Em nome do património

O recorte de jornal é de 6 de Abril. Parece, afinal, que o mal-afamado Edifício Coutinho poderá não ser demolido, não por nenhum critério político ou urbanístico assumido, mas porque se situa na área de protecção de duas igrejas seculares em vias de classificação, localizadas na sua envolvente próxima. Salvo, afinal, em nome do mesmo património que se diz ofender. São os caminhos tortuosos do urbanismo em Portugal.

4 comentários:

  1. escrever direito por linhas tortas...
    boa sorte para os moradores

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  2. Como "somos" coerentes, ein?
    Acompanhei, enquanto trabalhei no tal do "Desordenamento do Terrritório", ou como algumas vezes também lhe chamavam..."Ornamento do Território e Envolvimento Urbano", o causo do prédio "Coutadinho".
    Enquanto não decidimos se foi a galinha ou o ovo...pedimos classificação de interesse público.
    Portugal é um paraíso!
    O "investidor" é que ainda não percebeu bem ondisto fica!
    Há muito mais edifícios "coutadinhos"!!!!!!

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  3. Aqui há falta de lógica. Sendo um edifício considerado de interesse público, as obras na sua envolvência que aumentem o seu estatuto deviam ser permitidas. A não ser que colocassem o seu valor em causa. O legislador estava a imaginar um local sem Coutinhos e o Coutinho aproveitou-se. Agora é mudar a lei, o que deve demorar o mesmo que o edifício Coutinho a desagregar-se por erosão natural. É nestas alturas que dava jeito o telefone do Bin Laden.

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  4. bem, não faço muita ideia do que se passa em termos legislativos, qual a ideia do IPPAR em avançar tão rapidamente para a coisa, mas o que é facto é que quaisquer obras não são totalmente impossíveis de acontecer, mas sim que é exigido um parecer positivo do ministério da cultura. Se a demolição do edifício for considerado uma benesse "cultural" para o país, não vejo qualquer problema, a não ser a caducação dos prazos fixados pela Polis...

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