes para mergulhar nestes mistérios, e hoje apenas isso me faz acreditar, que eu vou chegar contigo, onde só chega quem não tem medo de naufragar.
Eu amo-te.
Sei de cor cada lugar teu
atado em mim, a cada lugar meu
tento entender o rumo que a vida nos faz tomar
tento esquecer a mágoa
guardar só o que é bom de guardar
Pensa em mim protege o que eu te dou
Eu penso em ti e dou-te o que de melhor eu sou
sem ter defesas que me façam falhar
nesse lugar mais dentro
onde só chega quem não tem medo de naufragar
Fica em mim que hoje o tempo dói
como se arrancassem tudo o que já foi
e até o que virá e até o que eu sonhei
diz-me que vais guardar e abraçar
tudo o que eu te dei
Mesmo que a vida mude os nossos sentidos
e o mundo nos leve pra longe de nós
e que um dia o tempo pareça perdido
e tudo se desfaça num gesto só
Eu vou guardar cada lugar teu
ancorado em cada lugar meu
e hoje apenas isso me faz acreditar
que eu vou chegar contigo
onde só chega quem não tem medo de naufragar
Montanha
Na visão daquela montanha escutei o silêncio maior da minha vida. Estático como a paisagem que me envolvia, não estava já ali mas nas profundezas de um mundo maior onde tudo era invisível. Nunca estivera tão longe de casa.
Entre mim e aquele silêncio está um oceano de coisas, pequenos nadas que se pulverizariam na base daquela montanha como poeira no deserto. Coisas, pequenas gotas de chuva na torrente em que sou submerso, no meio de uma multidão que braceja para ver a superfície.
Provavelmente, não voltarei a ver aquela montanha com os meus olhos. Esta verdade, simples, define-me. Prestes a afundar-me, posso compreender com uma última mas transparente clareza a razão do montanhista. Uma montanha só tem um sentido, uma razão de ser: a subida. Quando perguntaram a George Mallory porque subia o Everest, ele ofereceu uma resposta digna daquele assombro da Natureza: Porque está lá. Porque triste é a vida sem trilho, sem uma montanha nas nossas vidas.
Sim, é por ali!
(imagem via)
Pedido de ajuda - actualizado
Actualização: A Violeta já apareceu! Uff... ainda bem que há histórias que acabam em bem! Para a Carla e a sua Violeta o desejo das maiores felicidades!
Mais informações no blogue da Carla.
John Pawson
Via postHABITAT fico a conhecer o sítio web de John Pawson, escolhido pela Blueprint Magazine como arquitecto do ano.
A página é um exemplo de minimalismo e extrema funcionalidade à imagem do arquitecto inglês. Uma interessante referência, ainda mais pertinente na ressaca do pequeno sururu em torno da minha recomendação de visita numa das últimas entradas.
Agora com o sentido crítico rodado no máximo – tanto quanto me é permitido pela medicação antigripal – cumpre apresentar um site com total coesão de imagem em que uma enorme extensão de conteúdos é acessível num exemplar e simples menu expansível, onde o utilizador nunca se perde e de onde salta rapidamente para qualquer outro sítio. Não se deixem enganar pela pureza da página; existe imensa coisa para ver e também para ler. Muito recomendável o espaço de ensaios onde Pawson apresenta as suas ideias sobre minimalismo e concepção arquitectónica.
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Uma nota final para salientar a qualidade e o critério irrepreensível do postHABITAT no excelente trabalho de divulgação e na selecção de conteúdos, agora ainda mais prometedor com a adição do espaço ArchWorks, a seguir com grande atenção.
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Só agora reparo que, nas Blueprint Sessions, foi nomeada a Barber Osgerby com o título de melhor designer de mobiliário. A firma londrina, a que no passado já tinha feito referência, também tem um site espectacular. E trabalha lá um amigo meu, mas isso é outra história...
A página é um exemplo de minimalismo e extrema funcionalidade à imagem do arquitecto inglês. Uma interessante referência, ainda mais pertinente na ressaca do pequeno sururu em torno da minha recomendação de visita numa das últimas entradas.
Agora com o sentido crítico rodado no máximo – tanto quanto me é permitido pela medicação antigripal – cumpre apresentar um site com total coesão de imagem em que uma enorme extensão de conteúdos é acessível num exemplar e simples menu expansível, onde o utilizador nunca se perde e de onde salta rapidamente para qualquer outro sítio. Não se deixem enganar pela pureza da página; existe imensa coisa para ver e também para ler. Muito recomendável o espaço de ensaios onde Pawson apresenta as suas ideias sobre minimalismo e concepção arquitectónica.
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Uma nota final para salientar a qualidade e o critério irrepreensível do postHABITAT no excelente trabalho de divulgação e na selecção de conteúdos, agora ainda mais prometedor com a adição do espaço ArchWorks, a seguir com grande atenção.
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Só agora reparo que, nas Blueprint Sessions, foi nomeada a Barber Osgerby com o título de melhor designer de mobiliário. A firma londrina, a que no passado já tinha feito referência, também tem um site espectacular. E trabalha lá um amigo meu, mas isso é outra história...
Arquitectura para ler
Philipp Oswalt, jovem arquitecto alemão que trabalhou na O.M.A. em 96/97 e foi director de projecto na MVRDV para o pavilhão holandês na EXPO2000 em Hannover, apresenta vários textos interessantes no seu site onde fala da sua experiência profissional. Eu devia escrever qualquer coisa sobre isto mas à falta de tempo e com uma tremenda constipação em cima resta-me deixar aqui os links...
JLCG e Contemporânea
Uma breve nota para anunciar que os sítios web de João Luís Carrilho da Graça e da Contemporânea (Manuel Graça Dias e Egas José Vieira) estão operacionais e recomendam-se.
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