Brito-Rodriguez Museu no México
Da colaboração da portuguesa Inês Martins de Brito com Gilberto Rodriguez nasceu esta proposta para o concurso de um museu em Tulum, no México. O projecto foi reconhecido com o segundo prémio da competição, organizada pela revista de arquitectura Arquine em colaboração com o Instituto Nacional de Antropologia e História do México.
Na proximidade das ruínas da antiga cidade fortificada de origem Maia, num território enquadrado pela costa atlântica, implanta-se a ideia para este Museu de Sítio. Do programa extraía-se a preocupação de um diálogo contemporâneo com a paisagem, numa relação de respeito e sustentabilidade com o legado arquitectónico já presente. A proposta desta dupla de jovens arquitectos toma a forma de um corpo semi-enterrado no areal, uma longa extensão volumétrica de contornos puros, contrastantes com a textura rugosa dos paramentos de ruína que lhe são próximos. Uma abordagem que procura preservar a identidade e explorar a beleza própria de um local de elevado valor arqueológico e vincada iconografia.
Arquitectura: Brito-Rodriguez.
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conheço bem as linhas pelas quais se desenha o lugar pois também eu participei neste aliciante concurso.
ResponderEliminarÉ uma proposta politicamente correcta, bela no desenho e sensivel ao toque no terreno, mas ainda assim timida por não conseguir assumir com franqueza a relação com a grande muralha, que mais do que uma fronteira, se constitui como um divisor de duas realidades distintas: A cidade antiga, lá dentro, e o mundo que habitamos, cá fora.
Seria tema para uma discussão muito interessante sobre os limites da iconografia, sobre o momento X em que a arquitectura se deve reduzir e aceitar a história como um elemento autoritário, tantas vezes castrador de um maior arrojo, que não significa falta de respeito.
Continuo a achar que havia alguma verdade naquele desenho estranho da cidade dos Jetsons, e que a meta-city-data-town dos MVRDV procurava explorar com alguma mestria.