O Paredes morreu de tudo.
[Luís Cília na Rádio TSF, 2004-07-23]
Ano de triste memória este em que tantas figuras nos têm falecido. Carlos Paredes, há vários anos silenciado pela doença, tombou hoje perante o fim inevitável.
Um dos maiores músicos de sempre, que este país certamente não soube merecer, Carlos Paredes transformar-se-há em mais que História Contemporânea, a sua música ficará enraízada na estrutura óssea de um Portugal Profundo que o progresso há muito despegado da civilização e da cultura teima em deixar ao abandono.
É preciso um País
Não mais navios a partir
Para o país da ausência.
É Preciso voltar ao ponto de partida
É preciso ficar e descobrir
A pátria onde foi traída
Não só a independência
Mas a vida.
[Excerto do poema É Preciso Um País, por Manuel Alegre]
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Carlos Paredes, 1925-2004.
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