Últimas Reportagens



O Últimas Reportagens apresenta agora um conjunto de 80 projectos de arquitectura, todos eles obras de referência e fotografados sob o olhar especial de Fernando Guerra. Está assim cada vez mais robusto aquele que é o mais interessante directório de imagem de arquitectura contemporânea portuguesa, contando ainda com a presença de alguns arquitectos estrangeiros notáveis como Peter Zumthor, Zaha Hadid e Rem Koolhaas.

Para além do trabalho fotográfico em presença, o Últimas disponibiliza ainda uma série de Dossiers Especiais, de consulta imprescindível. Trata-se de um suporte de comunicação que merece ser dado a conhecer e incentivado, pelo potencial de divulgação na área de arquitectura tanto para arquitectos como para o grande público. Um contributo para que possa acontecer um olhar didático que desperte as pessoas para a beleza que encerra uma boa parte da nossa produção contemporânea, tantas vezes desconhecida e ignorada. Os dossiers já publicados online são os seguintes:

Biblioteca Municipal de Ílhavo, ARX Portugal;
Casa do Romeirão, ARX Portugal;
Casa Elementar, Manuel e Francisco Aires Mateus;
Teatro Municipal da Guarda, Carlos Veloso;
Casa Tóló, Álvaro Leite Siza Vieira;
École Paradis.
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Brevemente, aqui no blogue, a apresentação do novo livro do Centro Das Artes | Casa Das Mudas, o projecto premiado do arquitecto Paulo David edificado na Madeira. O livro é uma publicação das Edições FG+SG e estará à venda nas livrarias a partir da próxima segunda-feira – podendo também ainda ser adquirido via online.

Revista aguasfurtadas 9

Anuncia-se o lançamento da nova edição da aguasfurtadas, revista de literatura, música e artes visuais, com textos de Inês Lourenço, Tiago Gomes, Rui Lage, Pedro Ribeiro, Marcelo Rizzi, Adrienne Rich, Virginia Woolf, Filipe Guerra, entre muitos outros, para além de trabalhos inéditos de vários fotógrafos e artistas plásticos, e ainda de um CD com obras de Alexandre Delgado, Ruben Andrade, Dimitris Andrikopoulos e do grupo de jazz Espécie de Trio.
Este número 9 será apresentado no próximo dia 6 de Julho a partir das 21H30, nos Espaços JUP (Rua Miguel Bombarda, 187), no Porto.


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A sessão de apresentação incluirá o concerto/performance de Mano Calórica e Las Tequillas; e ainda "O Furto das Águas", uma criação colectiva de um grupo de actores preparada especialmente para o evento. Não perca também o segundo vídeo promocional da revista "aguasfurtadas" 9.

Livro de obra



Pelo blogue do arquitecto Raimundo Gomes descubro um livro de obra fotográfico do novo Museu da Fundação Iberê Camargo de Álvaro Siza, disponível no sítio web oficial da fundação. Uma visita recomendada para quem queira conhecer um pouco do processo de construção do edifício.

O Tazoo precisa de ajuda



O Tazoo é um pequeno cão que foi recolhido pelos amigos do Refúgio Das Patinhas. Na altura estava em muito mau estado, porque tinha sido atacado por outros cães, mas com ajuda e carinho recuperou e tudo parecia correr bem.
Infelizmente o Tazoo piorou a sua condição recentemente e veio a descobrir-se que sofre de um problema cardíaco associado a insuficiência renal. Após alguns dias de internamento veterinário o pequeno ex-vadio conseguiu recuperar e o prognóstico é bastante esperançoso. Mas a situação é muito difícil porque ele vai precisar de alguém que tenha disponibilidade para cuidar dele, dando-lhe a medicação bidiária (permanente) e a alimentação específica para a sua doença renal.

Se alguém tiver condições e disponibilidade para o adoptar, decerto encontrará um amigo bem fiel no Tazoo e lhe dará uma nova esperança de vida. Fica assim o apelo confiante que algum leitor especial possa fazer esta grande boa acção.

Deixo-vos também o registo dos contactos e ainda o nº. de conta do Refúgio para os que puderem dar uma ajuda.

Email: geral@refugiodaspatinhas.org
Ana - 912290514
Lau Maia - 918899947
N.º Conta CGD: 0206.699272400
NIB: 0035.0206.00.699272400.97
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Mais:
(1) Tazoo, Refúgio Das Patinhas;
(2) Tazoo – ajuda, Adopção Dos Animais;
(3) Tazoo, Blog Dos Bichos.

Urbanismo negativo (2)

A exposição anterior não pretendia resumir-se a uma qualquer espécie de dicotomia entre os técnicos “bons” e os políticos “maus”. Não escrevo sobre pessoas, muito menos sobre culpados, mas sobre sistemas. O que apresentei não é novidade. Existe hoje uma extensa doutrina técnica na área do urbanismo. Não estou a dizer que essa doutrina esteja disponível nas nossas universidades ou incorporada na prática das várias entidades públicas que tutelam o ordenamento do território. Também existe uma capacidade tecnológica sem precedentes para intervir no sector: suportes digitais, sistemas de informação, bases em rede, modelos estatísticos. Ou seja, as ferramentas necessárias para sustentar modos de planeamento dinâmicos e monitorizáveis já existem. O que não existe é uma contaminação do sistema político de ordenamento por esses novos conhecimentos e capacidades. O “prédio jurídico” do ordenamento do território mantém-se, apesar de melhorias significativas na última década, a conviver bem com o mesmo modo de operar estático que se verifica na prática. Uma prática de que tanto técnicos como políticos são responsáveis.

Adianto ainda uma opinião pessoal sobre o problema dos “arquitectos contra urbanistas”. O urbanismo faz-se da colaboração de disciplinas de desenho e de não-desenho. Na área de desenho vejo como fundamentais a participação da arquitectura, do paisagismo e das engenharias. E continuo, confesso, com muitas dúvidas a respeito do papel do urbanista. Ele será sem dúvida o mais importante, mas será o urbanista um técnico do desenho ou do não-desenho. A resposta parece-me muito fácil. O urbanista deverá ser aquele capaz de coordenar todos os saberes, e nesse sentido deverá assumir-se muito mais como um gestor no sentido mais nobre do termo, e uma mais valia para todo o processo – também de desenho.
Mas enquanto os urbanistas se virem a si como arautos do desenho do território – remetendo os arquitectos para dentro dos polígonos de implantação, os paisagistas para os “espaços verdes” e os engenheiros para os arruamentos e para debaixo do chão – estarão a prestar um mau serviço à sua disciplina e à profissão que desejam reforçar.

The Canary Project



The Canary Project apresenta uma base de dados fotográfica em construção, registando paisagens espalhadas pelo mundo que apresentam sinais de transformação associada ao fenómeno de aquecimento global. Nova Orleães e os Alpes Austríacos são os locais documentados. Está prevista a inclusão futura do Alasca, Patagónia, Antártida, Lago Chade, Bangladesh, Deserto de Góbi e Sibéria, entre outros.

Urbanismo negativo

A qualidade urbana – e ambiental – é tida como altamente influenciada pelo uso apropriado do solo. A tradição de planeamento na área do ordenamento do território desenvolveu-se no sentido de promover a definição objectiva dos usos que lhe estão afectos. Todos os planos procuram afinal estabelecer o uso apropriado a cada área. Assim, deste ponto de vista, pode dizer-se que uma boa política de intervenção e conservação é o mesmo que um bom planeamento do solo, e vice versa.
Mas os instrumentos de planeamento (planos directores municipais, planos de urbanização) não estão formatados para a possibilidade de introduzir métodos contínuos, sistemáticos, de prever soluções e alternativas. A abordagem de produção de um plano torna-se assim altamente dependente da concepção intuitiva dos planeadores, ou numa leitura optimista, da sua visão estratégica.
É difícil imaginar como poderá ser possível alterar esta forma doutrinária de planeamento, que tem sido até agora principalmente negativa. Ao se definir um uso específico de planeamento zonal, estamos a promover não a sua implementação mas a negação de qualquer outro uso alternativo que se torna, evidentemente, contrário a este.
Para que isso pudesse acontecer, o sistema político teria de demonstrar uma muito maior capacidade organizacional, assente na análise e monitorização constante – não apenas do plano mas das várias pulsões privadas e públicas que sobre o território actuam. As ferramentas para suportar esta abordagem dependem do conhecimento científico e tecnológico, algo que está hoje disponível na área do urbanismo. O que falta então, de forma evidente, é a capacidade técnica para que a acção política e social possa conduzir estes processos com segurança e tranquilidade. Assim, apesar da existência dos meios tecnológicos, falta a capacidade de os aplicar numa visão nova do pesado sistema jurídico do ordenamento.
A nossa capacidade de controle do fenómeno urbano continua assim a assentar no modelo “negativo”. É uma espécie de vácuo, de entropia, que resulta na incapacidade de decisão eficaz nos momentos determinantes para sustentar as dinâmicas potenciais. Ainda que na sua dimensão cultural, a doutrina do urbanismo se baseie na defesa de valores de equilíbrio, evolução, história, ecologia, o modelo em que se estrutura a sua mecânica acaba por fazer prevalecer processos não controlados, com impulso degradativo e graves riscos sociais e ambientais.
Se acreditamos que a sociedade moderna tem por fundações ao seu progresso a democracia, a participação e a liberdade social e económica, temos de encontrar soluções contemporâneas para aplicar a nossa grande capacidade de conhecimento técnico, científico e económico ao serviço das estruturas de decisão e acção política em que se gerem os seus múltiplos fenómenos.

Saudades de Lina Bo


À esquerda: SESC - Fábrica da Pompéia, São Paulo; arquitecta Lina Bo Bardi. À direita: Museu da Fundação Iberê Camargo, Porto Alegre; arquitecto Álvaro Siza Vieira.

Ami Vitale

Ami Vitale é uma jornalista independente de Nova Delhi. O seu trabalho de reportagem e fotografia cobre eventos na Europa, Médio Oriente e África, tendo aparecido em publicações como a Time, Newsweek, The Guardian, New York Times e Financial Times, entre muitas outras. A sua página web apresenta um portfolio notável, documentando alguns dos mais dramáticos conflitos da história recente.


Um rapaz angolano brinca num campo de desalojados perto de Huambo. Agências não governamentais apoiaram os refugiados na construção de casas, depois de terem sido expulsos das suas aldeias devido à guerra.

Para acabar de vez com a blogosfera portuguesa



Goste-se ou não, a blogosfera portuguesa divide-se em duas partes. A parte “A” e a parte “B”? Não! A parte dos que já foram linkados no Abrupto e todos os outros. JPP é a linha mestra, a charneira que catapulta os blogs na glória, no olimpo blogativo.
Com tiradas destas, não admira que eu ainda esteja no lado “B”. Mas há quem se safe com este tipo de saída cerebral. O Luís Carmelo, por exemplo, tem vindo a desenvolver uma profunda análise sobre o fenómeno blogacional (ver “O Tom Dos Blogues - 1 a 380”). A coisa começa a ter teias de aranha e consta que já só o Paulo Gorjão é que ainda está a ler. Se algum amigo dele vir isto, é favor dar-lhe uma pancada no tórax ou chegar-lhe com o desfibrilador.
O que o Miniscente tem de bom é inventar três novas palavras por entrada. O que tem de mau faz-me lembrar aquela frase do Woody Allen: tirei um curso de leitura rápida e li o “Guerra E Paz” em vinte minutos. É sobre a Rússia. A blogosfera portuguesa é mesmo assim, uma mercearia. Demasiado pequena e a cheirar a couves? Também. Mas, acima de tudo, são sempre os mesmos a falar dos mesmos, e os outros que saltitam em bicos de pés a comentar e referenciar as coisas que “eles” escrevem. Sim, pequenito. Tu que estudas comunicação social, és candidato a político ou escreves livros que ninguém lê, também podes tentar o teu passaporte para a fama. Com sorte ainda hás-de ser um Marcelo Rebelo de Sousa. Ou então, sempre podes dizer mal dele. Eu, cá para mim, estou como o professor. Mais vale ir ver a bola.

Visita a Barcelona



Uma passagem recomendada ao álbum fotográfico da visita de estudo a Barcelona promovida pelo Curso de Arquitectura da Universidade Católica de Viseu. A ver entre outras: imagens do Pavilhão de Barcelona do Mies Van Der Rohe, várias obras de Gaudi, o Museu de Arte Contemporânea de Richard Meier, a Torre Agbar de Jean Nouvel e ainda Bofill, Miralles e Herzog.

Museu Iberê Camargo por Siza



Diz-se que o famoso Hotel Il Palazzo, em Fukuoka, foi uma pequena desilusão para os seus promotores. Deslocando-se ao Japão, Aldo Rossi contaria como se tinha sentido seduzido por aquela cultura, o seu sentido de eloquência e perenidade; uma sociedade demasiado bela para ser perturbada com devaneios de um gaijin. Rossi sentiu-se projectar um edifício japonês, ou melhor, uma peça de arquitectura do Japão segundo o olhar de um ocidental. E assim foi que aquele que seria um dos mais icónicos projectos do famoso arquitecto italiano foi por momentos um golpe na expectativa dos seus clientes que esperavam uma obra com a marca de autor: uma obra à Aldo Rossi.
Vem isto a propósito do muito belo projecto de Siza Vieira para o Museu da Fundação Iberê Camargo, a sua primeira obra no Brasil, ainda em construção e já merecedora do prémio “Leão de Ouro” na Bienal de Veneza (2002). É um projecto que foge, de forma muito feliz, à expectativa de edifício institucional “à Siza”, antes mergulhando na cultura arquitectónica brasileira para competir com os devaneios de betão de Lina Bo Bardi. Está a nascer uma obra prima, um edifício onde podemos ver com clareza o conceito de ideia forte (Louis Kahn) despido de vícios conceptualistas, antes desenvolvendo com consistência o novo lugar urbano. Uma referência e bom exemplo da juventude do velho mestre.

Sostenibilidad



Sostenibilidad é uma campanha pioneira que pretende contribuir para a melhoria do bem-estar social e desenvolvimento sustentável, intervindo na área das infra-estruturas, construção, transportes, serviços urbanos e energias renováveis. Promovida pela Acciona, está integrada no conjunto de iniciativas de lançamento da Expo Zaragoza 2008 que se fará igualmente incidir sobre estes problemas.

Taormina Land Workshop



Taormina Land 2006 é um workshop internacional de projecto em Taormina (Sicília), organizado pelo AIP – Architettura Infrastrutture Paesaggio, um laboratório do Dipartimento di Architettura e Pianificazione do Politécnico de Milão. O seminário tem por objectivo a experimentação de técnicas projectuais avançadas no campo da arquitectura, paisagismo e infra-estruturas, com vista a dotar Taormina e Giardini Naxos com um cenário de transformação para o futuro. O programa é bastante abrangente, estando aberto à participação de estudantes, professores e técnicos das áreas da arquitectura, paisagismo e engenharia.
O Taormina Land decorrerá entre 26 de Agosto e 10 de Setembro e tem um custo de inscrição de 900 Euros, incluindo alojamento em hotel e passe de transporte público. O registo começa a 20 de Junho com data limite de 25 de Julho.

Cantinho dos animais



O Cantinho dos Animais de Évora apresenta agora duas novas extensões ao seu blogue: o Centro de Acolhimento Temporário que dá a conhecer alguns dos seus animais para adopção e ainda o espaço para os Produtos do Cantinho.
Neste último poderão encontrar várias t-shirts e os famosos blocos do cão e do gato, esperando-se mais novidades para breve. Estejam atentos e não se esqueçam que ao comprar estão a ajudar esta instituição que cuida de tantos animais abandonados.

Mapas de Macau

A American Library Of Congress disponibiliza uma colecção de mapas de Macau datados de 1655 a 1991. O sítio web apresenta ainda uma introdução à colecção:

The Eastern mapping tradition is characterized by the idea of place. It emphasizes idealizing or expressing the essence of a place–showing it pictorially and poetically. One map, an undated scroll map probably drawn in the late eighteenth century, represents the Chinese tradition. The scroll itself is approximately twenty-five feet long, although less than two feet need to be unrolled to show Macau and the adjacent coastline of China. That this map emphasizes the importance of Macau is obvious. The island is drawn out of proportion to its true geographical area. Buildings are drawn on the island, suggesting an image of urban activity in this port city. A textual notation warns that the “region is heavily infested with inner river bandits and sea pirates who can sail in and out freely. It also shares borders with Macau, where foreign boats and ships visit frequently. Those foreign vessels are always to be guarded against.

O meu mundial

Um bailado em câmara lenta ou o mais belo golo da história do futebol. Diego Maradona no Argentina-Inglaterra, no Mundial do México de 1986.
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Nota: os aficcionados da bola gostarão de saber que a BBC SPORT está a produzir o interessante World Cup Blog, completo com análises de todas as partidas, o retrato das cidades onde decorre a competição e algumas desventuras dos seus jornalistas.
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Adenda: vale a pena divulgar o sítio web da Nike Football onde podem assistir aos vídeos espectaculares da campanha "Joga Bonito". Entre outros, o imprescindível "A Cadeia", também conhecido como o maior vídeo de futebol do mundo, a "Alegria" de Ronaldinho Gaúcho e ainda a famosa "Pastilha Elástica de Zlatan". Mito ou realidade? Confiram vocês mesmos!
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Adenda (2): este é o primeiro campeonato do mundo com forte presença na blogosfera. O blogue da BBC Sport tem uma lista interessante para percorrer, sendo de destacar o World Cup Blog Germany 2006 que contém uma página para cada país participante, incluindo Portugal. Fica a pergunta: há por aí alguma lista de blogues portugueses exclusivamente dedicados ao campeonato?

Música no blogue

A partir de hoje, ainda que em fase experimental, passa a estar disponível no topo da barra do lado direito uma faixa de música. O espaço de comentários fica aberto para as vossas impressões, em especial para partilhar eventuais problemas com a velocidade de abertura da página ou outros erros que possam ocorrer. A música será mudada com regularidade, aceitando-se discos pedidos.
:)

Monte Selvagem



Situado no concelho de Montemor-o-Novo, o Monte Selvagem é um parque orientado para a educação ambiental e as questões da protecção da natureza. Tanto os mais novos como adultos podem ter contacto com a reserva animal que ali é mantida, com todos os cuidados e de acordo com as mais recentes normas comunitárias. Um espaço para conhecer numa visita escolar ou num fim-de-semana, num Alentejo afinal tão perto de Lisboa.

3D Marvão

Para quem perdeu a reportagem da SIC fica aqui a ligação para o Marvão 3D, uma montra da tecnologia digital da 3D Cities onde podem igualmente encontrar modelos virtuais de Lisboa e Funchal.

Nota: a visualização deste sítio web deve ser feita em suporte de banda larga com o browser Internet Explorer da Microsoft, sendo necessária a instalação dos seguintes plug-ins: TerraExplorer, Macromedia Flash Player e Java.


40 Bond



40 Bond, um exemplo interessante da fusão entre o mundo da web e o marketing de arquitectura, este projecto residencial de Herzog & de Meuron em Nova Iorque.

Estalagem São Domingos




O Miguel Coelho dá a conhecer o seu trabalho fotográfico apresentando uma reportagem sobre o projecto da Estalagem de São Domingos, intervenção do arquitecto João Cassiano Santos. Trata-se de uma obra concluída em 2005, localizada na Mina de São Domingos, em Mértola. Está igualmente disponível uma reportagem mais completa no site.

Brainjuice

Se um projecto em forma de barco é um dos lugares comuns mais mofados da arquitectura, este navio/nave/doca/contentor, retiro para velhos pescadores publicado no BLDGBLOG mostra que é sempre possível introduzir inovação onde se pensa que tudo foi já inventado.

Arkinetia é um blog/website que faz destaque a alguns dos mais notáveis porfolios dos novos e famosos da arquitectura.

Uma entrevista interessante a Juan Luís de las Rivas, professor de Urbanismo em Valladolid, para ler na Z8M, via arq.txt.

«Cidade e Democracia – 30 anos de transformação urbana em Portugal» é um livro que aborda a expansão urbana de muitas das nossas cidades. A coordenação da obra é da responsabilidade de Álvaro Domingues. Mais detalhes via P.S.:BF.

Here comes the sun. O sol como nunca o viram, no TRACE: Transition Region and Coronal Explorer, via Pruned.

The Ship That Sailed To Mars, uma versão online do clássico ilustrado de ficção e fantasia de William Timlin publicado em 1923, via The Nonist. Não perder também o célebre filme de Georges Méliès Le Voyage Dans La Lune, de 1902.

Quem gostou de ver o trailer de Halo 3 pode agora assistir ao novo mini-documentário em torno da sua produção: Halo 3 - Behind the Scenes, via GameSpot. Quem não gostou, tenha o cuidado de sair da frente da minha plasma-rifle.

Achou-se (actualizado)

Tudo está bem quando acaba bem.
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Chegou-me este email pelas mãos da Joana Garrido que, por razões que não precisam de esclarecimento, publico integralmente.

*Recebo hoje de manhã, com mágoa, esta mensagem de um amigo que considero muito importante: (se souber de alguma coisa, ou caso lhe tentem vender material correspondente à seguinte descrição, por favor contacte-me por este mail mail[arroba]pedroguimaraes[ponto]net ou para o *********)*
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*Pede-se a quem tenha encontrado na madrugada de terça-feira (06 de Junho) uma mochila preta lowepro no passeio em frente ao Hospital Privado dos Clérigos, o favor de a entregar a nelson d’aires. No interior da mochila encontra-se:*
*- uma carteira com todos os documentos pessoais
- um telemóvel nokia de cor prateada (que estava desligado).
- uma Nikon D1x com o número de série 5121942
- uma objectiva nikon 20mm f2.8
- uma objectiva nikon 50mm f1.4
- um flash SB-28dx
- um gravador de voz
- e mais umas quantas coisas pequenas que não me consigo de momento lembrar.*
*Esta mochila, como já disse, é para mim muito importante. Em Dezembro despedi-me de um trabalho de dez anos para recomeçar uma nova vida. Uma vida dedicada à fotografia documental. Desde Janeiro até ao dia de hoje, tive de investir tudo para divulgar o meu trabalho e neste momento não tenho nada, a não ser um saldo negativo no banco. Se por acaso você souber quem tenha achado a minha mochila com a minha vida lá dentro, por favor informe-me e acima de tudo informe de que a mochila não pertence a uma pessoa rica nem a uma pessoa que vive bem. Essa mochila é o meu investimento e ao devolver-me pode ter a certeza que me vai ressuscitar.
*
*obrigado.*
nelson d’aires
**
Pedro Guimarães
Fotografia
http://www.pedroguimaraes.net

Tom Joad



Men walkin' 'long the railroad tracks
Goin' someplace there's no goin' back
Highway patrol choppers comin' up over the ridge
Hot soup on a campfire under the bridge
Shelter line stretchin' round the corner
Welcome to the new world order
Families sleepin' in their cars in the southwest
No home no job no peace no rest

The highway is alive tonight
But nobody's kiddin' nobody about where it goes
I'm sittin' down here in the campfire light
Searchin' for the ghost of Tom Joad

He pulls prayer book out of his sleeping bag
Preacher lights up a butt and takes a drag
Waitin' for when the last shall be first and the first shall be last
In a cardboard box 'neath the underpass
Got a one-way ticket to the promised land
You got a hole in your belly and gun in your hand
Sleeping on a pillow of solid rock
Bathin' in the city aqueduct

The highway is alive tonight
But where it's headed everybody knows
I'm sittin' down here in the campfire light
Waitin' on the ghost of Tom Joad

Now Tom said "Mom, wherever there's a cop beatin' a guy
Wherever a hungry newborn baby cries
Where there's a fight 'gainst the blood and hatred in the air
Look for me Mom I'll be there
Wherever there's somebody fightin' for a place to stand
Or decent job or a helpin' hand
Wherever somebody's strugglin' to be free
Look in their eyes Mom you'll see me."

The highway is alive tonight
But nobody's kiddin' nobody about where it goes
I'm sittin' downhere in the campfire light
With the Ghost of Tom Joad.

Bruce Springsteen, The Ghost Of Tom Joad, 1995.

Os sinais


O sector da construção civil constitui um mercado de comportamento atípico. Diferente dos normais modelos de mercado em que a procura determina o valor da oferta, o imobiliário apresenta uma tendência para a manutenção dos preços até ao limite das expectativas. Na actual situação portuguesa, e apesar da crise económica que estamos a atravessar, o preço de venda da construção tende a manter-se e as ligeiras descidas resultam, em geral, da colocação de fogos de revenda ou usada pelos seus proprietários.
Existem várias teorias a respeito deste fenómeno. Uma delas, expressa na ideia de “mercado imperfeito”, faz reflectir sobre a natureza particular deste sector. No mercado convencional, o preço do produto estabelece-se em função do conjunto de factores que o compõem: matéria prima, custos de transporte, mão-de-obra, maquinaria, packaging, distribuição, publicidade; a que acresce uma margem de lucro relativa. No imobiliário, o promotor tende a definir o seu preço no sentido inverso: o lucro desejado para a mobilização de capital, custos de construção, impostos e taxas, custos de pessoal; chegando finalmente à margem disponível para o terreno de construção. O custo do solo urbano tende assim a definir-se em função da expectativa mais elevada de rentabilidade; tornando-se um valor de referência que “nivela” o mercado em alta. A situação agrava-se uma vez que o solo urbano, matéria prima do sector, é um bem limitado; sendo também o de qualidade, muitas vezes, escasso.
Vários factores contribuem para a complexidade de funcionamento do mercado da construção. Um desses factores deve-se ao envolvimento da banca como interveniente directo na constituição das suas regras. Dado o seu volume, e a quantidade de capital investido com base em crédito, torna-se difícil assumir uma política de redução de preços generalizada, mesmo perante um mercado em baixa. Uma descida repentina do custo de solo urbano fragilizaria gravemente grande parte de investidores, comprometendo a segurança dos seus compromissos financeiros. O sector bancário tem actuado de forma a adiar a tendência para uma regulação do mercado em baixa: criando condições de crédito que permitam aos compradores suportar as margens de lucro, ou pelo menos os investimentos já realizados. Isto é verificável pelos recentes aumentos de prazos de empréstimo no crédito-habitação, na prorrogação parcial do crédito para o fim do empréstimo, entre outras modalidades entretanto criadas. São medidas que procuram criar condições de sustentação do mercado, num momento particularmente frágil da economia.
Os produtos de crédito intercalar para troca de casa tornaram possível a muitos proprietários a compra de casa nova, na expectativa de vender a sua casa antiga até um prazo máximo de três anos. Para muitos destes compradores esse prazo chegará ao fim ainda este ano, enfrentando a urgência de vender a sua velha casa numa situação de mercado em baixa; e correndo os riscos de ver agravar as suas prestações que passarão a incluir capital e juros, caso não realizem a venda. O aumento previsível das taxas de juro irá sobrecarregar ainda mais a pressão sobre os que estão dependentes do crédito no limite das suas possibilidades. Estamos assim perante o perigo real de se verificar uma inundação do mercado imobiliário por produto. Existem já sinais claros de que este fenómeno está a acontecer. A mediação imobiliária é hoje um dos negócios mais expressivos da área do franchising, com inúmeras firmas a procurarem ocupar o seu lugar para rentabilizar esta tendência.
Nesta situação, e no que ao sector imobiliário diz respeito, os elevados lucros da banca relativos ao crédito para compra de construção devem ser vistos com desconfiança. Todos estes sinais aparentes de vitalidade e competitividade poderão não passar do prenúncio da crise. Num país onde a carga fiscal está acima dos limites, é pouco expectável que o sector tenha suficiente dinâmica para suportar o ajuste inevitável. Assim sendo, o equilibrar da balança só poderá resultar com a dor de muitos, e as consequentes ondas de choque sobre a restante economia.

Dia do cão


Roadkill Family Album, Nigel Grimmer, 2003.

A ideia lançada por um conjunto de deputados para a promoção de um Dia do Cão poderia ter sido arremetida para o baú de tantas outras iniciativas de consequência irrelevante. Um dia destinado à questão do desprezo e crueldade para com os animais dificilmente mudará a mentalidade da maioria dos cidadãos deste país. O que surpreende não é tanto a proposta em si ou o seu possível alcance, mas o conjunto repetido de reacções que tem gerado em sua volta.
Opinião sintomática, infelizmente não isolada, a de Helena Matos disponível no Público de hoje. A colunista faz a caricatura habitual da causa da defesa dos direitos dos animais. Escreve:
O Dia do Cão é o reverso duma sociedade decadente, onde os cidadãos já estão a perder direitos e receiam profundamente pelo seu futuro mas onde as elites, incapazes de assumirem as suas responsabilidades no anunciado descalabro, procuram desesperadamente manter a ilusão do progresso. E nessa ilusão progressista nada brilha mais do que a expressão “mais direitos”.
Helena Matos é incapaz de vislumbrar o seu próprio olhar carregado de preconceitos, que toma pela realidade. Talvez lhe seja difícil imaginar que a elite dos membros de associações de defesa dos animais é maioritariamente composta por carolas de bolso curto. Prossegue misturando no saco toda a espécie de “causas ridículas”, pelas quais diagnostica a nossa triste existência contemporânea:
O Estado português, por enquanto, pode continuar entretido com os cães porque, no que à espécie humana diz respeito, falhou rotundamente(…).
A mensagem, de resto, anda de boca em boca não apenas na imprensa escrita mas também na blogosfera, com o Abrupto e o Bloguítica a darem o devido relevo do sentir nacional. A conclusão, extraída do seu embrulho crítico-jornalístico, é a do costume: os que se preocupam com os animais não tem mais nada que fazer da vida; “gostam mais dos animais do que das pessoas” e “com tanta gente a morrer à fome estes andam preocupados com os cães”.
Continuamos longe de perceber que a questão do respeito pelos animais se insere no mesmo tecido sociológico de que faz parte o desenvolvimento da consciência cívica; não estanque da “sociedade das pessoas”. É mais fácil escandalizarmo-nos com o Dia do Cão do que contextualizarmos a nossa realidade e concluir sobre o que ela diz de nós próprios. Longe estamos, decerto, de exemplos como o de Inglaterra, em que uma instituição como a RSPCA gere um orçamento anual de 80 milhões de libras sem apoio estatal, totalmente suportado pelo financiamento e patrocínio de privados e cidadãos independentes. A organização, que desenvolve uma extensa acção no terreno, na iniciativa política e na área educativa, dispõe de um corpo de inspectores próprios que dão seguimento a denúncias de maus-tratos e abandono de animais, sendo um caso exemplar do poder que pode residir na associação cívica gerida na base do lucro social.
Uma realidade longe, é certo, da portuguesa. Estamos, como os indicadores de desenvolvimento apontam, mais próximo da Grécia onde, em vésperas da realização dos últimos Jogos Olímpicos de Atenas, a administração pública promoveu a morte por envenenamento da grande maioria dos animais abandonados da cidade.
Em Portugal o Dia do Cão continuará bem longe das consciências. Afinal aqui, ao que se vê, todos são já dias das bestas.

O fim da DGEMN

A extinção da DGEMN é um golpe pesado na defesa do património arquitectónico português. Acima de tudo, independentemente da operacionalidade da aparente fragmentação de competências que agora se vai instalar, é o gesto final de um longo processo de perda de know-how, naquela que foi uma das escolas de saber na área da preservação do património. Por ali passaram engenheiros, arquitectos, arqueólogos; a instituição construiu um capital de conhecimento que passava de geração em geração de técnicos. A pouco e pouco, a perda de capacidade financeira do estado foi comprometendo a força da DGEMN, como tem sido regra em tantos lugares da administração pública. Deixaram de se fazer aqueles pequenos trabalhos de conservação que levavam os novos técnicos a locais recônditos, para consolidar uma estrutura ou recuperar um telhado; e assim ia dando um conhecimento de valores esquecidos, distribuídos pelo país profundo.
Fica a tristeza de sentir que se poderão fazer as contas desta reorganização estatal que ditou o fim da instituição, mas nunca se saberá o custo do saber perdido que, como sabem os que o sentem, demora gerações a refazer.

Corine Land Cover 2000

O Corine Land Cover 2000 é o estudo recentemente referenciado no Diário de Notícias a propósito do aumento de área construída em Portugal, de 42% em 15 anos (ver notícia; também disponível aqui).
Os dados desse estudo estão acessíveis online no European Topic Centre on Terrestrial Environment, que disponibiliza ainda uma secção de documentos.
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Adenda: a preocupação dos “ambientalistas” (o ambientalismo, isto é alguma licenciatura; e quem são, já agora) pela aprovação de empreendimentos turísticos de grande envergadura no litoral alentejano pode ser legítima, mas associá-la a um fenómeno de expansão destas dimensões que se observa centrado nas grandes áreas urbanas (Algarve, Porto e Lisboa), parece-me confundir um pouco as coisas. Os maus exemplos de Sines, o paradigmático caso de Porto Côvo, ou Tróia se quisermos (que apesar de tudo se está a fazer enquadrado nos termos do planeamento em vigor), são gotas de água na maré de construção que grassa por essas grandes áreas metropolitanas onde já tudo se devassou e nada resta para preservar.