High Line spotting
A nova função Street View do Google Maps permite fazer umas interessantes incursões urbanas. Decidi dedicar-me a um pouco de High Line spotting, tal como foi captado pelas câmaras panorâmicas da Google. Como muitos já devem saber, a High Line é a antiga ferrovia elevada de Nova Iorque, agora uma plataforma abandonada coberta por vegetação que permanece como exemplo notável de arqueologia urbana pós-industrial. Elizabeth Diller, da firma Diller Scoffidio + Renfro, esteve em Lisboa para a conferência de abertura da Trienal onde apresentou a sua premiada proposta de reconversão. Podem ver mais detalhes do projecto no blogue da Trienal.
High Line spotting
The new Street View feature on Google Maps allows for some interesting urban incursions. I decided to do a little High Line spotting, as it was captured by Google’s vehicle-based panoramic cameras. As most of you know, the High Line is New York’s old elevated railway, now an abandoned plaform covered with vegetation that stands as a remarkable example of post-industrial urban archeology. Elizabeth Diller, from Diller Scoffidio + Renfro, was in Lisbon for the Triennale’s opening conference and presented their winning recovery proposal. You can see some details of the project on the Triennale’s blog.
Paulo Mendes da Rocha na Trienal
“Aviador, cirurgião, arquiteto, não pode ser modesto. Não pode dizer: senhor, vou abrir sua barriga. Tomara que dê certo!”
Paulo Mendes da Rocha na Trienal de Arquitectura de Lisboa.
Paulo Mendes da Rocha at the Triennale
“An airpilot, a surgeon, an architect, can’t be modest. He can’t say: mister, I’m now going to open your belly. I hope it works out!”
Paulo Mendes da Rocha at the Lisbon Architecture Triennale.
Paulo Mendes da Rocha na Trienal de Arquitectura de Lisboa.
Paulo Mendes da Rocha at the Triennale
“An airpilot, a surgeon, an architect, can’t be modest. He can’t say: mister, I’m now going to open your belly. I hope it works out!”
Paulo Mendes da Rocha at the Lisbon Architecture Triennale.
A Trienal no Flickr
Passou mais de um ano sem que publicasse qualquer fotografia no Flickr. Fico surpreendido com a quantidade de pessoas simpáticas que, ainda assim, me foram adicionando à lista de contactos durante este tempo. Por isso, e para não as desiludir, resolvi retomar a actividade com um conjunto de imagens de eventos e exposições da Trienal de Arquitectura de Lisboa. Podem ver tudo no meu álbum Flickr.
Triennale on Flickr
It’s been more than a year since I last published an image on Flickr. I’m always suprised with how many nice people still decided to add me as a contact in the meantime. Anyway, I’ve decided to reactivate the album with a set of images from the Lisbon Architecture Triennale. You can check it all out on my Flickr album.
Triennale on Flickr
It’s been more than a year since I last published an image on Flickr. I’m always suprised with how many nice people still decided to add me as a contact in the meantime. Anyway, I’ve decided to reactivate the album with a set of images from the Lisbon Architecture Triennale. You can check it all out on my Flickr album.
A Barriga no Reactor
O Reactor desafiou-me a responder a algumas perguntas. Fico a desejar que as respostas sejam mais perceptíveis do que a minha apressada caligrafia.
The Belly in the Reactor
Reactor challenged me to answer a few questions (portuguese text only). Hopefuly, my answers will be more perceptible than my unintelligeble handwriting.
The Belly in the Reactor
Reactor challenged me to answer a few questions (portuguese text only). Hopefuly, my answers will be more perceptible than my unintelligeble handwriting.
Anotações de uma conferência
Algumas anotações da conferência da Trienal conforme registadas no meu moleskine.
Random conference notes
A few random notes from the Triennale’s main conference, as registered on my moleskine.
Random conference notes
A few random notes from the Triennale’s main conference, as registered on my moleskine.
Postopolis! Those were the days...
Aconteceu na cidade de Nova Iorque. Tenho estado a fazer a minha web-tour do Postopolis!. Não foi apenas excepcional, foi o nascimento de uma referência. Torna-se frustrante ficar aqui sentado a apreciar a magnitude da coisa e sentir que vivo num país em que talvez vinte pessoas tenham a noção do que significa. Postopolis! foi um ponto de viragem na blogosfera de arquitectura internacional. Estes tipos não estão apenas a falar do fenómeno blog e de como é bestial e que grande potencial isto tem. Eles estão a fazê-lo, estão a vivê-lo. E de repente tem-se a noção de que está a nascer uma coisa nova. Aqui está um evento de micro-escala que se disseminou pela blogosfera sem paralelo. E não é apenas isso. É algo que exemplifica o que é o blogging – uma fusão de toda a espécie de áreas da inteligência e criatividade, um interface onde tudo pode ser revelado e digerido e processado. É uma coisa nova que vai muito para lá dos anteriores suportes de comunicação de arquitectura. A rede é uma coisa poderosa.
E aí têm. Estiveram lá arquitectos, engenheiros estruturais, paisagistas, ambientalistas, professores, urbanistas, editores, jornalistas, escritores, pintores, fotógrafos, cineastas, músicos. É um vislumbre do poder dos blogs enquanto plataforma para o pensamento colaborativo. Vai mudar o mundo tal como o conhecemos. Já está a fazê-lo. E ninguém está a ver.
Faz-me pensar nas razões porque comecei um blog em primeiro lugar. E estou a fazê-lo há três anos e meio, sempre fascinado e supreendido em como o poderei fazer tão melhor. Os blogs são plataformas abertas, estão a evoluir, ainda mal estão a começar a ganhar estrutura e forma. E olho em volta para a blogosfera portuguesa de arquitectura e sinto-me deprimido. Não me importo nada em ser copiado. Mas chateia-me que metade destes bloggers queiram ser o Arkinetia quando forem grandes. Como disse em tempos o Geoff Manaugh, é tudo Zaha, o tempo todo. Não me mostrem projectos bonitos, digam-me o que pensam deles. E apresentem-se. Os blogs pessoais não são instituições por isso metam-lhes o nome. E, já agora, alguma personalidade.
Quanto à outra metade, é simplesmente lixo.
A nossa blogosfera nacional tem um problema. Foi colocada no mapa por pessoas dos media. Em algum momento, o pessoal da comunicação e da política compreendeu que esta era a plataforma perfeita para começar a construir nome e ser notado. E, assim, a percepção pública do que é a blogosfera foi filtrada por este segmento particular mas muito visível da blogosfera, que ou está a falar das eleições que aí vêm ou das notícias do dia anterior. O blogging como câmara de eco da imprensa. Uma caixa de reverberação e ruído.
E por isso há tanta gente que simplesmente não vê que este é um novo e estimulante campo para a interacção pública. E se estão a ler isto, então agora já sabem. Por isso vejam o Postopolis! como exemplo perfeito do tudo o que estou a falar. Rede e cidadania. É muito bom. E todos podem fazer parte.
Por onde começar. Se eu tivesse tempo faria um guia dos melhores êxitos do Postopolis! Mas não tenho tempo. E é tudo bom. Por isso comecem por visitar o site do Geoff Manaugh, BLDGBLOG, para ficar com uma ideia. Depois mergulhem no registo longo e simplesmente excepcional daqueles cinco dias alucinantes, pelo Dan Hill no City of Sound. A Jill Fehrenbacher do Inhabitat também publicou alguma coisa, assim como o Bryan Finoki do Subtopia (edit: o debate com Lebbeus Woods é obrigatório).
Em seguida, nada como visitar o Archidose do John Hill. Ele esteve lá e juntou uma selecção de vídeos do Postopolis!. Que também poderão procurar no Youtube.
Querem fotografias. Eles têm fotografias para mostrar. Vejam o Postopolis! Flickr pool e o Postopolis! Flickr set do Geoff Manaugh também.
Então, o que é que falta? Deixem ver, há esta excelente discussão sobre o Postopolis! na Archinect. E a galeria de imagens da Archinect / fotos de eventos com mais fotos, se vos apetecer.
E é tudo. Agora, o melhor é começar a juntar fundos para ir ao Postopolis2! Talvez para o ano.
Postopolis! Those were the days...
It happened in New York City. I’ve been making my own Postopolis! web-tour on the aftermath. It wasn’t just awesome, it was a landmark. It’s kind of frustrating sitting here and getting the grasp on the magnitude of the thing, and feeling that I live in a country where maybe twenty people will “get it”.
Postopolis! is a turning point for the international architectural blogosphere. These guys aren’t just talking about the blog phenomena and how great it will be and what a great potential it has. They’re doin’it, they’re livin’it. And suddently you get the feeling that this is something new. Here’s a small scale event that’s been spilled onto the blogosphere beyond parallel. And that’s not just it. It kind of exemplifies what blogging is all about – a fusion of every possible area of intelligence and creativity, the melting pot where it can all be revealed and digested and processed. It’s a new thing that goes way beyond the previous supports for architectural communication. The web is a powerful thing.
So there you have it. There were architects, structural engineers, landscape architects, environmentalists, teachers, urban designers, publishers, journalists, writers, painters, architectural photographers, filmmakers, musicians. It gives you a glimpse of the power of blogs as a platform for collaborative thinking. It’s going to change the world as we know it. It’s doing it already. And nobody’s watching.
It kind’a makes me go back to why I started a blog in the first place. And I’ve been doing it for three and a half years now, and I’m always amazed and wondered on how I could make it be so much better. Blogs are open platforms, they’re evolving, they’re just beginning to get shape and form. So I look around at the portuguese architectural blogosphere and just feel depressed. Now I don’t mind being copied at all. But I do feel bothered that half of these bloggers are making Arkinetia wannabes. As Geoff Manaugh once said, it’s all Zaha, all the time. Don’t just show me nice projects, tell me what you think about them. And do present yourselves. Personal blogs aren’t institutions so put your name on them. And some personality too.
As for the other half, well, it’s simply crap.
Our national blogosphere has a problem. It was put on the map by media people. At some point, folks from communication and politics found out that this was the perfect platform to build a name and get noticed. So public perception on what the blogosphere is all about is filtered by that particular but very visible segment of the blogosphere, that’s either talking about the next elections or yesterday’s news. Blogging as a reverberation chamber for the press. A noise box.
And so there’s a lot of people out there that don’t get the fact that this is a new stimulating field for public interaction. And if you’re reading this, well, now you do. So check Postopolis! for the perfect example of what I’m talking about. Web and citizenship, all in one. It’s great. And you can join in too.
So where do you start. Well, if I had the time I would make a decent road map of Postopolis! greatest hits. But I don’t have the time. And it’s all great. So start by hitting Geoff Manaugh’s place, BLDGBLOG, to get an idea. And then dwelve into Dan Hill’s ongoing and absolutely remarkable record of those five hectic days, on City of Sound. Jill Fehrenbacher from Inhabitat has some stuff too, and so does Bryan Finoki’s Subtopia (edit: the debate with Lebbeus Woods is an absolute must-read).
Next, move your feet towards John Hill’s Archidose. He was there and he’s been gathering a great selection of Postopolis! videos. Wich you can further search for on Youtube.
You want pictures? They’ve got pictures for you. Check Postopolis! Flickr pool and Geoff Manaugh’s BLDGBLOG Postopolis! Flickr set too.
So, what’s left. Well, there’s the really cool Archinect @ Postopolis! discussion which you definitely shouldn’t miss. And the Archinect image gallery / event photos with even more pictures, if you’re in to it.
And that’s it I guess. Time to start saving money to attend Postopolis2! Maybe next year!
Música no blogue da Trienal
Podem escutar um dos temas que Mário Laginha compôs para a Trienal de Arquitectura de Lisboa, no blogue da Trienal. É só procurar a capa do cd na barra lateral do blogue e carregar no “play”.
Music on the Triennale blog
You may listen to one of the themes that musician Mário Laginha composed to the Lisbon Architecture Triennale, on the Triennale blog. Just look for the cd cover in the blogroll and press “play”.
Music on the Triennale blog
You may listen to one of the themes that musician Mário Laginha composed to the Lisbon Architecture Triennale, on the Triennale blog. Just look for the cd cover in the blogroll and press “play”.
Em fundo
Se desconhecem a origem da imagem em fundo no topo do blog ficam a saber que é um compósito da proposta de reconversão da High Line em Nova Iorque. O projecto foi apresentado pela Elizabeth Diller na conferência da Trienal de Arquitectura. Já agora, permitam também que vos destaque o resumo que fiz da participação do Mark Wigley, que protagonizou uma das performances mais estimulantes daqueles três dias. Durante as próximas semanas espero ainda fazer o registo dos vários projectos e participações que mais me impressionaram. O meu moleskine está carregado de esquissos e apontamentos. E se o pusesse à venda no Ebay?
In the background
If you don’t know where the background image on the top header came from, it’s a composite for the High Line recovery proposal in New York. The project was presented by Elizabeth Diller at the main conference of the Lisbon Architecture Triennale. I’ll also take the freedom to recommend the short note I did on Mark Wigley’s presentation – one of the most stimulating performances of those three days. During the next few weeks I’ll be registering the many projects and participations that impressed me the most. My moleskine is loaded with sketches and short-notes. I wonder if I should sell it on Ebay?
In the background
If you don’t know where the background image on the top header came from, it’s a composite for the High Line recovery proposal in New York. The project was presented by Elizabeth Diller at the main conference of the Lisbon Architecture Triennale. I’ll also take the freedom to recommend the short note I did on Mark Wigley’s presentation – one of the most stimulating performances of those three days. During the next few weeks I’ll be registering the many projects and participations that impressed me the most. My moleskine is loaded with sketches and short-notes. I wonder if I should sell it on Ebay?
Coisas que acontecem enquanto estamos fora
Enquanto eu passava os dias entretido na conferência internacional da Trienal de Arquitectura de Lisboa, algo de muito importante se estava a passar na blogosfera do outro lado do Atlântico. Postopolis! foi um evento realizado entre 29 de Maio e 2 de Junho, organizado pelos autores de quatro blogs de arquitectura de topo. A saber:
1| BLDGBLOG, Geoff Manaugh (Los Angeles);
2| City of Sound, Dan Hill (Londres);
3| Inhabitat, Jill Fehrenbacher (Nova Iorque);
4| Subtopia, Bryan Finoki (São Francisco).
Foram cinco dias de conversação quase contínua sobre arquitectura, urbanismo, paisagismo e design. Quatro bloggers de quatro diferentes cidades reuniram-se para promover uma série de debates, entrevistas, slideshows, conversas e outras apresentações, numa fusão de energia informal com uma abordagem pluridisciplinar da blogosfera de arquitectura e uma interacção mais directa com os seus autores e participantes.
O espírito desses dias está registado nos referidos blogs com um conjunto de textos, fotografias e vídeos (ver o Postopolis! videolog) simplesmente imprescindíveis. Foi uma espécie de evento de sonho para um blogger e o local de encontro não podia ser mais feliz: a célebre Storefront de Nova Iorque, conhecida pela fachada móvel da autoria do artista Vito Acconci em colaboração com o arquitecto Steven Holl. Se não puderam estar lá ou se não conseguiram acompanhar o frenesim daqueles dias, aproveitem agora para percorrer cada um dos quatro fantásticos, muito, mas muito, lentamente.
Stuff that happens while you’ve gone away
While I was spending my days entertained with the international conference of the Lisbon Architecture Triennale, something very important was happening in the blogosphere of the other side of the Atlantic. Postopolis! took place between May 29th and June 2nd, organized by the authors of four leading architectural blogs. They are:
1| BLDGBLOG, Geoff Manaugh (Los Angeles);
2| City of Sound, Dan Hill (London);
3| Inhabitat, Jill Fehrenbacher (New York);
4| Subtopia, Bryan Finoki (San Francisco).
Five days of near-continuous conversation about architecture, urbanism, landscaping and design. Four bloggers from four different cities joined to host a series of discussions, interviews, slideshows, talks and other presentations, in a fusion of informal energy and an interdisciplinary approach of the architectural blogosphere with the immediacy of face to face interaction.
The spirit of those days is recorded on their blogs, with an extense set of posts, photos and videos (visit Postopolis! videolog) that’s absolutely unmissable. It was a blogger’s dream-event and the meeting place couldn’t be happier: the famous Storefront in New York, well known for its changing façade designed by artist Vito Acconci in collaboration with architect Steven Holl. If you couldn’t be there or were unable to follow the activity of those days, take a long moment to visit the fantastic four.
Cristobal Palma
Click image to visit website.
Poucas áreas da comunicação e da produção artística têm demonstrado ser espaço aberto à inovação como a fotografia de arquitectura. Do Chile chega-nos Cristobal Palma, fotógrafo que divide a sua vida entre Santiago e Londres e cujo trabalho se estende pelos domínios do urbanismo, das viagens e, claro, da arquitectura. A sua página web é verdadeiramente imperdível.
Cristobal Palma
Architectural photography is probably one of the few areas of communication and artistic production that are still open to innovative approach. From Chile comes the exceptional example of Cristobal Palma, a talented photographer working between Santiago and London. His website really shouldn’t be missed.
Egodesign.ca
Egodesign.ca é uma webzine dedicada a design global produzida no Canadá. Arquitectura, design, moda e arte são os temas de eleição. Em destaque, entre outras coisas, uma entrevista a Nuno Grande e Pedro Gadanho com a Casa no Carreço (Casa Laranja) em pano de fundo.
Egodesign.ca
Egodesign.ca is a global design webzine produced in Canada that features articles on architecture, design, fashion and art. Among the highlights, an interview with Nuno Grande and Pedro Gadanho, with the Orange House in the background.
Casa do Vale – Guilherme Machado Vaz
Tive a oportunidade de assistir recentemente à apresentação do projecto da Casa do Vale, também conhecida como Casa de Cantelães, pelo Guilherme Machado Vaz.
O slideshow publicado acima, composto a partir de fotografias da casa e do vale, da atmosfera densa que o preenche, de pequenos detalhes interiores e exteriores e momentos da sua vida habitada, é um bom ponto de partida para se falar de arquitectura. Para se falar, em primeiro lugar, do exercício de intimismo que percorre o gesto de projectar, fora dos padrões de uma linguagem compartimentada em que se move tantas vezes a interpretação da arquitectura. Guilherme Machado Vaz apresentou um mosaico de referências, cruzando cinema, arte abstracta, música, literatura, para projectar através delas um gesto de cultura sobre o seu território. O resultado é quase esmagador de simplicidade. E partimos por isso à procura de palavras para explicar o seu fascínio – do silêncio da peça encastrada na pequena encosta; do monólito que se rasga ao ermo e espreita a montanha. Como sempre, os contrastes são o que surpreende na arquitectura. Do antigo muro romano, rude e sinuoso, ao extenso paramento de betão, de textura mais lisa e próxima. O jogo de rugosidades e escalas continua no interior, em que se assumem guarnições e peças pontuais que sobressaem da leitura mais limpa do edifício; espécie de berço para uma vivência que o preencha e lhe dê sentido. E é o sentido que nos revelam as fotografias, entre a arquitectura e a família; entre a massa mineral e a vida que a motiva.
Nota: para além do filme da Casa do Vale, recomenda-se a descoberta da Kinematic Grave, também por Guilherme Machado Vaz. Uma lápide cinética, um monólito espelho para preencher de nuvens; pequena metáfora sobre os limites da materialidade e da própria vida.
Guilherme Machado Vaz-Valley House
I was fortunate to witness a presentation of the Valley House, by Guilherme Machado Vaz. The slideshow published above, composed from photographs of the house and its surrounding valley, portraying its dense atmosphere, the little interior and exterior details and moments of its inhabited life, is a good starting point to talk about architecture. To talk, in the first place, of the exercise on intimacy that is carried through the act of project, beyond the patterns of a compartmentalized language that so often typifies the interpretation of architecture.
Guilherme Machado Vaz presented a mosaic of references, merging cinema, abstract art, music and literature, to clarify his gesture over the territory. The result is almost overwhelming in its simplicity. And one is driven to seek the words that can explain its fascination – the silence of the solid piece that is deepened in the hillside; the lying monolith that extends in the landscape and peaks towards the mountain. As always, contrasts are the surprising element in architecture. The old roman wall, rough and irregular, is dissimilar from the new concrete wall, of closer texture. The play of rugosity and scale continues inside the building, where constructed elements are distinctive from the simpler nature of its shell; a kind of cradle to shelter life and meaning. It’s that meaning that these images seem to reveal, the balance between mineral mass and the life that dwells within.
Michael Sorkin na Architectural Record
Can an indigenous culture survive in a jungle petropolis? Um retrato dos efeitos da economia do petróleo na paisagem do Equador, registado por Michael Sorkin. Quatro décadas de destruição da floresta equatorial e de disrupção da vida dos povos indígenas num território para sempre marcado pelo efeito de derrames e poluição tóxica. Sorkin reflecte sobre o estabelecimento de uma nova categoria inespecífica de ocupação que vai devorando a floresta, resultante do modelo de distribuição espacial das indústrias petrolíferas; uma tipologia para-urbana, espécie de cidade de carácter desarticulado que combina redes de túneis e infraestruturas de descarga de resíduos tóxicos, estações elevatórias, refinarias, estradas e aeroportos, centrais de segurança, instalações militares e uma profusão de campos e pequenas vilas.
Uma análise sobre o fenómeno de uma cidade diferente em que se sobrepõem lógicas de domínio e exploração com os múltiplos efeitos de corrosão do território ambiental e humano em que se propagam.
Michael Sorkin in Architectural Record
Can an indigenous culture survive in a jungle petropolis? A portrait of the oil economy and its effects in the landscape of Ecuador, as registered by Michael Sorkin.
Four decades of rain forest destruction and disrupted lifestyle of the indigenous population. A territory marked by the effects of spilled oil and toxic pollution. Sorkin reflects on the establishing of a new unspecific category of spatial occupation that is devouring the forest, as a consequence of the distribution of oil companies; a semi-urban typology, a kind of city of unarticulated character that combines nets of tunnels and infrastructures, and the profusion of small camps and villas.
An analysis of a different city, a phenomena in itself where the logic of domination and exploration advances oblivious to the corrosion of the environment and its multiple effects.
(via A Daily Dose of Architecture)
Anos 80: Várias Arquitecturas
[divulgação]
ANOS 80: VÁRIAS ARQUITECTURAS | quinta-feira | 14 de Junho | 21h30
Clube Literário do Porto | Rua Nova da Alfândega, 22 | t. 222 089 228
No momento em que termina a exposição de Serralves 'ANOS 80: UMA TOPOLOGIA', surge a oportunidade de revisitar esta década num debate com o historiador Paulo Varela Gomes e o arquitecto Jorge Figueira.
Da reconstrução do Chiado de Siza Vieira às Amoreiras de Tomás Taveira, as várias arquitecturas dos anos 80 irão ser debatidas por dois actores implicados.
Dois protagonistas, de diferentes gerações, que aceitaram o desafio de recordar, connosco, os coloridos anos 80.
Através de uma reflexão sobre a importância destes anos na arquitectura portuguesa, pretende-se, com este debate, ensaiar um balanço crítico em torno de várias questões deixadas em aberto.
Questões que não chegaram a ser exploradas.
Questões que, a esta distância, podem finalmente emergir à luz do dia.
Da vergonha à exaltação, da passividade à excitação, são vários e contraditórios os sentimentos deixados por estes coloridos anos.
Neste debate, lançam-se algumas pistas para as leituras que ficaram por fazer.
É chegado, então, o momento.
Feito o convite, o debate ANOS 80: VÁRIAS ARQUITECTURAS com Paulo Varela Gomes e Jorge Figueira terá lugar no Clube Literário do Porto, dia 14 de Junho, quinta-feira, às 21h30.
The 80's: Different architectures
Debate with historian Paulo Varela Gomes and architect Jorge Figueira – Thursday, June 14th, 9.30 pm – Clube Literário do Porto, Rua Nova da Alfândega, 22.
(via email)
I Seminário Internacional Curitiba: Ateliês de Projeto Urbano
[divulgação]
I Seminário Internacional Curitiba: Ateliês de Projeto Urbano
de 28 de agosto a 08 de setembro de 2007
"Requalificação da Paisagem Urbana da Área Central de Curitiba"
O tema da requalificação urbana vem despertando o interesse de pesquisadores e governantes há décadas. A busca de soluções para resolver ou minimizar o impacto na cidade, de áreas que perderam a vitalidade, em decorrência dos processos de modernização e expansão do espaço urbano, registra algumas propostas eficazes, mas o quadro ainda está longe do que se pode considerar satisfatório.
No Brasil, as áreas centrais das capitais, principalmente, vêm sofrendo um processo de esvaziamento das suas funções tradicionais, desde a década de 60, coincidindo com o reconhecimento do seu valor histórico e cultural.
Diferente das primeiras iniciativas de requalificação, que se concentravam na administração pública e buscavam muitas vezes a recuperação física dos imóveis, apenas, recentemente, não apenas os governos, como também a iniciativa privada, vêm reunindo esforços, por meio de Associações e ONGs., para solucionar o problema de tais áreas, incentivando ações de incremento do setor de comércio e serviços na área, como também de moradia.
Neste processo, a atuação dos arquitetos e urbanistas é fundamental, uma vez que podem desenvolver projetos para reciclagem de edifícios antigos, propondo novos usos ou usos diversificados em um mesmo espaço, seguindo uma tendência internacional. Também podem propor a construção de novos edifícios ou mesmo transformações no espaço urbano, que em função da atividade proposta e também do seu aspecto plástico/simbólico podem contribuir para requalificar tais áreas.
O objetivo do encontro é ampliar as discussões acerca do tema e desenvolver propostas criativas para o centro da cidade, incentivando maior participação dos arquitetos e urbanistas no planejamento de Curitiba.
O Seminário, de caráter acadêmico, se constitui como atividade anual e está estruturado em torno de:
- ateliês de projeto urbano;
- conferências nacionais e internacionais;
- comunicações.
Cada um deles conta com a participação de acadêmicos e profissionais de arquitetura e urbanismo e são dirigidos por professores de escolas internacionais convidadas.
Nesta edição os diretores de ateliê convidados serão de:
Espanha
Escola Tècnica Superior dArquitectura de Barcelona | ETSAB
UNIVERSIDADE POLITÈCNICA DA CATALUÑA
França
Ecole Nationale Supérieure dArchitecture et de Paysage | ENSAP
UNIVERSITÈ DE BORDEAUX
EUA
School of Planning | College of DAAP
UNIVERSITY OF CINCINNATI
Uruguai
Facultad de Arquitectura | farq
UNIVERSIDAD DE LA REPÚBLICA URUGUAY
Ist International Seminar of Curitiba: Urban Project Workshops
From August 28th to September 8th, 2007.
(via email)
Thom Mayne
Se não puderam assistir à presença do Mister Morphosis himself, Thom Mayne, na conferência da Trienal, podem vê-lo como sempre a 200 à hora no Ted Talks. O vídeo é de Fevereiro de 2005.
Thom Mayne
If you couldn’t watch Mister Morphosis himself, Thom Mayne, in the conference of the Triennale, you can always see his presentation in Ted Talks. The video was recorded in February 2005.
A Barriga na Road to Wonderland
Amanhã vou estar aqui: ciclo de debates “Jovens Arquitectos Portugueses: Road to Wonderland”; espaço cultural “Passos Manuel” no Porto às 21h30, com Guilherme Machado Vaz, Catarina e Rita Almada Negreiros e NPS Arquitectos. O ciclo continua todas as terças-feiras à mesma hora. Estejam atentos ao blog Road to Wonderland.
The Belly in the Road to Wonderland
This is where I’ll be tomorrow: debate sessions “Young Portuguese Architects: Road to Wonderland”; cultural space “Passos Manuel” in Oporto at 9.30 pm, with Guilherme Machado Vaz, Catarina and Rita Almada Negreiros and NPS Arquitectos. The cycle continues every Tuesday, at the same hour. Stay tuned to the Road to Wonderland's blog.
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