More than meets the eye (Welcome to Las Vegas, parte dois)

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O verdadeiro mistério do mundo é o visível, não o invisível.
Oscar Wilde

Lebbeus Woods usou poucas palavras para tomar uma posição, o que nos força a um trabalho de interpretação temerário e incerto. Começo dos extremos: De modo geral, Woods denuncia o efeito Bilbao, e critica os arquitetos que estariam produzindo arquitetura num ambiente “menos intelectual”. Ao mesmo tempo conclama tais arquitetos a seguirem os passos de Koolhaas e Holl, explicitando suas teorias. Se ele está tão certo quanto aos maus resultados, do que importam as idéias?

O que pretende Woods? A produção atual de arquitetura força os críticos a falarem sobre a forma. Mas isto não implica num “desvio da teoria real” como pode parecer. O contrário seria mais razoável: a não discussão da forma é que representaria um desvio do real. De qualquer modo, seria preciso definir melhor o que se quer dizer quando se fala em teoria. Um projeto é uma teoria.

Para Woods, Bilbao nada tem a dizer além do seu sucesso midiático. Caberia aqui um reparo: seu sucesso não é apenas midiático, mas, principalmente um sucesso de público e isto certamente quer dizer alguma coisa. Por outro lado, tal juízo revela uma análise superficial do edifício e uma visão redutiva da arquitetura: nega-lhe o direito à exploração da forma e não aprofunda nos múltiplos aspectos contidos numa proposta arquitetônica.

Certas observações de Woods seriam ridículas, não fossem tão gratuitas: Diz êle: “If we look behind the curving titanium skin, we find swarms of metal studs holding it up–no innovative construction technology there.” Ora uma olhada mais atenta ao adjetivo “curving” já falaria muito da tecnologia, do engenho requerido para realizá-la. Por outro lado, não há pensamento mais retrógrado e inadequado ao nosso tempo do que defesa da inovação tecnológica, per se, como critério de qualidade.

Igualmente desastrosa é a comparação entre Bilbao e Marilyn Monroe. Quem pensa que Marilyn fala apenas com o sex-appeal, nada entende de cinema, de fotografia ou de mulheres. A diva comunicava muito mais do que sensualidade pela voz, pelos gestos, pelos olhares: é uma atriz tão admirável que é criticada como se os seus personagens fossem ela mesma.

Por outro lado, o tal ambiente árido de teorias denunciado por Woods é, supostamente, a democracia liberal capitalista, contexto no qual os arquitetos estariam se prostituindo. A sutil esquerdopatia de Woods se perde em inconsistências: a arquitetura sempre estará onde o dinheiro está. Não necessariamente a de melhor qualidade e não exclusivamente onde existe riqueza, mas o dinheiro oferece oportunidades únicas: foi assim no Egito, na Grécia, em Roma, etc, etc, etc.

Entretanto, quem Woods aponta como o paladino da independência e consistência intelectual? Rem Koolhaas. Não é o momento de discutir as suas idéias, mas, certamente ele é fruto de marqueting midiático e de esperteza nos negócios. A sua competência como projetista é, para mim, uma incógnita e o alarde que ele mesmo faz dos kilometros voados e dos compromissos comerciais, denuncia o pouco tempo para se dedicar a essa tarefa tão absorvente que é a de projetar. John Portman, frequentemente demonizado pela sua proximidade com o capital, é um arquiteto cujas concepções podemos atribuir diretamente ao seu gênio. Quem produz as obras do OMA?

Por fim, me parece que a tomada de posição de Woods também é uma contribuição e um alerta para os arquitetos, no sentido de que assumam a frente no que diz respeito a um discurso que represente a profissão, tirando da mão dos críticos e dos oportunistas, esta prerrogativa."

Sérgio Machado, comentário ao texto Welcome to Las Vegas [link interno].


Agradeço ao Sérgio o seu contributo a um dos textos anteriores. Começo por esclarecer o que me parece ser um equívoco. Lebbeus Woods refere-se ao Guggenheim de Frank Gehry como desprovido de inovação tecnológica debaixo das suas superfícies curvas em titânio. Não creio que ele esteja a referir-se à falta de inovação construtiva como factor directo de uma falta de qualidade. Estará antes a referir-se ao discurso do edifício nos seus próprios termos – que um projecto que se proclama como exercício de tecnologia não seja intrinsecamente tão inovador, para lá do impacto imediato das suas formas provocantes.

Não direi que concordo ou discordo deste ponto de vista. Seja como for, é uma interpretação. Mas a questão da tecnologia é importante mesmo de um ponto de vista crítico. Mies referiu-se à tecnologia como sendo um movimento histórico real - «um dos grandes movimentos que conformam e representam a sua época». E também expressou o modo como a arquitectura está intimamente ligada com a tecnologia, no sentido em que lhe providencia um significado, tornando-se como tal um verdadeiro símbolo do seu tempo.

Concordo com o Sérgio quando identifica que alguns pontos de vista de Woods estão fundados em pressupostos ideológicos [mas também os seus e os meus Sérgio, e ainda que não concorde com tudo o que escreve no seu comentário, devo dizer que apreciei bastante as asserções sobre Marilyn Monroe].
A arquitectura está onde está o dinheiro e o poder, é verdade. Tal como no passado, a arquitectura continuará a servir e representar esse poder. Na mesma medida em que certas sociedades se tornam mais poderosas, mais representativa se torna a sua arquitectura. O efeito Bilbao é consequência directa da necessidade de representação numa sociedade global.

Dubai é o epítome de tudo isto. Ainda recentemente o arquitecto e blogger americano Michael Earle escrevia estas linhas interessantes: «O Dubai é toda uma diferente realidade. É um anúncio para uma cidade tal quanto uma cidade em si mesma. Existem painéis publicitários para novos empreendimentos em toda a parte e mapas revelam desenvolvimentos e ruas que ainda nem foram construídas. A fronteira dissipa-se entre o que está construído e o que são ainda sonhos e ambições».
É por certo uma realidade económica excitante mas de que modo devemos apreendê-la? Numa perspectiva formal? Como definir as suas implicações sociais e políticas? E teremos algo a aprender como o Dubai?
O que é inquietante quanto ao tipo de paisagem urbana que está a nascer no Dubai é que se está a revelar um parque temático para arquitectura icónica. Tal como a economia se baseia em confiança as cidades assentam sobre expectativa. E as expectativas são altas na capital dos Emirados. É um grande momento económico e, tanto quanto diz respeito aos arquitectos, apresenta um horizonte de oportunidades. E no entanto, o que devemos esperar do tipo de arquitectura que está a ser produzida ali; qual é a sua função, o seu sentido de propósito? Arquitectura no topo do mundo económico, representativa de si próprio através de conceptualizações sensacionais – e como o seu impacto se revela de tão curta duração? Haverá algo mais irrelevante do que uma torre rotativa, para lá de uma curiosidade tecnológica? Será isso o verdadeiro símbolo do nosso tempo? E se é, devemos temê-lo?

Claro que os arquitectos podem seguir a caravana para o entertenimento colectivo, enquanto Zaha Hadid revela mais uma maravilha do Dubai. É o que os arquitectos sempre fizeram. É curioso como os arquitectos se revêm como os espectadores inocentes da história. Não importa o que se passa no mundo, nós só estamos a fazer maravilhosa arquitectura. Mesmo que o nosso cliente se chame Adolf Hitler. E não, não estou a associar o capitalismo liberal dos Emirados com o Nazismo. O que estou a dizer é que nós tomamos parte no sistema e o discurso arquitectónico serve para envolver a sua realidade com significado intencional. E é por isso que a referência a Rem Koolhaas é relevante, porque ele ao menos afirma do que se trata: «A arquitectura de hoje é subserviente ao mercado e aos seus termos. O mercado suplantou a ideologia. A arquitectura tornou-se num espectáculo. Tem de se embrulhar e já não tem significado para lá de ser um ponto de referência». O mal também pode ser belo, mas continua a ser um mal e não deviamos esquecê-lo apenas porque é excitante fazer parte dele.

A questão que o Sérgio levanta sobre quem produz os trabalhos do OMA é igualmente relevante quanto ao papel do arquitecto hoje e como este transitou do plano autoral para o empresarial. Certamente que não posso responder pelo nível de participação de Rem Koolhaas na autoria dos seus projectos. Mas devemos notar que o OMA se está a revelar uma escola profissional e o berço a uma série de novas práticas arquitectónicas como serão os casos de Joshua Prince-Ramus, Bjarke Ingels e Fernando Romero, apenas para citar alguns. As suas firmas operam evidentemente no palco da performance e dos media, mas estão também a introduzir diferentes abordagens à produção arquitectónica – bastante díspares até entre si. E ainda que alguns tomem os diagramas e esquemas programáticos da REX como meros actos de performance, devíamos olhar para os seus edifícios como algo mais do que o olhar alcança.
Como exemplo, este tipo de substância conceptual é ainda mais perceptível no projecto da Wall House [link interno] pelo ex-OMA Marc Frohn, da Frohn & Rojas FAR Architects [link temporariamente indisponível]. Põe em prática o tipo de abordagem experimental do OMA no contexto de um projecto unifamiliar de pequena escala. Os resultados são surpreendentes e revelam as possibilidades abertas ao endereçar problemas arquitectónicos com soluções de arquitectura genuinamente inovadoras – não meros exercícios de tecnologia espectacular de grande escala, mas de uma associação deliberada de elementos construtivos ao serviço de uma ideia concreta.
Há bem pouco tempo Koolhaas falava da fixação corrente com a arquitectura XL e o menosprezo pelo S. O caminho para uma crítica de arquitectura consequente passa por compreender a validade programática de abordagens multi-escala e as tensões latentes entre o global e o local; e os modos como essas práticas se entrecruzam em influências múltiplas, cujo exercício pode ser bem mais prometedor do que muitas das maravilhas mega-tecnológicas do nosso tempo.

E já agora, eu também gosto da Marilyn Monroe.



More than meets the eye (Welcome to Las Vegas, part two)

The true mystery of the world is the visible, not the invisible.
Oscar Wilde

Lebbeus Woods uses few words to make his position, leaving us to a daring and uncertain task of interpretation. I take it from the extremes: generically, Woods denounces the Bilbao effect and criticizes the architects that develop architecture in a “less intellectual” environment. On the other hand he calls upon those architects to follow the steps of Koolhaas and Holl, therefore recognizing their theories. If he’s so certain as to the bad results, what’s the importance of the ideas?

What’s his point? The architectural production of our times forces critics to talk about form. But that doesn’t imply a “shift from real theory”, as much as it may sound. The opposite would be more reasonable: not discussing form would indeed represent a shift from the real. Anyway, it would seem fitting to better define what you mean when you speak of theory. A project is a theory.

To Woods, Bilbao has nothing to say apart from its media success. A note should be made: its success doesn’t lie on a media plane only. It’s in fact, primarily, a public success, and that certainly means something. Therefore, such a judgment reveals a superficial analysis of the building and a strict view of architecture: it denies its right to the exploration of form and doesn’t deepens the multiple aspects contained in an architectural proposal.

Certain observations by Woods would be ridiculous if they weren’t so gratuitous. He says: “If we look behind the curving titanium skin, we find swarms of metal studs holding it up – no innovative construction technology there”. Now, a closer reflection on the adjective “curving” would state a lot about technology, of the ingenuity required to achieve it. Furthermore, it would be unfitting of our times to defend technological innovation, per se, as criteria for quality.

Equally disastrous is the comparison between Bilbao and Marilyn Monroe. Those who think that Marilyn speaks only through sex-appeal understand nothing about cinema, photography or women. The diva communicated much more than sensuality through voice, gesture, looks: she’s so admirable as an actress that she is criticized as if her characters were herself.

On the other hand, the dry time for theories condemned by Woods is, supposedly, the liberal-capitalist democracy, context in which architects would be prostituting themselves. This subtle left sighted position is lost in inconsistencies: architecture will always be where the money is. Not necessarily the best architecture and not exclusively where there is wealth, but money offers unique opportunities: it was like that in Egipt, in Greece, in Rome, etc, etc, etc.

In the meantime, Woods signals Rem Koolhaas as a paladin for independence and intellectual consistency. It wouldn’t be the time to discuss his ideas, but certainly he’s also a product of marketing and business expertise. His competence as a designer is, to me, an interrogation, and the sound byte he makes on his flown miles and commercial appointments is proof to the little time he has to dedicate to the absorbing task of architectural design. John Portman, usually criticized for his proximity with capital, is an architect whose production we can directly appoint to his genius. Who’s producing the works of OMA?

To conclude, it seems to me that the position taken by Woods is also a contribution and an alert to architects, so that they assume head-on what concerns them in a discourse that represents their profession, taking that prerogative from the hands of critics and opportunists."

Sérgio Machado, commenting on Welcome to Las Vegas [internal link].


I thank Sérgio for his contribution to my previous post. I’ll start by clearing one point which I believe to be a misconception. Lebbeus Woods refers to Gehry’s Guggenheim as sustaining no innovative construction technology underneath its curving titanium skin. He’s not stating a lack of technological innovation “per se” as a demeanour on its architectural quality. He’s referring to the building’s discourse on its own terms – for a work that proclaims itself as an exercise on technology, it’s not so innovative underneath the immediate impact of the engaging curvaceous skin.

I’m not saying I agree or disagree with this point of view. Anyway, it’s an interpretation. But the issue of technology is important, even from a critical standpoint. Mies referred to it as a real historical movement – «one of the great movements which shape and represent their epoch». And he also expressed how architecture is deeply connected with technology in the sense that it provides it with a sense of significance, becoming therefore a true symbol of its time.

I agree with Sérgio that some of Woods assertions are founded on certain ideological standpoints [but so are yours and mine Sérgio, and as I don’t agree with everything in your comment, I must say I very much enjoyed your assertions on Marilyn Monroe].
Architecture is where the money and the power is, it’s true. Just as in the past, architecture will continue to serve and represent power. And as certain societies become more powerful, the more representative their architecture becomes. The Bilbao effect is direct consequence to that need for representation in a global society.

Dubai is the epitome of it all. Just recently American architect and blogger Michael Earle wrote these interesting lines: «Dubai is a different reality. It is an advertisement for a city as much as a city itself. There are advertisements everywhere for new developments and maps show developments and streets not yet built. The line blurs between what is built and what is just dreams and ambitions».
It’s certainly an exciting economic reality but how is it to be assessed? From a formal perspective? How do we address its sociological, political implications? And do we have something to learn from it?
What is so startling about the kind of built landscape that is arising in Dubai is that it’s becoming a theme park for iconic architecture. Just as economy is built on trust, cities are built on expectation. And expectations are high in the Emirates capital. It has great economic momentum and, as far as architects are to be concerned, it presents an horizon of opportunities. And yet, what is to be expected from the kind of architecture that’s being developed there; what’s its function, its sense of purpose? Architecture standing on the top of the economic world, representational of itself through outstanding formal gimmicks– and how short-lived can it be? Is there anything more irrelevant than a rotating tower, apart from technological curiosity? Is that to be a true symbol for our times? And if it is, should we be scared of it?

Of course architects can very much ride the bandwagon for our collective enjoyment, as Zaha Hadid unveils just another wonder of Dubai. It’s what architects have done all along. It’s curious how architects see themselves as the innocent bystanders of history. It doesn’t really matter what’s going on in the world, we’re just making great architecture. Even if our contractor is named Adolf Hitler. And no, I’m not associating the Emirates liberal capitalism with Nazism. What I’m saying is that we take part in the system and architectural discourse serves to envelope its reality with intended meaning. And that’s why the reference to Rem Koolhaas is relevant; because he at least tells it for what it is: «Today's architecture is subservient to the market and its terms. The market has supplanted ideology. Architecture has turned into a spectacle. It has to package itself and no longer has significance as anything but a landmark». Evil can also be beautiful, but it’s still evil and we souldn’t forget it just because it’s exciting to take part in it.

Sérgio’s question as to who’s producing the works of OMA is also relevant as to the role of the architect today and how it has shifted from author to business manager. I certainly can’t answer to Rem’s level of authorship. But it should be noted that OMA is proving to be a professional school and the birthplace to a series of new architectural practices as the likes of Joshua Prince-Ramus, Bjarke Ingels and Fernando Romero, just to name a few. Their firms are evidently operating on the stage of performance and media, but they’re also introducing different approaches to architectural design – noticeably disparate amongst themselves, even. And although some critics take REX’s programmatic schemes and diagrams as mere acts of performance, one should look into their buildings as something more than meets the eye.
As an example, this kind of design substance is even more perceptible in ex-OMA’s Marc Frohn’s Wall House [internal link], by Frohn & Rojas FAR Architects [link currently unavailable]. It puts to practice the kind of OMA experimental approach in the context of a small-scale single family unit. The results are surprising and revealing as to the possibilities in addressing architectural problems through innovative architectural solutions – not simply as exercises on grand-scale spectacular technology, but on the deliberate association of design elements to serve a powerful architectural idea.
Just recently Koolhaas talked about the current fixation with XL and the underestimation of S. The path to a consequent architectural criticism relies on understanding the programatic validity of multi-scale approaches and the latent tensions between global and local; and the ways in which those practices are intertwined in multiple influences, whose exercise can be much more promising than the mega-tech wonders of our times.

And, by the way, I also like Marilyn Monroe.

7 comentários:

  1. Daniel: primeiramente quero te agradecer pela gentil acolhida na sua Barriga. Memorável e significativa barriga.
    Os pontos que vc levanta são importantes, mas deixarei a discussão sobre o OMA para outra ocasião. Esse momento é para mim, uma oportunidade para reavaliar posições e, mais à frente, voltarei ao assunto.

    Creio que, se tomamos Mies como referência numa discussão sobre tecnologia, cria-se aí um vício de origem, pois um dos objetivos da arquitetura moderna era a inovação tecnológica, mesmo à custa de outras qualidades.
    A estrutura do Gug Bilbo me parece contemporânea e só foi possível com o advento do cálculo estrutural por computadores. Por outro lado, também me lembra procedimentos históricos e tradicionais, como o Coliseu, onde estruturas primorosas de tijolo foram revestidas com mármore. Tudo isto conduz a uma reflexão sobre o decorum: postei uma reflexão inicial no blog do Lebbeus Woods (ao qual acessei a partir da trilha que me destes) que talvez valesse a pena vc ler.

    Concordo com vc sobre o traço ideológico no discurso de todos nós, e existe mesmo a impossibilidade de retirá-los do nosso discurso, o que torna mais difícil o diálogo. Mas penso que isto enobrece a nossa tentativa e a insistência em nos comunicarmos.

    Entretanto continuo impressionado em como a formação modernista que, principalmente no discurso dos críticos, coloca restrições morais às especulações formais, ainda se faz presente. Bilbao e Dubai me parecem exatamente opostos, extremos inconfundíveis, pela compreensão diversa que manifestam da cidade, ponto que vc percebe como crucial naquela aventura.

    Quanto à Marilyn... bem vindo ao clube: na foto que vc escolheu para ilustrar a discussão, quem vê no olhar dela apenas sexo, ainda não entende muito bem os humanos.

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  2. Sergio, excelente seu texto desconstruindo Lebbeus Woods. Parabens por ter ido mais fundo do que a superfície pseudo-critica para revelar tantas incongruências. Seu texto foi claro, objetivo e direto. Ah se toda critica de arquitetura fosse assim.

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  3. Fernando: eventuais acertos só comprovam que ambientes férteis acabam induzindo/produzindo alguma coisa. Os espaços de troca de idéias são assim.

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  4. Bom Dia,

    N tem a ver com o post mas de quem é o projecto do banner?

    Cumprimentos

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  5. Nuno, o projecto do banner é de um escritório austríaco chamado AllesWirdGut.

    segue o link para o referido projecto: http://www.alleswirdgut.cc/awg.php?go=KIGA

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  6. Caro Nuno, confirmo a informação do Alziro Neto. Trata-se de uma creche na Áustria pelos AWG - AllesWirdGut. Já aqui falei em tempos desse projecto. Pode consultar o post na secção de textos anteriores ao fundo da barra lateral, com o título

    awg: kindergarten.

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  7. Antes de mais aproveito para dar os parabéns ao Daniel, pelo excelente blog, sempre actual e pertinente.
    É a minha primeira vez nesta vida dos "comments", mas acho que os dois textos apresentados, do Sérgio e o do Daniel, merecem esta minha tentativa de comentário.
    Os textos apresentados julgo definirem um panorama arquitectónico real actual, uma arquitectura formal, de rápido consumo, fruto de autênticos empresários da imagem mediática.
    Acredito que o mediatismo é hoje em dia mais uma das ferramentas que o arquitecto tem para a “montagem” do seu discurso arquitectónico, desde que este não anule todas as outras ferramentas que se centram na reflexão sobre o acto de modelação do vazio.
    Para mim, ainda nos curtos primeiros passos deste longo percurso que é arquitectura, tem-se mostrado difícil a opção entre o mediatismo e o “imediato”, porque a dúvida sempre irá existir – No fundo, mesmo a arquitectura não mediática, não ambiciona sê-lo? E não será este mediatismo a ferramenta que nos abre portas ao pensamento?

    Henrique Marques

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