Quinta-feira
A cidade tem, para o bem e para o mal, um efeito aglomerador dos factores que coexistem no território. Um mau planeamento dos transportes ou do tecido industrial, a insuficiente qualidade da construção das habitações, sub-desenvolvimento ou pobreza provocam na cidade o aumento dos seus efeitos e resultam na incidência de doenças relacionadas com o stress, com a poluição ou genericamente com uma má qualidade de vida associada a factores ambientais ou sociais.
O planeamento urbano tem exactamente como um dos principais objectivos a melhoria das condições de vida e o bem estar dos seus habitantes. Tem assim, como disciplina, o potencial para reflectir implicações ao nível das estratégias do uso do solo e do território.
No entanto, ainda hoje, muitos dos sistemas de planeamento urbano não abordam racionalmente (e sem preconceitos) o problema da sustentabilidade, da saúde, do ambiente, da integridade do território. Factores importantes que afectam o ambiente urbano como os transportes ou a energia não são abordados. As vozes dos grupos sociais mais carenciados não se fazem ouvir.
Pelo contrário, as políticas de planeamento acabam por promover uma realidade descriminatória, a segregação de grupos sociais e do uso da terra, o aumento do uso do veículo particular, exacerbando problemas humanos e ambientais graves. De difícil solução, esta é também uma crise do pensamento urbano.
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